Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

sexta-feira, 3 de março de 2023

3153 - Parabéns, saúde e felicidade, gênio da bola Zico!

Ele já nos causou, a nós atleticanos, algumas dores bastante traumáticas nos anos 80, época em que Flamengo e Atlético destacavam-se como os melhores times de futebol do Brasil. Não sem a ajuda dos seus talentosos companheiros e uma força considerável de alguns árbitros pouco confiáveis. 
Não há como não respeitar, elogiar e exaltar o cidadão e atleta Arthur Antunes Coimbra, o genial camisa 10 do Flamengo, Zico. E hoje, dia 3 de março, é dia de celebrar sua existência divina, completando seus 70 anos de idade. 
Mesmo atleticano, sou fã inveterado de Zico. Ele já me trouxe dissabores e tristeza com seus gols e jogadas espetaculares contra o meu Atlético nas grandes batalhas de Campeonato Brasileiro e Copa Libertadores em 80 e 81. Mas como apreciador do futebol-arte, da habilidade ímpar no futebol, dos gênios com a bola nos pés, não posso deixar de tê-lo como ídolo. 
O incrível craque carioca conquistou inúmeros títulos com o Flamengo, mas infelizmente não se tornou campeão do mundo com a genial Seleção Brasileira de 1982, uma das mais contundentes injustiças do futebol. Zico venceu sete vezes o Campeonato Carioca (1972, 1974, 1978, 1979, 1979 Especial, 1981 e 1986), três vezes o Campeonato Brasileiro (1980, 1982 e 1983), a Copa União (1987), além da Libertadores da América (1981) e do Mundial Interclubes (1981).
Zico marcou 508 gols pelo Flamengo, ainda sendo o maior artilheiro do clube, em 730 partidas disputadas pelo time do Rio de Janeiro entre 1972 e 1989. Marcou 135 gols em campeonatos brasileiros e se mantém como o maior artilheiro da história do Maracanã, com 333 gols em 435 partidas. Na carreira toda, marcou um total de 826 gols.
Zico é craque, gênio, vencedor, exemplo dentro e fora de campo. Sou seu fã! Saúde e vida longa ao Galinho de Quintino!
Um grande abraço espinosense.











3152 - Morre em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, meu caro amigo Zé Maria

Após um bom período de sossego e paz, sem péssimas notícias de perdas humanas para a nossa comunidade espinosense, eis que a sexta-feira de 3 de março amanheceu me entristecendo o coração. É que recebi o comunicado, através do Whatsapp do meu amigo-primo-irmão Carlos Magno, o Magrão, do falecimento do amigo José Maria Batista dos Santos, figura maravilhosa com quem tive o prazer de trabalhar por muitos anos na agência do Banco do Brasil de Espinosa.
Zé Maria foi craque de bola, atacante, jogando pelo Santa Cruz e outras equipes de Espinosa nos anos 60 e 70. Era irmão de um dos meus maiores ídolos no futebol espinosense, o cracaço Téo, também conhecido como o zagueiro Zé Neguim. Zé Maria era um gozador nato, alegre, brincalhão, espirituoso, sempre espalhando sorrisos. Quando trabalhávamos até tarde da noite no Banco, ele era quem nos divertia com seus "causos" e sua histórias engraçadas. Foi ele quem me deu o apelido de "Zé Oim", que por pouco não pegou. 
Zé Maria adorava ler aqueles livrinhos de bolso, especialmente de faroeste. Às vezes ele me emprestava alguns. Nunca mais vi esses livrinhos, nem sei se ainda são lançados.  
São muitas as histórias sobre meu amigo Zé Maria, mas uma das mais engraçadas é a da sua candidatura a vereador em certa época, em Espinosa. Como gentil, atencioso e prestativo guarda (vigilante) do Banco do Brasil, Zé Maria era conhecido e paparicado por todo mundo da cidade. Sei lá se incentivado e entusiasmado por alguém, ele resolveu se candidatar a vereador. Na campanha cotidiana, de posse de uma cadernetinha, passou a anotar os nomes dos eleitores que ele tinha certeza absoluta de contar com os preciosos votos, garantidos pelas pessoas mais falsas que uma nota de três reais. Após registrar uns mil votos (suposição) na caderneta, ele já se sentiu recompensado e praticamente eleito, deixando de buscar conquistar mais eleitores. Para se eleger com folga, bastavam cerca de 300 ou 400 votos (suposição), assim imaginava. Pois bem, vieram as eleições, e na apuração, Zé Maria teve pouco mais de 100 votos, uma enorme desilusão. Nunca mais Zé Maria se meteu em política partidária! 


No ano de 2017, estive em Barreiras em visita à minha cunhada Fátima Martins. Lá estando, fiz questão de ir até a cidade próxima de Luís Eduardo Magalhães (a 90 km de distância) para visitar e dar um abraço carinhoso em meu velho amigo Zé Maria e em sua esposa Dona Geralda. Momento de prazer e alegria devidamente registrado em fotografia.
À Dona Geralda e filhos, bem como aos demais familiares, externo os meus profundos sentimentos de pesar pelo falecimento de Zé e rogo ao bom Deus para que Ele lhes fortaleça neste terrível momento de sofrimento e tristeza. Que para superar esta situação doída e angustiante, tenham a bastante fé, força e resignação para aceitar os desígnios divinos, nunca se esquecendo que Zé Maria cumpriu com dignidade e decência sua missão terrena, merecendo pois o descanso eterno em plena paz.
O grande Zé Maria estará sempre comigo, dentro do meu coração. Descanse em paz, amigo!
Um grande abraço espinosense.       

3151 - Tears For Fears, presente!

Quem viveu inquietamente sua juventude nos anos 80 deve se lembrar com saudade das muitas boas bandas que nos encantavam musicalmente naqueles tempos de ingenuidade, liberdade e prazer. À época ainda sem a incrível facilidade da Internet, com as empresas de streaming da atualidade que facilitam maravilhosamente a descoberta de novos sons e artistas, descobríamos novos ídolos através dos programas de Rock e Pop no rádio, pouca coisa na TV e quase tudo nas lojas de discos de vinil, em Espinosa, na "Musical" de Júlio Figueiredo. 
O tempo passa voando e é gratificante perceber que algumas das bandas que nos fizeram curtir adoidado suas canções nos bons tempos ainda permanecem ativas. Com enorme surpresa descobri há pouco no You Tube, que uma banda que fez enorme sucesso nos anos 80 e 90, ainda está viva e na ativa com toda força. Ela é o Tears For Fears, formada pela dupla Roland Orzabal (voz, guitarra, teclados, programação, mixagem) e Curt Smith (voz, baixo, teclado, mixagem). Integraram o grupo por cerca de seis anos desde a fundação os músicos Manny Elias - bateria, percussão (1981-1986) e Ian Stanley - teclado (1981-1987).




Roland Orzabal e Curt Smith tiveram anteriormente outra banda, de ska, The Graduate - um quinteto formado por Roland, Curt, John Baker, Andy Marsden e Steve Buck. A ideia durou pouco. Então criaram em 1981, em Bath, Inglaterra, uma nova banda, que batizaram de "Tears For Fears", algo que pode ser traduzido por trocar "medos por lágrimas", ideia retirada de uma terapia com base no Grito Primal, do psicanalista americano Arthur Janov. O sucesso foi imediato. Com o álbum de estreia, "The Hurting", lançado em 7 de março de 1983, alcançaram o 1º lugar nas paradas musicais do Reino Unido e discos de ouro e platina mais adiante. Com o segundo álbum, "Songs from the Big Chair", o sucesso foi ainda maior, alcançando primeiro lugar na Billboard 200. As músicas "Shout" e "Everybody Wants to Rule the World" explodiram mundialmente, alçando a banda ao topo. Ouvi demais essas músicas! Após o lançamento do terceiro álbum, "The Seeds of Love" em 1989, os amigos e parceiros resolveram se separar em 1991, reatando a união somente em 2000. Neste hiato, Orzabal continuou com o trabalho solo mantendo o nome da banda, quando lançou dois discos: "Elemental" (1993) e "Raoul and the Kings of Spain" (1995). Depois da reconciliação, eles lançaram os álbuns "Everybody Loves a Happy Ending" (2004) e o mais recente, "The Tipping Point" (2022). 

The Tipping Point:
1) "No Small Thing" (Orzabal e Smith) - 4:42
2) "The Tipping Point" (Orzabal e Pettus) - 4:13
3) "Long, Long, Long Time" (Smith, Orzabal e Pettus) - 4:31
4) "Break the Man" (Smith e Pettus) - 3:55
5) "My Demons" (Orzabal, Skarbek e Reutter) - 3:08
6) "Rivers of Mercy" (Orzabal, Pettus e Doug Petty) - 6:08
7) "Please Be Happy" (Orzabal e Skarbek) - 3:05
8) "Master Plan" (Orzabal) - 4:37
9) "End of Night" (Orzabal) - 3:23
10) "Stay" (Smith e Pettus) - 4:36
Total: 42:25

CD Edição de luxo:
11) "Secret Location" (Smith, Skarbek, Orzabal e Jacknife Lee) - 4:04
12) "Let It All Evolve" (Smith, Orzabal e Pettus) - 4:26
13) "Shame (Cry Heaven)" (Smith, Skarbek, Pettus, Reutter e Orzabal) - 5:31

Edição Japonesa:
11) "Let It All Evolve" (Smith, Orzabal e Pettus) - 4:26
12) "Shame" (Cry Heaven) (Smith, Skarbek, Pettus, Reutter e Orzabal) - 5:31



O Tears For Fears ficou 18 anos sem lançar um álbum, mas esteve na estrada realizando apresentações em programas de TV e em turnês, inclusive pelos Estados Unidos e Canadá. No ano de 2017 fez show no Rock in Rio, no Brasil.
Os artistas têm um talento incomum para criar belas melodias que tocam a mente e o coração. Uma grande verdade: música boa não tem tempo de validade.
Abaixo uma curta apresentação deles no The Village Studios. Espero que curtam o som dos caras.
Um grande abraço espinosense.