Espinosa, meu éden

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sábado, 11 de maio de 2024

3451 - Alto Belo, e o Brasil da Cultura, em lágrimas: morreu Téo Azevedo

O segundo sábado de maio trouxe uma má notícia para a Arte e a Cultura do Norte de Minas, do Brasil e do mundo: morreu Téo Azevedo. O poeta, escritor, músico, cantor, compositor, cordelista, locutor, produtor musical e autêntico artista popular brasileiro Teófilo de Azevedo Filho nasceu no dia 2 de julho de 1943 na comunidade de Alto Belo, município de Bocaiúva, Norte das Minas Gerais. Dedicado defensor da Arte e da autêntica Cultura sertaneja brasileira, Téo deixa um tesouro cultural de valor inestimável, com cerca de 2.500 músicas gravadas, mais vários livros e cordéis. Em sua ampla e rica obra artística destaca-se um Prêmio Grammy Latino na categoria "Melhor Álbum de Raiz" ganhado com seu álbum "Salve 100 anos Gonzagão", produzido e lançado em 2013.
Foi Mestre de Folia de Reis, fundou a Associação dos Repentistas e Poetas Populares do Norte de Minas Gerais e foi membro da Academia Brasileira de Letras. Téo também lutava bravamente pela preservação da Natureza do Sertão, do Rio São Francisco e demais cursos d´água da região tão massacrada pela seca e pelos ignorantes devastadores e poluidores do Meio Ambiente.



Com sua viola e seu talento múltiplo, conseguiu a proeza de colocar em evidência a sua pequena comunidade de Alto Belo, onde ajudou a construir um conjunto de festividades religiosas e populares que atrai gente de todo canto para festejar a nossa rica Cultura Geraizeira. 
O cantador violeiro, como assim se definia humildemente, saiu da roça para ganhar o mundo, trabalhando por anos e anos na metrópole São Paulo, desde o lançamento do seu primeiro LP, "Brasil, Terra da Gente", em 1979, levando ao país inteiro toda sua paixão pela Cultura Norte-Mineira.
À sua companheira, Lola Chaves, aos filhos e demais familiares, o nosso profundo e sincero sentimento de pesar. O poeta e cantador vai fazer falta por aqui, deixando-nos com ternos pingos de saudade, pois "só não existe saudade em quem não tem coração" ("Vaquejada de Lamento"). 
Que descanse em paz!
Um grande abraço espinosense catrumano.





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