Espinosa, meu éden

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quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Centenário de Espinosa - Postagem 32

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Toda cidade tem, entre os seus moradores, algumas figuras que se destacam na multidão, seja por seus talentos, por suas realizações ou por suas excentricidades. Na nossa história tivemos irmãos espinosenses que fugiam completamente da existência comum, trivial e ordinária. Arichó foi uma dessas figuras, com suas palavras e frases de efeito ditas enquanto saía pela cidade vendendo suas frutas dentro de um carrinho de mão. "Uérre!", "uh, lagartixa!" e "bacaxi nanás" eram algumas das suas expressões que ficaram famosas. Outro personagem famoso é Chico do Avião, com sua paixão desmedida pelas máquinas de voar pelos ares. 
Uma figura incrível e insólita da nossa Espinosa foi o Walter Mendes. Waltinho, que assim como eu e um montão de outros espinosenses, gostava de beber uma cerveja. E formava um casal extremamente apaixonado com Nair. Conhecido e querido por todos, Waltinho se diferenciava na multidão por suas ideias singulares e seu jeito excêntrico de ser. Só mesmo ele para aparecer em pleno dia na praça da Matriz, no centro da cidade, segurando, sem o menor receio, uma enorme cobra. Outra figura espinosense bastante conhecida, Vicentão, lhe auxiliava na tarefa de apresentar a serpente aos curiosos que se aglomeraram ali na praça para observar a cena inusitada. 




Diz a lenda, que parece ser verídica, que a grande cobra foi transformada rapidamente, sob os dotes culinários de Waltinho, em uma deliciosa farofa que se esgotou em minutos no Bakana de seu irmão Waldir. Se alguém duvida da história, as fotografias, sem adulteração pela Inteligência Artificial, estão aí bem claras para provar a veracidade do fato.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

Centenário de Espinosa - Postagem 31

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Nos anos dourados do cultivo do "ouro branco", o algodão, a nossa Espinosa destacava-se na região com uma produção extraordinária do produto. Chegamos, em determinadas épocas, a ter várias usinas algodoeiras funcionando simultaneamente e a todo vapor no município, para conseguir processar toda a enorme produção do algodão. Tal cenário enriquecia os empresários e gerava empregos para boa parte dos habitantes da cidade. Muita gente de boa visão econômica teve sua usina algodoeira, como Aristides Tolentino, Joaquim de Freitas, Benvindo Nogueira, Valdemar Cruz, entre outros.








Infelizmente este cenário pujante e lucrativo se desfez no ar com a aparição silenciosa e demolidora do inseto-praga "anthonomus grandis", o maldito bicudo do algodoeiro. Sua chegada às plantações do Norte de Minas foi um desastre completo, de proporções gigantescas que inviabilizaram completamente a continuidade da cultura do algodão na região. Usinas de beneficiamento de algodão foram fechadas e os trabalhadores das colheitas tiveram que procurar novas ocupações, o que causou um abalo substancial na economia regional e o recrudescimento do empobrecimento da população. É inacreditável, mas assim como o maldito mosquito "aedes aegypti", um inseto minúsculo fez um estrago gigante no panorama produtivo da região, influenciando sobremaneira negativamente na vida de milhares de moradores, especialmente os espinosenses. Uma pena!
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.