A situação ainda não é desesperadora, mas já começa a causar alguma preocupação na apaixonada torcida atleticana. Depois das cinco primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro de 2013, o Atlético Mineiro amarga apenas a 18ª posição na tabela de classificação, na temida zona de rebaixamento à segunda divisão do futebol brasileiro, experiência traumática vivida pelo clube no ano de 2005 e que não pretender ver repetida. Todos esperam que esta situação delicada seja momentânea, já que a equipe campeã mineira deste ano está atuando com vários desfalques, devido principalmente à cessão de três jogadores imprescindíveis ao esquema tático do técnico Cuca à Seleção Brasileira que disputará, a partir de sábado, a Copa das Confederações no Brasil. Outros jogadores fundamentais estiveram ausentes em alguns jogos devido ao desgaste físico ou a suspensões por cartões amarelos, o que influenciou demasiadamente na queda de rendimento da equipe.
O que fica claro é que uma diminuição da produção da equipe já era esperada, mas não nesta intensidade. Outra constatação é de que o clube ainda precisa se reforçar para qualificar mais ainda o elenco, já que liberou alguns reservas para outros clubes e os substitutos mostraram-se incompetentes para suprir as ausências dos titulares.
Mas, convenhamos, também não é fácil para nenhuma equipe substituir com a mesma competência jogadores de qualidade indiscutível como Ronaldinho Gaúcho, Diego Tardelli, Bernard, Réver e Jô. O que fica extremamente perceptível é que torna-se cada dia mais difícil a permanência do atacante Guilherme no elenco. O jogador, o mais caro já adquirido pelo clube, apesar de toda a sua grande qualidade técnica e tendo chances seguidas de atuar, não consegue fazer uma única partida com bom desempenho, parecendo estar completamente desmotivado, o que acaba provocando a imensa ira da torcida. A solução seria o seu empréstimo, de preferência na troca por outro jogador de qualidade, transação difícil de ser realizada devido aos seus pífios desempenhos atuais.
Um exame minucioso do momento atual da tabela de classificação do Brasileirão mostra algumas verdades e permite algumas conjecturas. O líder Coritiba, com 11 pontos, é uma das surpresas. O time do craque Alex venceu três e empatou dois nos seus cinco primeiros jogos, mas dificilmente continuará com este desempenho durante o campeonato e fatalmente cairá na tabela. É o único invicto após apenas cinco rodadas, o que mostra claramente que neste ano a disputa será bem mais equilibrada do que no ano passado, quando o Fluminense e o Atlético fizeram uma pontuação extraordinária. O Vitória, segundo colocado com 10 pontos, também não conseguirá se manter entre os primeiros até o final. Na parte de baixo da tabela, causa surpresa os desempenhos ruins do Corinthians, na 13ª posição com 5 pontos; o Santos, na 16ª posição com 5 pontos e o Atlético Mineiro, na 18ª colocação, na zona do rebaixamento, com apenas 4 pontos.
Estádio Coloso del Parque, do Newell´s Old Boys |
A pausa no calendário para a disputa da Copa das Confederações tem que ser muito bem aproveitada pelo treinador Cuca para descansar a rapaziada atleticana por uma semana, e no retorno, trabalhar duro para acertar e equilibrar o time, e preparar adequadamente a cabeça dos jogadores para a batalha monumental que será travada no Estádio Marcelo Bielsa (ou El Coloso del Parque), na cidade de Rosário, na Argentina, contra o ótimo time do Newell´s Old Boys, na semifinal da Copa Libertadores no dia 3 de julho. Com o retorno dos jogadores que estão servindo à Seleção Brasileira, Réver, Jô e Bernard, o Atlético volta a ser forte com a sua escalação completa e o que a imensa torcida alvinegra espera é que pelo menos um empate, de preferência com gols, se torne realidade para que a Arena Independência possa ser totalmente tomada para empurrar o time para a classificação inédita à final da competição sul-americana. Que assim seja!
Um grande abraço espinosense.
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