Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

sábado, 26 de dezembro de 2020

2574 - Lembranças de um tempo bom

De vez em quando dou uma passeada pelo meu arquivo fotográfico e reparo, entre nostálgico e entristecido, quanta gente querida já se encantou e partiu desse mundo para o além, este lugar tão completamente incógnito. Dá saudade imensa também dos amigos que foram morar em outras paragens e que há muito não nos encontramos. 
Mas as velhas imagens nos trazem momentos de muita alegria e felicidade ao lado dos amigos e companheiros de aventuras. Coincidentemente, estas duas fotografias foram tiradas no mesmo lugar, diante da casa que era de Seu Agostinho Tolentino e Dona Edite, na Avenida Doutor José Cangussu, tendo o Colégio Joaquim de Freitas do outro lado da avenida. Hoje funciona ali, se não me engano, o Hotel Avenida. Nesta época, a casa estava alugada para o casal Carlos Magno e Georgina. 
A primeira delas mostra alguns personagens da nossa Turma da Resina conversando fiado após o desfile de um 7 de setembro. Estão sentadas as amigas Ana Rita, Ninha e Amélia e mais o primo-amigo-irmão Júlio César. Estou eu agachado, e de pé está o meu saudoso amigo-irmão-compadre Jorge Adaílson, fazendo diabrura. Infelizmente, há muitos anos não vejo minha querida amiga Ana Rita. Amélia também, já faz um tempinho que não encontro.
Na segunda fotografia, apareço em primeiro plano vestido com uma camisa da Seleção Brasileira de Vôlei, que à época, nos anos 80, encantava-nos com suas seguidas conquistas que a fizeram ficar conhecida como a "Geração de Prata". Ao lado estão Júlio César, sua esposa Neli, Flávio e Dedé. O Flávio era funcionário do Banco do Brasil em Espinosa e acabou falecendo tempos depois em um acidente em Montes Claros, atropelado por um coletivo. 
Esse lugar era muito frequentado por todos nós, estudantes da atual Escola Estadual Joaquim de Freitas. Ali nos reuníamos para conversar, aproveitando as sombras das árvores. Logo ali ao lado havia a sorveteria de Seu Agostinho e posteriormente funcionou o bar de Carlito, nosso point de muitas boas e inesquecíveis farras.
O tempo não para, assim como as boas recordações nunca morrem, até que o alzheimer apareça. Que ele nunca se instale em nossa memória, é o que rogamos a Deus sempre.  
Um grande abraço espinosense.       



2573 - Paul toca tudo em seu novo álbum

Quantas pessoas em todo o mundo possuem a dádiva de elaborar um álbum musical sozinho, criando todas as canções e tocando todos os instrumentos? Não tenho a mínima noção, mas receio que bem poucas, um grupo bem pequenininho, acredito. E se esse álbum traz um bocado de músicas boas e de alta qualidade sonora? Aí fica mais complicado ainda encontrar gente talentosa para construir uma obra assim. Resumindo, o tal disco existe e acabou de ser lançado nas lojas e plataformas de streaming. Trata-se do disco "McCartney III", obra totalmente criada com a genialidade e versatilidade do eterno Beatle em todos os instrumentos, em gravação realizada em seu próprio estúdio na sua propriedade do sul da Inglaterra, em Sussex. 
O lançamento completa uma trilogia iniciada com "McCartney", primeiro disco solo do gênio britânico, lançado em 1970, logo após o fim dos Beatles, e o "McCartney II", na verdade o terceiro disco da carreira do astro, lançado em 1980. Neste "McCartney III", Paul surpreende os fãs com mais um trabalho realizado completamente em casa, aproveitando o isolamento forçado pela pandemia. O artista tem atualmente 78 anos e apesar de toda sua vitalidade, pertence ao grupo de risco, precisando se proteger da letal doença que atingiu todo o planeta com prejuízos imensuráveis. Mas, extremamente consciente e sábio, o músico já afirmou que: "Vou tomar (a vacina). E gostaria de encorajar as pessoas a fazer o mesmo."
Nas canções deste álbum, Paul fala do amor e da dor de amar, da vida cotidiana e da necessidade urgente e sábia de aproveitarmos intensamente os momentos de cada dia, pois a vida é frágil e pode se desfazer no ar a qualquer instante, sem aviso. 
"I must find the time to plant some trees (Devo encontrar tempo para plantar algumas árvores)
In the meadow where the river flows (No prado onde corre o rio)
In time to come they'll make good shade for some poor soul (Com o tempo, eles farão uma boa sombra para alguma pobre alma)". Nesses versos, Paul demonstra toda sua empatia, todo seu sentimento de humanidade, ao propor agora ações que possam ser benéficas a quem virá adiante, mesmo se desconhecidos. Não à toa, ele é um dos mais admirados e amados artistas de todo o mundo.  



Estas são as canções do álbum recém lançado por Macca:
1) Long Tailed Winter Bird (5:16)
2) Find My Way (3:54)
3) Pretty Boys (3:00)
4) Women and Wives (2:52)
5) Lavatory Lil (2:22)
6) Deep Deep Feeling (8:25)
7) Slidin´ (3:23)
8) The Kiss of Venus (3:06)
9) Seize the Day (3:20)
10) Deep Down (5:52)
11) Winter Bird/When Winter Comes (3:12)



É gratificante para nós, apaixonados que somos pelo talento, carisma e genialidade do Sir Paul McCartney, vê-lo perto de completar seus 80 anos completamente lúcido, ativo e criativo, produzindo mais e mais belas canções. Obrigado por tudo e vida longa, Paul!
Um grande abraço espinosense.