Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

sábado, 15 de dezembro de 2012

593 - Natal, tempo de paz e amor

O Natal está chegando e nesta época do ano as pessoas parecem se tocar mais profundamente com a magia do amor, da caridade, da solidariedade, do sentimento de fraternidade. É tão bom que isso aconteça! Mas por outro lado, porque só agora? Porque não durante o ano inteiro? Bom motivo para refletir.
Eu tenho muito o que agradecer a Deus. Por estar vivo e ter vivenciado momentos de extrema alegria e felicidade em toda a minha vida. Por ter recebido da vida muito mais do que eu preciso e mereço. E por ter contado com a sua Divina Providência nos piores momentos da minha caminhada, naquelas situações de desânimo, de risco de morte, de dificuldades e desespero. Ele nunca me faltou.
Para comemorar essa data tão especial para aqueles que acreditam no Criador e no seu filho Jesus Cristo, eis uma bela música sobre a divina possibilidade de contato com Deus, essa força imensa e misteriosa que nos concede diariamente a maior dádiva de todas: a nossa tão essencial vida. Que saibamos agradecer a Deus por ela todos os dias da nossa existência.
A canção "Se Eu Quiser Falar Com Deus" é de autoria de um dos maiores artistas da música mundial, o nosso bom baiano Gilberto Gil, por quem tenho a maior admiração. Um dos grandes nomes da arte da música, tanto como cantor quanto como compositor, um gênio criativo incomum, raro, único.
Na oportunidade, quero agradecer a todos os internautas, espinosenses ou não, naturais ou de coração, que passaram pelo menos uma vez aqui no nosso blog para dar o seu estímulo ou contribuição, deixar o seu recado ou crítica, enfim, participar do processo de comunicação "internético". A todos vocês, o meu desejo sincero de que os tradicionais encontros com os familiares e amigos nas festas natalinas e no Réveillon sejam repletos de muita alegria e carinho, amor e fraternidade, saúde e felicidade, e que essas dádivas divinas se mantenham por todo o ano que se iniciará em breve. 
Um grande abraço espinosense, meus amigos. Fiquem com Deus! E com a belíssima canção de Gil.

Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada
Que ao findar vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar

592 - Confraternização de fim de ano na AABB Espinosa

Para proporcionar a velhos amigos e companheiros de futebol de Espinosa, a oportunidade do reencontro, será realizada no próximo sábado, 22 de dezembro, a partir das nove e meia da manhã, no Campo Society Izaías Mariano Mendes da AABB de Espinosa, uma partida de confraternização envolvendo as equipes do Realmatismo Futebol e Cerveja e do 9 de Março Esporte Clube.
Na oportunidade será prestada uma singela homenagem a um dos maiores craques da história do futebol espinosense, o talentoso meio-campista Roberto Martins, mais conhecido por todos como "Pé-Duro", atleta que defendeu as cores do Santa Cruz e do Espinosense. Pé-Duro também brilhou defendendo as equipes do Juventus e da AABB Espinosa. Ele dará o pontapé inicial do jogo.
Sou um entusiasmado admirador da qualidade do seu futebol técnico e elegante e tenho enorme orgulho e desmedida felicidade por ter tido a oportunidade de atuar ao seu lado por um bom tempo. Além de tudo, o admiro por ser ele um sujeito de ampla serenidade, de boa índole e de excelente convivência.
Espero que aqueles que apreciam o bom futebol na cidade de Espinosa, estejam presentes para aplaudir grandes craques de outrora do futebol espinosense e prestar uma pequena homenagem a um dos maiores expoentes do nosso esporte.
Inicialmente, esses são os jogadores convocados para a partida:

REALMATISMO

  1. Mílton Barbosa
  2. Robinho
  3. Galego
  4. Walter Ramos
  5. Waguinho
  6. Fonso
  7. Alair
  8. Célio Ribeiro
  9.  Rubens
  10. Eustáquio
9 DE MARÇO
  1. Rildo
  2. João Carlos
  3. Zinho
  4. Joaquim
  5. Júlio César
  6. Rogerinho
  7. Naneza
  8. Ernanni Coelho
  9. Mangabinha
  10. Fabiano
Árbitro: Beto de Horácio

591 - Gente eterna no meu coração

"Para Sempre"

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
— mistério profundo —
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

Carlos Drummond de Andrade, em 'Lição de Coisas' 
Uma homenagem à minha mãe.

Esta velha fotografia foi tirada nos meus áureos tempos de criança, quando depois de jogar bola na rua íamos "filar" os saborosos biscoitos assados no forno de lenha por minha amada Tia Lia. Eram saborosos pães de queijo, deliciosos biscoitos variados e petas bem torradinhas que comíamos sem parar.
Nesta pose cinematográfica no quintal da casa de Tia Lia, no então recém-criado bairro São Cristóvão, logo ali atrás da Escola Estadual Betânia Tolentino Silveira, estão de pé Vera Oliva, minha saudosa mãe Dona Zu, minha irmã Joana D´Arc, minha Tia Lia e meu Tio João Vieira (In memoriam). Agachados estão os primos, quase irmãos, Júlio César, Carlos Magno, eu (segurando uma de minhas paixões: as revistas em quadrinhos) e Marco Aurélio (Lelo). Como foram bons esses tempos de minha infância!
Um grande abraço espinosense.

590 - Paulinho da Viola, a suprema elegância do Samba

A timidez é facilmente identificada, assim como a fala mansa que é uma marca registrada deste sambista carioca conhecido como o "Príncipe do Samba". Paulo César Batista de Faria nasceu no Rio de Janeiro em um ambiente completamente musical já que o seu pai, Benedito César Ramos de Faria, é um dos grandes violonistas do país, integrante do memorável conjunto de choro "Época de Ouro". 
Nascido em 12 de novembro de 1942, o menino viveu a sua infância em Botafogo, bairro tradicional da zona sul do Rio de Janeiro. Neste cenário, desde cedo presenciou muitas apresentações de grandes músicos da época, entre eles Jacob do Bandolim e Pixinguinha. Influenciado pelo pai, começou logo a tocar violão. Paulinho da Viola se formou como técnico em  Contabilidade no Colégio Amaro Cavalcanti e trabalhou como escriturário em uma agência bancária até 1964.
Sua primeira composição, "Pode ser ilusão", foi feita em 1962. O encontro com o poeta Hermínio Bello de Carvalho iria mudar radicalmente a sua vida, pois ali se iniciaria uma forte amizade e uma frutífera parceria. Foi Hermínio quem o levou para o Zicartola, o bar e restaurante do compositor Cartola e de Dona Zica, na Rua da Carioca, zona boêmia da cidade do Rio de Janeiro, onde artistas, jornalistas, intelectuais e admiradores do samba se reuniam. Ele passou a se apresentar ali, tocando para outros artistas até começar a se apresentar sozinho. Depois de ter uma música sua gravada pela grande cantora Elizeth Cardoso, as suas composições começaram a ficar conhecidas e ele foi chamado a participar do grupo A Voz do Morro, gravando alguns sambas seus no primeiro disco, "Roda de Samba", lançado em 1965. O sucesso alcançado rendeu mais dois discos.
Em 1964, Paulinho da Viola iria encontrar um grande amor da sua vida, a Escola de Samba Portela, onde rapidamente se tornou um dos seus compositores mais famosos. Em 1966, o seu samba "Memórias de Um Sargento de Milícias" foi escolhido para competir no Carnaval, ganhando a nota máxima, mesmo com a vitória do Salgueiro. Participa do Festival de Música Popular Brasileira da TV Record com a música "Canção para Maria", composta em parceira com Capinam, obtendo o terceiro lugar na interpretação de Jair Rodrigues. Na última edição do festival, vence com a música "Sinal Fechado", em 1969. Lança o seu primeiro disco solo em 1968. A sua composição mais famosa, "Foi Um Rio que Passou em Minha Vida" consegue um sucesso extraordinário no ano de 1970, vendendo mais de 100 mil cópias do disco. Dali em diante, viriam muitos discos excepcionais, muitos shows de alto gabarito e canções inesquecíveis como, por exemplo, "A Dança da Solidão", "Coração Leviano", "Timoneiro" etc.


Paulinho é um gentleman, um formidável e elegante cantor e compositor da mais autêntica música brasileira, um exemplar raro de humildade e postura. A sua intimidade é normal, simples, de um cidadão comum. Apaixonado por carros e mecânica, ele ainda usa, como terapia, a dedicação à marcenaria, onde exercita as suas habilidades manuais na construção de móveis, normalmente para os amigos. 
Para conhecer mais sobre esse expoente da música brasileira que completou 70 anos agora em novembro, sua vida, seu trabalho, seu cotidiano, basta assistir ao documentário "Paulinho da Viola - Meu Tempo é Hoje", da cineasta Izabel Jaguaribe e roteiro do jornalista Zuenir Ventura, postado logo abaixo.
Um grande abraço espinosense.