Relutei bastante até decidir postar aqui a minha chegada ao esperado tempo do ócio remunerado. E só o faço pelo respeito e agradecimento aos vários colegas e amigos com quem tive o prazer de conviver nessa minha trajetória profissional iniciada aos 13 anos de idade, ainda menino, na minha Espinosa querida.
Foram exatamente 35 anos e 13 dias de trabalho no Banco do Brasil, desde o dia 16 de dezembro de 1981, quando aquele jovem ingênuo e sonhador conseguiu realizar o sonho de integrar o quadro de funcionários desta exemplar empresa de enorme tradição e importância para o país. Lembro-me bem de ter sido recepcionado com toda a gentileza e boa vontade pelo sub-gerente Anísio Rocha Batista, um gentleman, gente da melhor qualidade, espécime não raro na instituição. Muitos outros grandes colegas e amigos foram fundamentais na minha formação nesse longo percurso, entre eles Izaías Mariano Mendes (Zazá) e Antônio Felisberto Fernandes (Tuka), a quem devo muito. Roberto Carlyle Gonçalves Lopes (Quinha), Valdevino Alves Sobrinho, Djair Luiz Fróis, Élcio Alves Alencar e Hernan Antunes Rocha também muito me ajudaram nesses anos todos. Existem muitos outros, que espero não se zanguem por não terem sido listados aqui. Todos eles estarão para sempre em meu coração.
Mas minha história de trabalho não se deu somente ali. Meu primeiro emprego foi-me arranjado por minha mãe na Casa Fátima, de Seu Guilherme, loja então localizada na Praça Coronel Heitor Antunes, esquina com 9 de Março. Lá, trabalhei no setor de materiais de construção por apenas dois meses, por não me adaptar aos rígidos requisitos da empresa. Àquela época, eu era apenas um adolescente inocente e petulante. Pouco tempo depois, minha mãe me arrumou outro trabalho, desta vez na mercearia de Albino da Costa Ramos, localizada na Rua da Resina, lá no fundo do então Mercado Municipal. Lá trabalhei por alguns anos e fiz muitos amigos. Depois consegui uma vaga no escritório de contabilidade de José Jorge, um serviço mais cerebral e muito menos pesado, onde também fiz muitos amigos ao longo de uns 2 anos. Na implantação da Rádio Educadora pelo Padre Martin Kirscht na cidade, sob a direção de Juraci Barbosa Lima e Otacílio Lage, apareceu uma chance de trabalho no setor de contabilidade, e com carteira assinada. Nos empregos anteriores eu ganhava no máximo meio salário mínimo e não tinha registro em carteira, o que se mostrou definitivamente negativo na obtenção do meu tempo de aposentadoria. Consegui o cargo e fui trabalhar na Rádio sob a chefia de meu prezado Hildebrando Cerqueira, o Bandim. Como a Rádio estava começando, não havia muito trabalho a fazer e eu soube aproveitar bem o tempo livre para estudar para o concurso do Banco do Brasil, o que foi fundamental para meu sucesso na prova aplicada dali há alguns dias. Ao passar no concurso, deixei a Educadora onde fiquei por menos de dois meses, mas tempo suficiente para amealhar novos e bons amigos. Tenho o maior apreço e gratidão a esse pessoal todo que deu-me oportunidade de trabalho.
Prédio da antiga Casa Fátima |
Prédio da Mercearia Ramos |
Prédio da Contabilidade Jorge |
E foi assim a despedida. Exatamente às 16 horas do dia 29 de dezembro de 2016, última quinta-feira do ano, acessei o sistema do BB para realizar o meu último registro de saída no ponto eletrônico.
Rogo a Deus para que me dê muita saúde, paz, paciência e discernimento para tornar a minha vida e a de todos ao meu redor mais feliz e justa.
Deixo aqui registrado o meu agradecimento sincero a todos aqueles com quem convivi nesses anos todos, desde os ocupantes dos cargos mais elevados até os mais simples. Todos vocês fizeram e fazem parte da minha história. Muito obrigado, pessoal, e que Deus os proteja!
Um grande abraço espinosense.