De vez em quando dou uma passeada pelo meu arquivo fotográfico e reparo, entre nostálgico e entristecido, quanta gente querida já se encantou e partiu desse mundo para o além, este lugar tão completamente incógnito. Dá saudade imensa também dos amigos que foram morar em outras paragens e que há muito não nos encontramos.
Mas as velhas imagens nos trazem momentos de muita alegria e felicidade ao lado dos amigos e companheiros de aventuras. Coincidentemente, estas duas fotografias foram tiradas no mesmo lugar, diante da casa que era de Seu Agostinho Tolentino e Dona Edite, na Avenida Doutor José Cangussu, tendo o Colégio Joaquim de Freitas do outro lado da avenida. Hoje funciona ali, se não me engano, o Hotel Avenida. Nesta época, a casa estava alugada para o casal Carlos Magno e Georgina.
A primeira delas mostra alguns personagens da nossa Turma da Resina conversando fiado após o desfile de um 7 de setembro. Estão sentadas as amigas Ana Rita, Ninha e Amélia e mais o primo-amigo-irmão Júlio César. Estou eu agachado, e de pé está o meu saudoso amigo-irmão-compadre Jorge Adaílson, fazendo diabrura. Infelizmente, há muitos anos não vejo minha querida amiga Ana Rita. Amélia também, já faz um tempinho que não encontro.
Na segunda fotografia, apareço em primeiro plano vestido com uma camisa da Seleção Brasileira de Vôlei, que à época, nos anos 80, encantava-nos com suas seguidas conquistas que a fizeram ficar conhecida como a "Geração de Prata". Ao lado estão Júlio César, sua esposa Neli, Flávio e Dedé. O Flávio era funcionário do Banco do Brasil em Espinosa e acabou falecendo tempos depois em um acidente em Montes Claros, atropelado por um coletivo.
Esse lugar era muito frequentado por todos nós, estudantes da atual Escola Estadual Joaquim de Freitas. Ali nos reuníamos para conversar, aproveitando as sombras das árvores. Logo ali ao lado havia a sorveteria de Seu Agostinho e posteriormente funcionou o bar de Carlito, nosso point de muitas boas e inesquecíveis farras.
O tempo não para, assim como as boas recordações nunca morrem, até que o alzheimer apareça. Que ele nunca se instale em nossa memória, é o que rogamos a Deus sempre.