É bem possível que, mesmo sem saber, você tenha dançado freneticamente em uma festa qualquer sob o endiabrado som criado por ele. Depois de sacudir o mundo com sua música energética e dançante, o senhor de 90 anos de idade batizado como Charles Edward Anderson Berry, ou apenas Chuck Berry, foi animar a festa em outra dimensão. O autor de clássicos do Rock como "Johnny B. Goode", ""Roll Over Beethoven", "Maybellene", "School Day", "Rock and Roll Music", "Sweet Little Sixteen", "No Particular Place To Go", "You Never Can Tell", "Nadine (Is It You?)", "My Ding-a-Ling", "Memphis, Tennessee" e outras mais, foi encontrado morto neste sábado, 18 de março, em sua residência no Condado de Saint Charles, no Missouri, EUA.
A lenda do Rock influenciou milhares de músicos pelo mundo inteiro, entre eles ícones como Beatles, Rolling Stones, Led Zeppelin, Bruce Springsteen e AC/DC.
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| John Lennon e Chuck Berry |
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| Bruce Springsteen e Chuck Berry |
Chuck Berry nasceu aos 18 de outubro de 1926, em Saint Louis, Missouri, quarto dos seis filhos de uma diretora de escola e de um empreiteiro pastor da Igreja Batista. Começou na música tocando blues, mas depois enveredou-se pelo caminho da criação de uma música mais agitada e alegre. Ao longo da vida, teve alguns problemas com a polícia, mas entrou para a história pelo seu talento como cantor, compositor e guitarrista do gênero que ajudou a criar. Chuck Berry foi um dos primeiros artistas a entrar no Hall da Fama do Rock and Roll. Em 23 de janeiro de 1986, ao lado de James Brown, Ray Charles, Fats Domino, Everly Brothers, Buddy Holly, Jerry Lee Lewis e Elvis Presley, Chuck foi entronizado na galeria dos grandes do Rock.
Chuck deixa sua marca na história do Rock and Roll, nas suas canções que permanecem sempre atuais e naquelas performances vigorosas sobre o palco, com o famoso "duck walk", aquela maneira diferente e até engraçada de tocar sua guitarra enquanto pulava, agachado, em uma perna só.
Há pouco tempo, resolveu lançar um último álbum, com músicas inéditas e que seria dedicado à sua esposa, Themetta "Toddy" Suggs, com quem vivia há 68 anos e com quem gerou os filhos Ingrid, Aloha, Charles Jr. e Melody.
Chuck Berry merece ser chamado de lenda, de pioneiro do Rock, de fenômeno, de ícone, de mito. Afinal, como bem disse John Lennon: "Se você tivesse que dar outro nome ao Rock 'n' Roll, você deveria chamá-lo de Chuck Berry". Nada a acrescentar.
Descanse em paz, Chuck, ou se quiser, incendeie o Paraíso com o seu Rock and Roll. Garanto que Deus não irá se incomodar, pelo contrário.
Um grande abraço espinosense.
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