Que festa! Que maravilha! Que jogo! Que Copa!
As imagens da TV já antecipavam o quanto de emoção iríamos viver na partida derradeira da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Foi bem interessante ver a tão cobiçada taça chegando protegida e carregada pelo ex-zagueiro do Barcelona e da Seleção Espanhola, Carles Puyol, e pela nossa mais famosa modelo, Gisele Bündchen. Em seguida, a cerimônia de encerramento, tão simples quanto a de abertura (para preservar o gramado), mas um pouco mais bela, acredito eu, pela coreografia, pela qualidade da música e pela presença do genial guitarrista mexicano Carlos Santana, de quem sou fã, claro. As imagens das chegadas dos times ao estádio, o aquecimento dos atletas em campo, a entrada protocolar das equipes ao lado das animadas e sorridentes crianças, os voluntários com as bandeiras dos países e do fairplay, a execução dos hinos, a emoção dos jogadores, os cumprimentos, o sorteio do campo, o apito inicial. A final enfim começou para delírio de 1 bilhão de pessoas espalhadas por todos os cantos do mundo.
E como já se esperava, um jogo milimetricamente estudado. A Argentina, sabedora das potencialidades do adversário, jamais iria repetir a estratégia desastrosa adotada pelo Brasil. Entrou fechada, cuidadosa, atenta, guerreira. Mas a tensão era enorme, a responsabilidade tremenda, e os erros eram inevitáveis, de lado a lado. Incríveis chances perdidas. Como a que caiu do céu para o atacante Higuain, depois de cabeçada maluca do excelente meia alemão Kroos, que o atacante argentino desperdiçou de maneira bisonha. Daí a pouco Messi teve boa chance e com a categoria de sempre, só que com a direção errada, colocou para fora. Höwedes também teve a chance e acertou a trave esquerda de Sergio Romero, quase abrindo o placar. Outros lances de perigo foram criados, mas nada de a rede balançar. Ninguém se arriscava a diminuir a marcação e ceder espaços ao adversário. E continuava 0 x 0. Mérito dos jogadores e dos treinadores Alejandro Sabella e Joachim Low, que demonstraram a sua capacidade de trabalho, explicitada nos sistemas táticos seguros e brilhantes apresentados na final. Uma final de alto nível de futebol.
E a decisão seguia tensa, nervosa e indefinida até que o tempo regulamentar se findou. Prorrogação à vista! Mais emoção e ansiedade adiante. Para quem, como eu, adora futebol, um prato cheio! Mais meia hora de bom futebol. O tempo extra começou em ritmo frenético, com boa chance de gol para a Alemanha, com o destacado Schürrle, que parou na bela defesa de Romero. Palácio, que havia substituído o limitado Higuain, teve a chance de mudar a história do jogo e errou um gol incrível, tocando por cima de Neuer pela linha de fundo. O cansaço já se manifestava nos desempenhos do atletas das duas equipes e o ritmo de jogo naturalmente diminuiu. Messi, já sem condições físicas ideais, pouco aparecia na partida. Parecia então que tudo se resolveria na imprevisível disputa por pênaltis. Parecia. Até que uma arrancada espetacular de Schürrle pela esquerda do seu ataque culminou em um ótimo cruzamento na área para a belíssima matada no peito do garoto Götze e a conclusão perfeita para fazer o gol da Alemanha, sem chance de defesa para Romero. Estava sacramentado o quarto título da poderosíssima Seleção Alemã de Futebol.
Uma campanha memorável, com grandes desempenhos, em especial a goleada em cima de Portugal de Cristiano Ronaldo e o incrível e histórico massacre produzido sobre a Seleção Brasileira. Alemanha, campeã do mundo com todos os méritos. Méritos também ao bravo time argentino, e ao competente treinador Sabella, que desempenharam muito bem os seus papéis e dignificaram ao máximo a conquista germânica.
Uma copa fantástica. Um campeão admirável. Uma festa espetacular. Valeu, Brasil!
Um grande abraço espinosense.