Espinosa, meu éden

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sábado, 21 de abril de 2012

404 - Zé Ramalho, a incrível voz de trovão de uma lenda da canção brasileira

Um dos meus grandes ídolos da música é o paraibano Zé Ramalho, autor de belíssimas canções que parecem não envelhecer com o rápido passar dos anos. Com uma voz exuberante, Zé é o nosso Bob Dylan, sempre contando as suas histórias em melodias surpreendentes, numa fascinante mistura de forró com rock´n´roll. Suas canções acompanharam minha juventude e continuam a embalar os meus dias atuais. Quando penso na enorme diversidade e qualidade dos cantores e compositores da minha juventude, chego a ficar com pena da garotada de hoje que tem que idolatrar artistas de baixíssima qualidade musical. Vamos então conhecer um pouco mais sobre a lenda Zé Ramalho da Paraíba. 
José Ramalho Neto, filho da professora Estelita Torres Ramalho e do seresteiro Antônio de Pádua Pordeus Ramalho, nasceu na cidade paraibana de Brejo do Cruz aos 3 de outubro de 1949. Seu pai faleceu ao se afogar em um açude da região, o que o levou a morar com seu avô, quando tinha apenas 2 anos de idade, fato que mais tarde resultaria na belíssima música "Avohai". A maior parte da sua infância foi vivida na cidade de Campina Grande. Mais tarde, sua família se mudou para João Pessoa. Foi influenciado musicalmente pelos cantadores e repentistas da região e mais tarde por ícones como Luiz Gonzaga, Roberto e Erasmo Carlos, Beatles, Rollings Stones, Pink Floyd e Bob Dylan, entre outros. Zé Ramalho lançaria o seu primeiro disco em 1975, "Paêbirú", junto com Lula Côrtes, hoje um disco raro e difícil de ser encontrado. O seu primeiro disco em carreira solo, "Zé Ramalho", veio em 1978. O segundo álbum, lançado em 1979, foi "A Peleja do Diabo com o Dono do Céu". Em 1980, muda-se pra Fortaleza. No ano seguinte lança o terceiro disco, "A Terceira Lâmina". Em 1982, é a vez de "Força Verde". Em 1983, após o lançamento do quinto álbum, "Orquídea Negra", terminou sua relação com Amelinha e se mudou para o Rio de Janeiro. Depois de gravar "Por aquelas que foram bem amadas ou para não dizer que não falei de rock", no início do ano de 1984, passou a viver com Roberta Ramalho, com quem vive até hoje.
Os anos oitenta seriam palco de uma queda no sucesso de Zé Ramalho, com o lançamento dos álbuns Pra Não Dizer Que Não Falei de Rock ou Por Aquelas Que Foram Bem Amadas (1984), De Gosto de Água e de Amigos (1985), Opus Visionário (1986) e Décimas de um Cantador (1987). Uma possível causa dessa fase ruim seria o uso de experimentalismo na música.
Em 1991, sua única irmã, Goretti, morreu. Ainda assim, gravou seu décimo primeiro álbum, Brasil Nordeste (que continha regravações de músicas típicas nordestinas) e voltou ao seus tempos de sucesso. A canção "Entre a Serpente e a Estrela" foi utilizada na trilha sonora da novela Pedra Sobre Pedra. Em 1992, teve seu quinto filho, José, (o primeiro com Roberta), fato que foi seguido pelo lançamento do álbum Frevoador. Em 1995, nasceu a segunda filha: Linda.
Em 1996, gravou o álbum ao vivo O Grande Encontro com Elba Ramalho e os famosos nomes da MPB Alceu Valença e Geraldo Azevedo. No mesmo ano, lançou o álbum Cidades e Lendas.
O sucesso de O Grande Encontro foi grande o suficiente pra que Zé Ramalho decidisse gravar uma nova versão de estúdio em 1997, desta vez sem Alceu Valença. O álbum vendeu mais de 300.000 cópias, recebendo os certificados ouro e platina.
Para celebrar seus vinte anos de carreira, lançou o CD Antologia Acústica. A gravadora Sony Music também lançou uma box set com três discos: um de raridades, um de duetos e um de sucessos. A escritora brasileira Luciane Alves lançou o livro Zé Ramalho – um Visionário do século XX.
Antes do fim do milênio, um outro sucesso Admirável Gado Novo (primeiramente lançado no álbum A Peleja do Diabo com o Dono do Céu) foi usado como abertura da novela O Rei do Gado. Ele também lançou o álbum Eu Sou Todos Nós, seguido do Nação Nordestina, sendo que nesse último a música nordestina foi novamente explorada. O álbum foi indicado para o Latin GRAMMY Award de Melhor Álbum de Música Regional ou de Origem Brasileira.
O primeiro trabalho do século XXI foi o álbum tributo Zé Ramalho Canta Raul Seixas, com regravações de canções do músico baiano. Dividiu o palco com Elba Ramalho no Rock in Rio III. Em 2002, a Som Livre lança um CD de grandes sucessos chamado Perfil, parte da séria Perfil. Também em 2002, veio o décimo sétimo álbum, O Gosto da Criação.
Em 2003, "Estação Brasil", um álbum com várias regravações de canções brasileiras e uma inédita foi lançado. Fez uma participação especial na faixa "Sinônimos" do álbum Grandes clássicos sertanejos, de Chitãozinho e Xororó.
Em 2005, gravou seu único álbum solo ao vivo, "Zé Ramalho Ao Vivo". Seu mais recente álbum de inéditas "Parceria dos Viajantes", foi lançado em 2007 e indicado para o Latin Grammy de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira.
Em 2008, um álbum de raridades chamado "Zé Ramalho da Paraíba" foi lançado pela Discoberta, seguido de um novo álbum de covers "Zé Ramalho Canta Bob Dylan - Tá Tudo Mudando", homenageando o músico americano.
Em 2009, um novo álbum de covers "Zé Ramalho Canta Luiz Gonzaga" foi lançado para homenagear o músico pernambucano.
Em 2010, continuou homenageando suas influências com o álbum "Zé Ramalho Canta Jackson do Pandeiro".
Seu trabalho mais recente é o álbum "Zé Ramalho Canta Beatles", lançado em agosto de 2011, com regravações dos "Fab Four". É o seu quarto álbum de covers em três anos.
Álbuns:
1978 - Zé Ramalho - (Epic/CBS)
1980 - A Peleja do Diabo com o Dono do Céu - (Epic/CBS)
1981 - A Terceira Lâmina - (Epic/CBS)
1982 - Força Verde - (Epic/CBS)
1983 - Orquídea Negra - (Epic/CBS)
1984 - Por Aquelas Que Foram Bem Amadas ou Pra não dizer que não falei de Rock - (Epic/CBS)
1985 - De Gosto de Água e de Amigos - (Epic/CBS)
1986 - Opus Visionário - (Epic/CBS)
1987 - Décimas de um Cantador - (Epic/CBS)
1991 - Brasil Nordeste - (Columbia/Sony Music)
1992 - Frevoador - (Columbia/Sony Music)
1996 - Cidades e Lendas - (BMG)
1996 - "Antologia Acústica" - 20 anos de carreira (BMG)
1996 - O Grande Encontro  - com Alceu Valença, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo)
1997 - O Grande Encontro 2 - com Elba Ramalho e Geraldo Azevedo)
1998 - Eu Sou Todos Nós - (BMG)
2000 - "Nação Nordestina" - (BMG)
2000 - O Grande Encontro 3 - com Elba Ramalho e Geraldo Azevedo)
2001 - "Zé Ramalho canta Raul Seixas" - (BMG)
2002 - O Gosto da Criação - (BMG)
2003 - Estação Brasil - (BMG)
2003 - Lisbela e o Prisioneiro - com Sepultura - Trilha Sonora
2005 - "Zé Ramalho ao Vivo" - (Sony/BMG)
2007 - Parceria dos Viajantes - (Sony/BMG)
2008 - Zé Ramalho Canta Bob Dylan - Tá Tudo Mudando - (EMI)
2008 - Zé Ramalho da Paraíba - (Discobertas/Coqueiro Verde)
2009 - "Zé Ramalho canta Luiz Gonzaga" - (Discobertas/Sony)
2010 - "Zé Ramalho canta Jackson do Pandeiro" - (Discobertas/Sony)
2010 - "Zé Ramalho - A Caixa de Pandora" - (Discobertas/Sony)
2010 - O Bem Amado (filme) - Trilha Sonora
2011 - "Zé Ramalho Canta Beatles" - (Discobertas/Sony)
DVDs:
2001 - Zé Ramalho Canta Raul Seixas: Ao Vivo
2005 - Zé Ramalho ao Vivo
2007 - Parceria dos Viajantes
2008 - Zé Ramalho Canta Bob Dylan - Tá Tudo Mudando
2009 - Zé Ramalho - O Herdeiro de Avohai - documentário

Fonte: wikipedia.org
Visite o site oficial: http://www.zeramalho.com.br/








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