Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

quinta-feira, 9 de junho de 2011

143 - Espinosenses pelo mundo: José Cangussu Filho, o Mestre

Reside atualmente em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, o espinosense  José Cangussu Filho, mais conhecido na cidade como "Mestre".
Campo Grande, capital do Estado do Mato Grosso do Sul
Advogado e Procurador-chefe aposentado do Ministério Público Especial do Tribunal de Contas do Mato Grosso do Sul, ele é filho de um dos nossos mais ilustres conterrâneos, o advogado e ex-prefeito José (Zeca) Cangussu, que dá nome à nossa principal avenida e ao Fórum. Zeca Cangussu era também poeta, autor do livro de poesias Relicário. Veja aqui crônica do historiador Dário Teixeira Cotrim sobre o livro.
Livro de poesias "Relicário"

Busto de José Cangussu na Praça Cel. Heitor Antunes em Espinosa

Início da Avenida Dr. José Cangussu,
com o Fórum Dr. José Cangussu à esquerda
Casado com Dona Miréia, ele é amigo de infância de "Sêo" Florival Rocha e primo de Dona Neusa de "Sêo" Antônio Rocha. Tem quatro filhos: Kiko, Eneida, Suelly e Paulinho.
José Cangussu Filho e sua esposa, Dona Miréia
 Foi fundador do Frigorífico Matel, uma das primeiras indústrias da capital, presidente do Rádio Clube, vice-presidente do Esporte Clube Comercial, proprietário da Transportadora Campo Grande e Transnóbio e por conta de todos esses serviços implantados, coleciona, como poucos, inúmeras premiações e títulos de honrarias, a exemplo do título de cidadão sul-mato-grossense. É uma das referências da moralidade e dos bons costumes no Estado do Mato Grosso do Sul. Exemplo espinosense de dignidade e honradez. Um grande abraço espinosense.

OBS: A lamentar, o falecimento de Welisson Júnior Martins Dias, o Júnior, agente penitenciário falecido aos 28 anos, após um acidente de barco e consequente afogamento na Barragem do Estreito.
À família e aos amigos enlutados os meus sinceros sentimentos de tristeza e pesar. Que consigam reunir forças para enfrentar este dolorido momento.
Welisson Júnior Martins Dias, o Júnior (Foto Ronda News)

142 - Zeca Baleiro, um genial cronista na música brasileira

O maranhense de São Luís, José Ribamar Coelho Santos, mais conhecido pelo seu nome artístico Zeca Baleiro, nasceu aos 11 de abril de 1966, filho do Seu Antônio e de Dona Socorro. O apelido veio da sua predileção por doces, balas e todo o tipo de guloseimas que carregava sempre nos bolsos, às vezes até fornecendo para os amigos. O apelido pegou e se tornou a assinatura desse excelente cantor e compositor que, mesmo depois de vários anos de carreira musical, apareceu para a mídia e ganhou projeção nacional através do show Acústico MTV de Gal Costa em 1997, quando participou cantando junto com ela a canção "À flor da pele", de sua autoria. Outros cantores também já gravaram músicas suas como Simone, Rita Ribeiro, Elba Ramalho, Luísa Possi e Renato Braz. Também teve parcerias com Fagner, Lobão, Chico César, Arnaldo Antunes, Zé Geraldo, Vander Lee, Paulinho Moska, Lenine, Zeca Pagodinho e Zé Ramalho. O seu trabalho mistura ritmos tradicionais brasileiros como samba, baião e pagode com elementos do rock, pop e música eletrônica, reinventando a música popular brasileira, com letras bastante inteligentes e bem contestadoras, entremeadas de pitadas ácidas de humor. Seu primeiro disco saiu em 1997 com o título "Por onde andará Stephen Fry?" com os sucessos "Bandeira", "Heavy metal do Senhor" e "À flor da pele". Depois vieram os álbuns Vô imbolá (1999), Líricas (2000), Pet Shop Mundo Cão (2002), Raimundo Fagner e Zeca Baleiro (2003), Baladas do asfalto e outros blues (2005), Baladas do asfalto e outros blues - Ao vivo (2006), O coração do homem-bomba - Vol. 1 (2008), O coração do homem-bomba - Vol. 2 (2008), O coração do homem-bomba - Ao vivo (Ao vivo mesmo) (2009)  e Concerto (2010), além de coletâneas, trilhas de filmes e participações em álbuns de outros artistas.
Aqui uma amostra do talento contestador e bem-humorado de Zeca Baleiro ao, genialmente, brincar com as palavras estrangeiras que invadem o nosso dia-a-dia:

Samba do approach

Venha provar meu brunch
saiba que eu tenho approach
na hora do lunch
eu ando de ferryboat
eu tenho savoir-faire
meu temperamento é light
minha casa é hi-tech
toda hora rola um insight
já fui fã do Jethro Tull
hoje me amarro no Slash
minha vida agora é cool
meu passado é que foi trash
fica ligada no link
que eu vou confessar my love
depois do décimo drink
só um bom e velho engov
eu tirei o meu green card
e fui pra Miami Beach
posso não ser pop star
mas já sou um noveau riche
eu tenho sex-appeal
saca só meu background
veloz como Damon Hill
tenaz como Fittipaldi
nao dispenso um happy end
quero jogar no dream team
de dia um macho man
e de noite uma drag queen.


Várias de suas letras comentam temas da atualidade e brincam com marcas fortes do capitalismo, como esta canção composta em parceria com Chico César.

Eu detesto Coca Light

Eu detesto George Bush desde a Guerra do Kwait
Não quero que tu te vás, mas se tu queres ir vai-te
Quero adoçar minha sina, que viver tá muito diet
Danação é cocaína, mesmo quando chamam bright
Gosto de você menina, mas detesto Coca Light
Gosto de sair à noite, de tomar um biri night
Jurubeba, tubaína, Johnny Walker, Black White
Me afogo na cangibrina, caio no tatibitáti
Tomo cinco ou seis salinas, feito fosse chocolate
Engulo até gasolina, mas detesto Coca Light
Fazem da boate igreja, da igreja fazem boate
Poem veneno na comida, cicuta no abacate
Eu cuido da minha vida, não sou boi que vai pra o abate
Podem cortar minha crina, podem partir pra o ataque
Podem me esperar na esquina, mas detesto Coca Light
Deus é o juiz do mundo, ele apita o nosso embate
Nem Carlos Eugênio Simon nem José Roberto Wright
A partida não termina, prorrogação e pênalti
A torcida feminina dá o molho ao combate
Aprendo o que a vida ensina, mas detesto Coca Light
Tolerância zero, fome zero, Coca Zero
No quartel do mundo eu sou o Recruta Zero
Quero, quero tanta coisa
E só me dão o que não quero
(A patroa agradece!...)
Alguns vídeos de Zeca Baleiro aqui: