Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

314 - Um fim de semana proveitoso

Dois acontecimentos gratificantes neste final de semana me fizeram reencontrar pessoas queridas. O primeiro foi o enlace matrimonial de Polliany e Wilson, realizado na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida de Montes Claros. A cerimônia foi muito bonita e sublimemente realçada pela felicidade expressiva da noiva, comprovada pelo seu sorriso escancarado no rosto, e pela simpatia e criatividade do padre que oficializou o casamento, que deu uma verdadeira aula de como deve ser o relacionamento entre casais. Muito legal! Para coroar essa união, a festa que aconteceu na Chácara Bugarin logo após o casamento, foi impecável. Ornamentação e buffet de altíssimo nível em um local de rara beleza, principalmente pela qualidade da iluminação dos jardins da chácara. Os convidados, a maioria deles de Espinosa, puderam usufruir de toda a estrutura montada na casa de eventos, que teve na sua trilha sonora, além de um flautista na recepção aos convidados e de um DJ na abertura da festa, os músicos espinosenses Ralysson e Gera. Mas até o Gracialino Ramos, o Véio, deu uma canja cantando algumas músicas.
À Poliany e Wilson o desejo de que tenham muita saúde, harmonia e felicidade na vida em comum.
A noiva Poliany exuberantemente feliz

Nosso feliz reencontro com a grande amiga Neuzinha

Tânia, Cléa e Lindacy

Eustáquio, Quinha e Leonardo Saldanha

Messias, Eustáquio e Lucídio com um amigo

Companheiros de 9 de Março, Claudão e Eustáquio

Para arrematar o ótimo fim de semana, fomos no domingo a uma confraternização na AABB, idealizada por Zena Alexandre, para reencontrar os amigos que estiveram distantes nas festas de Natal e Réveillon. E como foi reconfortante rever e abraçar grandes amigos e bater um longo papo, com muita alegria e descontração. E comer e beber também, pois a cerveja estava estupidamente gelada e o menu estava simplesmente divino. À Zena, que promoveu o nosso encontro, e a todos os amigos que lá estiveram presentes, o meu agradecimento pela tarde maravilhosa. Que tenham um ótimo ano de 2012.
Zena, Carol, Ingrid, Isabella, Margareth, Cléa e Eustáquio na AABB

Um belo e delicioso peixe foi servido

Margareth, Cléa, Zé Américo, Jesana, Zena, Carol e Isabella

A turma toda: Jesana, Margareth, Tânia, Cléa, Zé Américo,
Dinah, Eustáquio, Tiãozinho, Michael, Zena, Carol, Léo, Bruno,
Ana Clara, Ingrid e Isabella. Henrique foi o fotógrafo.

313 - Cássia Eller, sem você...Meu mundo ficou incompleto...

Caramba! Neste 29 de dezembro passado, em 2011, se completaram 10 anos do desaparecimento da estupenda cantora carioca Cássia Eller, por quem tenho imensa admiração. Gosto demais da sua voz potente e das suas interpretações cheias de suingue, sentimento e intensidade. Cássia está fazendo muita falta, assim como Cazuza, Renato Russo, John Lennon, Freddie Mercury, George Harrison, Elis Regina, Tom Jobim e tantos outros. A música atual anda precisando de novos ídolos que tenham algo a dizer e não ficar só no "ai, se eu te pego, delícia" e no "tchererê tchê tchê". Fica parecendo que o cara fez a música tentando pegar o pote de manteiga no café da manhã e o outro andava amando um gaúcho. Que coisa triste! Bom, deixa pra lá! Vamos falar de coisa boa, de música boa, de cantora boa. Boa, não, excelente! 
Cássia Rejane Eller nasceu no Rio de Janeiro, aos 10 de dezembro de 1962. Quando tinha 6 anos mudou-se com a família para Belo Horizonte. Depois, aos 10 anos, mudou-se novamente, em função da profissão do pai que era militar. Foi para Santarém, no Pará. Aos 12 anos, retornou para o Rio. Quando tinha 14 anos, ganhou um violão de presente e a partir daí começou o interesse pela música. Como tantos outros jovens músicos, tocava principalmente músicas dos Beatles. Aos 18 anos, chegou a Brasília e começou a se lançar como cantora, participando de coral, fazendo testes para musicais, trabalhando em duas óperas como corista, além de se apresentar como cantora de um grupo de forró e tocar surdo em um grupo de samba. Durante dois anos, fez parte do primeiro trio elétrico de Brasília, denominado Massa Real. Trabalhou em vários bares tocando e cantando. Ou seja, fez de tudo um pouquinho, tentando uma oportunidade na carreira artística.  Despontou no mundo artístico em 1981, ao participar de um espetáculo de Oswaldo Montenegro. Mas o primeiro disco só viria a sair em 1990, pela gravadora Polygram, depois de gravar uma fita demo com a música "Por enquanto" de Renato Russo, com a ajuda de um tio. O seu segundo disco saiu em 1992, também pela Polygram, com o nome de "O Marginal". Em 1994 sai o terceiro disco apenas com o seu nome na capa. Em 1996 é lançado "Cássia Eller - Ao Vivo". Em 1997 ela lança "Veneno Anti-Monotonia", o último pela gravadora Polygram e totalmente gravado com músicas de Cazuza. Com a sua nova gravadora Universal Music é lançado, em 1998, "Veneno Vivo". Com produção de Nando Reis, em 1999, chega às lojas o ótimo disco "Com você...Meu mundo ficaria completo". Em 2001, o melhor ano de sua carreira, nos dias 7 e 8 de março, em São Paulo, ela gravou o álbum "Acústico MTV" também com produção de Nando Reis e que chegaria a mais de 700 mil cópias vendidas. Também participa com estardalhaço do Rock in Rio III, no mesmo dia em que se apresentaram R.E.M., Foo Fighters, Beck, Barão Vermelho e Fernanda Abreu, show para mais de 190 mil pessoas, mais tarde lançado em disco.



A carreira de Cássia Eller sempre foi marcada pelo ecletismo musical, pois ela sempre gravou músicas de vários estilos, desde o samba até o rock, passando pelo pop e pela MPB, sempre com extrema qualidade e personalidade. Gilberto Gil, Caetano Veloso, Djavan, Chico Buarque, Renato Russo, Cazuza, Riachão, Arrigo Barnabé, Roberto Frejat, Beto Guedes, Luis Melodia, Rita Lee, entre outros, e artistas internacionais como Beatles, Jimi Hendrix e Nirvana tiveram músicas suas gravadas por ela. Mas quem mais participou da carreira e dos discos de Cássia foi o seu grande amigo Nando Reis, autor de alguns dos seus maiores sucessos, entre eles "O segundo sol", "E.C.T.", "As coisas tão mais lindas" e "Relicário".
Cássia Eller tinha uma forte personalidade e nunca escondeu a sua preferência sexual pelo mesmo sexo. Ela vivia com a namorada Maria Eugênia Vieira Martins e com o seu filho Francisco (carinhosamente chamado de Chicão), filho seu com o baixista Tavinho Fialho, morto em um acidente pouco antes do nascimento do menino. Cássia também era uma torcedora ilustre do Clube Atlético Mineiro.

Cássia Eller iria se apresentar na noite do Réveillon no Rio de Janeiro, em 2001, mas dois dias antes, no dia 29 de dezembro, um sábado, ela foi internada, pela manhã, na Clínica Santa Maria, no Bairro de Laranjeiras, no Rio, com enjoos e mal-estar. Às 19 horas e 15 minutos, Cássia Eller morria, com apenas 39 anos, de parada cardiorrespiratória causada por uma intoxicação exógena, deixando órfão não só o seu filho Chicão, mas milhares de fãs por todo o país, inclusive eu. A música brasileira ficava um pouquinho menos rica.

Álbuns de estúdio e ao vivo:
Cássia Eller (1990 - Polygram)
O marginal (1992 - Polygram)
Cássia Eller (1994 - Polygram)
Cássia Eller - Ao Vivo (1996 - Som Livre)
Veneno Antimonotonia (1997 - Polygram)
Veneno Vivo (1998 - Polygram)
Com você... Meu mundo ficaria completo (1999 - Universal Music)
Acústico MTV (2001 - Universal Music)
Dez de Dezembro (2002 - Warner Music) (Póstumo)
Lual MTV (2002 - Universal Music)
Rock in Rio ao Vivo (2006 - Universal Music)

Coletâneas:
Minha História (1997 - Polygram)
Música Urbana (1997 - Polygram)
Cássia Rock Eller (2000 - Universal Music)
Sem Limite (2001 - Universal Music)
Participação Especial (2002 - Universal Music)
Perfil (2003 - Som Livre)
I Love MPB (2004 - Universal Music)
A arte de Cássia Eller (2004 - Universal Music)
Novo Millennium (2005 - Universal Music)
Raridades (2008 - Som Livre)
Relicário (2011 - Universal Music)

DVD:
Com você...Meu mundo ficaria completo (1999 - Universal Music)
Acústico MTV (2001 - Universal Music)
Rock in Rio ao Vivo (2006 - Universal Music)

Violões (2011 - Universal Music)









312 - O inesquecível Tarzan dos Macacos, de Jane, de Boy e de Cheetah

Notícia divulgada há pouco tempo atesta o falecimento, aos 80 anos, da famosa chimpanzé do cinema americano, Cheetah, que fez enorme sucesso nos filmes de Tarzan. Confesso que achei estranho que só agora a macaca tenha morrido, já que o tempo normal de vida de um chimpanzé em cativeiro é de 40 a 60 anos, conforme relatos de técnicos especialistas do santuário Save the Chimps, na Flórida (EUA). Se confirmada a autenticidade de Cheetah, ela seria a chimpanzé com mais tempo de vida no mundo. Mas isso pouco importa. O interessante é que a notícia me fez levar de volta aos tempos glamurosos do Cine Coronel Tolentino de Tidim e Nelito, ali na Praça Antonino Neves, onde íamos com a maior expectativa assistir, deslumbrados, aos filmes com as aventuras de Tarzan dos Macacos.
Johnny Weissmuller quando nadador

O início de tudo: o livro de Edgar Rice Burroughs

O cartaz do primeiro filme com Johnny Weissmuller
A turma mais nova talvez nunca tenha ouvido falar de Cheetah ou de Tarzan e Jane, mas as suas aventuras mostradas no cinema eram uma coqueluche entre nós, crianças e adolescentes. O personagem Tarzan dos Macacos foi criado pelo escritor estadunidense Edgar Rice Burroughs em 1912 na revista All-Story Magazine e publicado em formato livro em 1914. O personagem era filho de aristocratas ingleses que desembarcaram na selva africana após um motim e acabaram mortos, sendo criado desde pequeno pelos macacos. Seu nome de batismo era John Clayton III, Lorde Greystoke. Na selva, o menino ficou conhecido como Tarzan, que significa "Pele Branca". Por ter sido criado na selva cheia de perigos, em meio aos macacos, Tarzan desenvolveu incríveis habilidades físicas além da capacidade de se comunicar com os animais. Esta última característica deixava-nos deslumbrados quando, nos filmes, ele com o seu grito gutural chamava os animais da floresta para ajudá-lo em alguma dificuldade. Era o máximo!
Maureen O´Sullivan, Cheetah e Johnny Weismuller

Os três em companhia de Boy (Johnny Sheffield), o filho adotivo
O personagem Tarzan também seria lançado em livros e em revistas, mas foi no cinema que ele me encantou. O primeiro ator a encarnar o personagem no ainda cinema mudo foi Elmo Lincoln, no filme "Tarzan, O Homem Macaco" (Tarzan Of The Apes), de 1919. Lincoln também estrelou o filme seguinte, "O Romance de Tarzan" (Romance of Tarzan, 1918) e o seriado "As Aventuras de Tarzan" (The Adventures of Tarzan, 1921, quinze episódios). Outros atores também interpretaram Tarzan na era do cinema mudo, como Gene Pollar e James H. Pierce. Já no cinema sonoro, outros atores também o fizeram como Lex Barker, Gordon Scott e Mike Henry. Na televisão, o ator Ron Ely foi o intérprete de Tarzan em uma cultuada série de cinquenta e sete episódios entre 1966 e 1968. Alguns desses episódios foram fundidos e exibidos nos cinemas. Mas ninguém encarnou melhor o personagem como o primeiro Tarzan do cinema sonoro, o nadador americano Johnny Weissmuller, que interpretou o herói da selva em doze fitas, primeiro na MGM e depois na RKO, ao lado da chimpanzé Cheetah e da atriz Maureen O´Sullivan que fez o papel de Jane nos seis primeiros filmes.

Weissmuller nasceu na Romênia aos 2 de junho de 1904 com o nome de batismo Johann Peter Weismüller, mudando-se com os pais para os Estados Unidos quando tinha apenas sete meses de idade. Antes de se tornar ator, Johnny Weissmuller construiu uma carreira excepcional como desportista, tendo conquistado cinco medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de 1924 e 1928. Ele estabeleceu 67 recordes mundiais de natação e ganhou 52 campeonatos nacionais, sendo considerado um dos melhores nadadores de todos os tempos. Esta sua habilidade na água o ajudou na confecção do personagem, já que ele abdicava de dublê nas cenas em que nadava entre os crocodilos. Uma das características mais famosas do personagem Tarzan era o seu longo e estridente grito de guerra, com que convocava os animais para se juntar a ele na floresta.
Depois de abandonar o papel de Tarzan, ele faria o personagem "Jim das Selvas" na série de mesmo nome, feita para a Columbia entre 1948 e 1955. Foram dezesseis filmes ao todo, com duração média de setenta minutos cada. Em 1955, a série transferiu-se para a TV, tendo sido feitos vinte e seis episódios de meia hora cada. 
  
Jonnhy Weismuller morreu em Acapulco, no México, em 20 de janeiro de 1984, aos 79 anos, vítima de um edema pulmonar. Ele está eternizado na capa do disco "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", dos Beatles.
Fonte: wikipedia.org

Assista aqui o trailer do primeiro filme da era Johnny Weissmuller como Tarzan: