Há muito tempo a verdadeira música sertaneja, da viola caipira e do conteúdo bem interiorano, deixou de ser veiculada em profusão nas rádios do país, dando lugar a estilos, digamos, modernos. Na realidade, a chamada música sertaneja atual, seja lá universitária ou coisa parecida, nada mais é que música romântica ou simplesmente música pop, com suas letras falando de amores e paixões e um som dominado por guitarras e muito balanço.
Mas a boa notícia é que a verdadeira música sertaneja ainda resiste bravamente pelos quatro cantos do Brasil. Uma prova disso é a Orquestra Paulistana de Viola Caipira, a OPVC, fundada em 29 de outubro de 1997 em São Paulo e que mantém viva a nossa resistente e de fundamental importância música de raiz. Por onde se apresenta, o encanto da plateia se realiza, não só com os clássicos da música caipira, como também com outras canções da MPB e da música erudita. A orquestra faz parte de uma ONG de educação musical, o Instituto São Gonçalo de Estudos Caipiras, inaugurada em 29 de setembro de 2001, com as ilustres presenças dos saudosos Inezita Barroso e Pena Branca, ícones da música caipira. Suas metas são basicamente pesquisar, difundir e divulgar a cultura caipira. Ela é um centro de referência para o estudo e ensino da viola caipira no Brasil, através do CEM - Centro de Educação Musical Tom Jobim, sempre sob a orientação do professor e maestro Rui Torneze.
A Orquestra Paulistana de Viola Caipira faz apresentações pelo país em diversas configurações, à escolha dos contratantes, nos formatos de duplas, trios, quartetos, cameratas e a orquestra completa em número de 12 a 45 integrantes. Para mais informações acesse: orquestradeviola.com.br.
Para que vocês possam conhecê-la, nada melhor que assistir aos vídeos abaixo. Espero que gostem. Eu achei muito legal mesmo, principalmente por contar com músicos de todas as idades e a substancial presença feminina.
Um grande abraço espinosense.
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