Espinosa, meu éden

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quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Centenário de Espinosa - Postagem 8

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

O Rio São Domingos já foi um dia o nosso playground, a nossa reserva ecológica, o nosso parque natural, onde podíamos brincar, tomar banho, praticar esportes e até beber a então límpida água que descia sobre as areias despoluídas e brancas trazendo frutos das ingazeiras. Ali também as mulheres lavavam as roupas e os utensílios de cozinha e, mais tarde em tempos futuros, os motoristas lavavam os seus automóveis, ônibus e caminhões.
Em um espaço mais distante no tempo, lá no início dos anos 70, a velha ponte de madeira sobre o Rio São Domingos na entrada da cidade estava deteriorada e não mais oferecia segurança para a passagem dos carros. Até que fosse construída outra, de concreto e mais larga, segura e resistente, o que aconteceu na administração do prefeito Alvacy "Preto" de Freitas, os carros e caminhões tiveram que atravessar o rio na passagem que começava no fundo do prédio do Café Espinosa de Alisson Cruz e saía na Rua Arthur Bernardes, ao lado da casa de Sêo Vavá da Caixa. Para nós, crianças, era uma farra ver os carros passando pelo rio, especialmente quando começavam as cheias. Melhor ainda era quando apareciam os caminhões, ônibus e até uma rara carreta, que em certo dia atolou e com ajuda de tratores conseguiu subir com muita dificuldade a íngreme ladeira da rua que desembocava na Resina. Era uma festa para a gente, um divertimento sensacional.




Infelizmente não tenho e nunca vi imagens desta época, mas consegui umas fotografias antigas que mostram um automóvel Ford atolado no leito do rio, com uma multidão em volta assistindo a incomum cena ou ajudando a retirá-lo da areia. O tempo parece ser da década de 60. Na fotografia pode-se ver os fundos das casas de Crispim Vieira, João Meira e Sêo Vavá, cenário mais que familiar para mim e para os meus amigos-irmãos da Rua da Resina.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

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