A Copa do Mundo 2022 está nos seus momentos derradeiros, com a realização das partidas semifinais do torneio mundial de seleções ontem, terça-feira, entre Argentina e Croácia, e hoje, quarta-feira, entre Marrocos e França.
Argentina e Croácia entraram no gramado do Lusail Stadium na terça-feira, 13 de dezembro, com o sonho de chegar mais uma vez ao jogo final de uma Copa, situação diferenciada de euforia e encantamento já vivida pelos seus habitantes aficionados por futebol. A Argentina, em busca do terceiro título, já com as conquistas de 1978, com Mario Kempes, e 1986, com o gênio Diego Armando Maradona, entrou como favorita contra a Croácia, que mesmo com moral após eliminar o Brasil nos pênaltis, só tem em sua trajetória um vice-campeonato da Copa disputada em 2018 e um terceiro lugar em 1998. Esta nova façanha dependia dos desempenhos em campo dos seus jogadores durante os 90 minutos do tempo regulamentar, ou nos mais 30 minutos da prorrogação ou até da disputa tensa das penalidades máximas. Mas tudo já se encaminhou ainda na primeira etapa, com gols de Lionel Messi (camisa 10) batendo pênalti cometido pelo goleiro Dominik Livakovic (camisa 1) sobre Julián Álvarez (camisa 9) e do mesmo Álvarez, após jogada de muita raça e sorte. Mesmo com maior posse de bola e o domínio do meio-campo pela Croácia, sua mais forte característica, a Argentina foi mais contundente, aguda e eficaz, vencendo o primeiro tempo por 2 x 0. Sem outra opção, o treinador croata Zlatko Dalić fez modificações e colocou o time mais adiantado em busca do empate. Mas a Argentina, com Messi endiabrado, faria o terceiro gol novamente através do artilheiro Julián Álvarez (camisa 9), depois de jogada espetacular do mítico camisa 10 argentino. Com o jogo nas mãos e o resultado garantido, o time argentino ficou trocando passes com tranquilidade, para desânimo dos croatas que sabiam ser impossível uma reviravolta.
Nesta partida, Messi continuou batendo recordes. Virou artilheiro da Copa ao lado de Mbappé, com 5 gols, ultrapassou o artilheiro Gabriel Batistuta em gols marcados (11) pela Argentina em copas e igualou-se ao Lothar Matthäus como recordista de jogos na história das Copas do Mundo, com 25 partidas disputadas, à frente de Miroslav Klose, com 24, Paolo Maldini, com 23, e Cristiano Ronaldo, com 22.
O surpreendente time do Marrocos e a favorita ao título França pisaram no gramado do Al Bayt Stadium na tarde desta quarta-feira, 14 de dezembro, comprometidos em fazer história e passar à disputa final da cobiçada taça de Campeão Mundial de Seleções da FIFA. A poderosa França, em busca do seu terceiro título, por ter vencido em 1998, com Zinedine Zidane, e em 2018, com Kylian Mbappé, parecia muito mais capacitada para chegar à mais uma final, mas a valorosa equipe do Marrocos, entusiasmada com o feito de chegar à semifinal pela primeira vez na história, pretendia seguir vencendo, brilhando e arrebatando o mundo do futebol. A aposta marroquina era continuar bem fechadinha na defesa, como fez com sucesso e competência durante todo o torneio, mas a estratégia desmoronou bem cedo, logo aos 5 minutos de jogo, com o gol francês marcado pelo lateral-esquerdo Theo Hernandez (camisa 22). Com o resultado adverso, não havia outra decisão a tomar senão se arriscar fustigando o adversário. E Marrocos criou boas chances de empatar, uma delas com bom chute de Azzedine Ounahi (camisa 8) para bela defesa de Hugo Lloris (camisa 1) e outra com Jawad El Yamiq (camisa 18), em bonita finalização de bicicleta. Pela França, Olivier Giroud (camisa 9) esteve próximo de marcar em duas oportunidades, uma delas acertando a trave. Veio o segundo tempo e o Marrocos continuou apertando a França, que se defendia com o time bastante recuado. E o jogo transcorria em alto nível, com emoção à flor da pele pelo resultado mínimo podendo ser igualado a qualquer momento. Marrocos buscava sufocar a França que esperava uma oportunidade no contra-ataque para marcar o segundo gol e confirmar a vitória. Depois de boas chances criadas de lado a lado, o técnico francês Didier Deschamps trocou Ousmane Dembele (camisa 11) por Randal Kolo Muani (camisa 12), e a sorte lhe sorriu. Aos 32 minutos, após boa troca de passes até a finalização desviada de Mbappé (camisa 10), a bola sobrou limpa para Randal Kolo Muani (camisa 12) apenas empurrar para o fundo do gol, tocando pela primeira vez na bola e trazendo um enorme alívio para a França. Estava decidida a partida, com a França classificada para enfrentar a Argentina na grande final. Ao bom, valoroso e surpreendente time do Marrocos, que fez belíssima campanha no Catar, resta a disputa do terceiro lugar com a Croácia, um feito memorável para uma equipe africana na Copa do Mundo da FIFA.
Agora faltam apenas dois jogos para o encerramento da Copa! Na sexta-feira, a disputa do terceiro lugar, entre Marrocos e Croácia, e no sábado, a grande final entre Argentina de Messi versus a França de Mbappé, promessa de um grandioso espetáculo de futebol. A França tem o favoritismo por contar com a melhor equipe do torneio, mas vou torcer com toda energia para a Argentina, para que o cracaço Messi ganhe a sua Copa do Mundo, assim como Maradona. Ficarei feliz com qualquer resultado, o importante é a vitória do futebol de qualidade.
Mesmo ainda não terminada a Copa, ouso escalar a minha seleção do torneio: Wojciech Szczesny (Polônia); Achraf Hakimi (Marrocos), Dejan Lovren (Croácia), Joško Gvardiol (Croácia) e Theo Hernandez (França); Casemiro (Brasil), Antoine Griezmann (França), Luka Modric (Croácia) e Lionel Messi (Argentina); Harry Kane (Inglaterra) e Kylian Mbappé (Argentina). Treinador: Didier Deschamps (França). E o Craque da Copa, sem dúvida alguma, o genial Lionel Messi!
Um grande abraço espinosense.