Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

segunda-feira, 26 de julho de 2010

31 - O incomensurável valor da amizade

Qual o valor de uma amizade? Impossível calcular. Mas só tenho a certeza absoluta de que após a família, nada é mais importante para o ser humano que uma boa rede de amigos. Nesse contexto é que eu sempre digo que sou um multibilionário, pois graças a Deus tenho a felicidade de ter conquistado vários grandes amigos. Alguns deles já não considero mais amigos e sim irmãos. A amizade é um forte sentimento de estima e de solidariedade entre as pessoas e não pode ser cultivada como uma relação de troca de favores, como alguns fazem. Não se deve exigir ou esperar retribuição dos amigos pela sua demonstração de amizade. O nosso sentimento de amizade deve ser puro, verdadeiro e sem cobranças. Porém, não se deve concordar com todas as opiniões e atitudes dos seus companheiros, sendo às vezes necessário ser duro e direto nas críticas, quando você entender que elas, as suas apreciações, irão beneficiá-los. Isso pode até causar um ligeiro mal-estar, mas é a atitude correta a se tomar, acredito. Não se pode, de maneira alguma, ser falso com um amigo. Nunca.

A todos os meus amigos da Turma da Resina, do 9 de Março, do Cruzeirinho, do Banco do Brasil, de Espinosa e do mundo, um grande abraço e o desejo de que sejam felizes para sempre. Mais abaixo posto umas fotografias de alguns amigos ou irmãos de longa data. Quem não aparecer nelas, não fique zangado comigo, pois ainda tenho muitas ainda para disponibilizar aqui no blog, em futuras oportunidades. Aguarde! 

Não deixem de ler o belo texto do poetinha Vinícius de Moraes sobre a amizade (extraído do site http://www.viniciusdemoraes.com.br/) e publicado logo abaixo.
Vivam cada dia como se fosse o último, com bastante alegria e sem maldade no coração. Amém!

Amigos meus


Ah, meus amigos, não vos deixeis morrer assim... O ano que passou levou tantos de vós e agora os que restam se puseram mais tristes; deixam-se, por vezes, pensativos, os olhos perdidos em ontem, lembrando os ingratos, os ecos de sua passagem; lembrando que irão morrer também e cometer a mesma ingratidão.


Ide ver vossos clínicos, vossos analistas, vossos macumbeiros, e tomai sol, tomai vento, tomai tento, amigos meus! – porque a Velha andou solta este último Bissexto e daqui a quatro anos sobrevirá mais um no Tempo e alguns dentre vós – eu próprio, quem sabe? – de tanto pensar na Última Viagem já estarão preparando os biscoitos para ela.


Eu me havia prometido não entrar este ano em curso – quando se comemora o 19640 aniversário de um judeu que acreditava na Igualdade e na justiça – de humor macabro ou ânimo pessimista. Anda tão coriácea esta República, tão difícil a vida, tão caros os gêneros, tão barato o amor que – pombas! – não há de ser a mim que hão de chamar ave de agouro. Eu creio, malgrado tudo, na vida generosa que está por aí; creio no amor e na amizade; nas mulheres em geral e na minha em particular; nas árvores ao sol e no canto da juriti; no uísque legítimo e na eficácia da aspirina contra os resfriados comuns. Sou um crente – e por que não o ser? A fé desentope as artérias; a descrença é que dá câncer.


Pelo bem que me quereis, amigos meus, não vos deixeis morrer. Comprai vossas varas, vossos anzóis, vossos molinetes, e andai à Barra em vossos fuscas a pescar, a pescar, amigos meus! – que se for para engodar a isca da morte, eu vos perdoarei de estardes matando peixinhos que não vos fizeram mal algum. Muni-vos também de bons cajados e perlustrai montanhas, parando para observar os gordos besouros a sugar o mel das flores inocentes, que desmaiam de prazer e logo renascem mais vivas, relubrificadas pela seiva da terra. Parai diante dos Véus-de-Noiva que se despencam virginais, dos altos rios, e ride ao vos sentirdes borrifados pelas brancas águas iluminadas pelo sol da serra. Respirai fundo, três vezes o cheiro dos eucaliptos, a exsudar saúde, e depois ponde-vos a andar, para frente e para cima, até vos sentirdes levemente taquicárdicos. Tomai então uma ducha fria e almoçai boa comida roceira, bem calçada por pirão de milho. O milho era o sustentáculo das civilizações índias do Pacífico, e possuía status divino, não vos esqueçais! Não abuseis da carne de porco, nem dos ovos, nem das frituras, nem das massas. Mantende, se tiverdes mais de cinqüenta anos, uma dieta relativa durante a semana a fim de que vos possais esbaldar nos domingos com aveludadas e opulentas feijoadas e moquecas, rabadas, cozidos, peixadas à moda, vatapás e quantos. Fazei de seis em seis meses um check-up para ver como andam vossas artérias, vosso coração, vosso figado.


E amai, amigos meus! Amai em tempo integral, nunca sacrificando ao exercício de outros deveres, este, sagrado, do amor. Amai e bebei uísque. Não digo que bebais em quantidades federais, mas quatro, cinco uísques por dia nunca fizeram mal a ninguém. Amai, porque nada melhor para a saúde que um amor correspondido.


Mas sobretudo não morrais, amigos meus!


João Carlos, Zé Cobrinha, Eustáquio e Zinho.

Beto, Eustáquio e Rubens.

Eustáquio, Zé Américo, Tiãozinho, Edinei, William, Adeílson, Léo, Quinha e Maurício. 

Eustáquio e Santana.

Daílson, Eustáquio e Lelo.
Mílton, Marta, Lindacy, Quinha, Cléa e Eustáquio.

Mílton e Eustáquio.
Jésus (In memoriam), Eustáquio, Daílson e Lelo.
Mangabinha, Lelo, Beto, Eustáquio, Magrão, Mílton, Carlinhos, Tolentino e Quinha.
  

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