No dia 23 de julho de 2010, sexta-feira próxima, vão-se completar 11 anos que a minha avó materna, a quem eu e meus primos chamávamos carinhosamente de "Madrinha" Judith, desencarnou. Lembro-me com enorme saudade da saborosa comida que ela preparava para nós, principalmente do torresminho bem torradinho e do quiabo com carne, inigualáveis em sabor e gostosura. E também da rapadura e do "casadinho" (mistura de requeijão com tijolo) que surrupiávamos na sua despensa. A sua casa sempre foi um local bastante aprazível, para que a gente pudesse brincar no sótão de madeira e na mangueira que enfeitava o quintal. Mangueira que, por sinal, nos presenteava com enormes mangas rosas doces e suculentas. Nunca mais vi coisa igual.
Que lá de cima, pertinho de DEUS, Madrinha Judith Alves Tolentino continue a nos abençoar, sempre.
A minha outra avó, esta paterna, também já não está entre nós. Também a chamava de "Madrinha", afetuosamente. Madrinha Joana Antunes de Freitas era casada com o meu avô Joaquim de Freitas, que orgulhosamente nomeia o colégio na Avenida Doutor José Cangussu, onde estudei por muitos anos. Mulher de muita força e seriedade, mas com um enorme coração por detrás da sisudez. Recordo-me bem da sua eterna exigência, quando de nossa visita à sua casa, do obrigatório pedido da bênção, rigorosamente obedecido. Bons tempos aqueles em que bastava um olhar agudo dos nossos pais e avós para que, instantaneamente e sem objeções, abaixássemos a cabeça e nos rendêssemos às suas ordens.
Que do céu ela nos proteja de todos os males, amém.
A fotografia, raríssima, nos mostra o encontro das minhas queridas avós, à esquerda, Madrinha Judith, e à direita, Madrinha Joana. Saudades...
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