Talvez você não saiba ou não está se lembrando, mas neste ano de 2022 teremos Copa do Mundo de Futebol da FIFA! E será um tanto diferente, já que o maior evento esportivo de seleções do planeta será realizado em período completamente atípico, desta vez no Qatar, e só no final do ano por causa do calor insuportável de lá, iniciando no dia 21 de novembro e finalizando em 18 de dezembro. A 22ª edição da Copa do Mundo será a última disputada com 32 equipes e será realizada no Oriente Médio em sete cidades-sede.
Já estão confirmadas na disputa as seguintes seleções:
Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Catar, Coreia do Sul, Croácia, Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Inglaterra, Irã, Sérvia e Suíça.
Faltam apenas 253 dias para o pontapé inicial na Copa do Mundo do Catar. E o Brasil? Como sempre acontece, com toda razão, a Seleção Brasileira é apontada como uma das maiores favoritas à conquista do título, ao lado de Alemanha, Argentina, Espanha, França, Inglaterra e até a surpreendente Bélgica. Há muito tempo que a Seleção não mais me empolga. Infelizmente, perdi todo meu entusiasmo e tesão com o escrete brasileiro. No passado já distante, eu era um torcedor apaixonado pelo time que juntava os maiores craques do país para disputar grandes competições, a maior delas a Copa do Mundo. Nos anos 80, com aqueles timaços montados pelo Mestre Telê Santana, eu comprava camisa amarela, ia pro boteco assistir aos jogos com bandeira e tudo, vibrava como louco durante as partidas e comemorava alucinado com os amigos nas carreatas pelas ruas de Espinosa após as grandes e emocionantes vitórias. Também pudera! Como não enlouquecer de alegria com o talento e as jogadas geniais de Reinaldo, Zico, Sócrates, Falcão, Toninho Cerezzo, Luizinho, Éder, Júnior, Leandro etc? Depois ainda tivemos outra geração de geniais craques como Romário, Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho e Kaká. Mas com os fracassos seguidos, os constantes escândalos na administração da CBF e as convocações de alguns jogadores que atuam no exterior pouco conhecidos no país, foi gradativamente minando o meu interesse pelo selecionado do futebol brasileiro. Enquanto antigamente a gente se alvoroçava todo para acompanhar uma simples convocação, torcendo para que algum atleta do nosso time do coração fizesse parte da lista, atualmente o cenário é o inverso. Nem me ligo mais sobre dia de convocação ou até de jogos, e agora mesmo estou indignado com a convocação do técnico Tite que chamou o lateral-esquerdo do Atlético, Guilherme Arana, para a disputa dos dois últimos jogos das Eliminatórias, contra Chile e Bolívia. Com isso, o nosso craque estará fora do time do Galo nas semifinais do Campeonato Mineiro, prejudicando sobremaneira o nosso clube.
E o Neymar? O nosso incontestavelmente melhor jogador continua causando polêmica e decepcionando muitos dos seus admiradores, eu inclusive. Dono de um talento extraordinário, uma habilidade e uma genialidade ímpar com a bola nos pés, o já trintão Neymar desperdiça a cada dia as chances de se consagrar definitivamente na história do futebol mundial. Mesmo sendo considerado como um craque diferenciado, o brasileiro ainda não conseguiu a façanha de ser reconhecido como o melhor jogador do mundo pelos seus colegas jogadores, treinadores e jornalistas. Depois de explodir ainda bem jovem no Santos, depois sobressaindo no Barcelona atuando como coadjuvante do gênio Lionel Messi e finalmente iniciando o projeto de atingir o ápice da carreira no multimilionário Paris Saint-Germain em 2017, comprado pela bagatela de 222 milhões de euros, Neymar coleciona fracassos seguidos na França, pelo menos na prestigiada Liga dos Campeões. Na última quarta-feira, dia 9 de março, amargou mais uma eliminação precoce na Champions, em derrota inacreditável para o Real Madrid por 3 x 1 no Santiago Bernabéu, de virada na segunda etapa, com destaque para o atacante francês Karim Benzema, que marcou três gols em 17 minutos. Por mais que tenha tido sucesso na carreira, ganhando títulos importantes com Santos, Barcelona e Paris Saint-Germain, o astro brasileiro ainda não conseguiu conquistas gigantes como um Campeonato Brasileiro pelo Santos, uma Copa do Mundo pela Seleção Brasileira nem outro título da Champions League como líder do PSG, muito menos o total reconhecimento por parte da imprensa, que o critica constantemente pelas suas atitudes consideradas infantis e irresponsáveis e sua conduta desregrada na vida pessoal, sempre presente em festas, baladas e confusões amorosas que influenciam negativamente no seu desempenho em campo. Com a presença de Neymar em seu elenco milionário, o time de Paris quase chegou ao título na temporada 2019/2020, mas perdeu a final para o Bayern de Munique. Nas outras quatro edições da Champions, esteve numa semifinal (2020/21), derrotado pelo Manchester City, e amargou a desclassificação três vezes nas oitavas de final (2017/18, 2018/19 e 2021/22).
Títulos no Santos:
Campeonato Paulista: 2010, 2011 e 2012
Copa do Brasil: 2010
Copa Libertadores da América: 2011
Recopa Sul-Americana: 2012
Títulos no Barcelona:
Supercopa da Espanha: 2013
La Liga: 2014–15 e 2015–16
Copa do Rei: 2014–15, 2015–16 e 2016–17
Liga dos Campeões da UEFA: 2014–15
Copa do Mundo de Clubes da FIFA: 2015
Títulos no Paris Saint-Germain:
Ligue 1: 2017–18, 2018–19 e 2019–20
Copa da França: 2017–18, 2019–20 e 2020–21
Copa da Liga Francesa: 2017–18 e 2019–20
Supercopa da França: 2018 e 2020
Na Seleção Brasileira:
Campeonato Sul-Americano Sub-20: 2011
Superclássico das Américas: 2011, 2012, 2014 e 2018
Copa das Confederações FIFA: 2013
Jogos Olímpicos: 2016
Sou admirador do futebol brilhante e genial do craque Neymar, mas me decepciono cada vez mais com sua dificuldade em amadurecer como indivíduo e em dedicar-se com afinco e foco na busca dos objetivos que outros grandes jogadores do mundo conseguiram, como títulos de enorme valor e o reconhecimento da sua genialidade confirmada em números mostrados em campo. O tempo está passando rápido e ele, agora com 30 anos recém completados, não pode mais perder oportunidades de jogar bem, fazer a diferença em campo em prol da sua equipe e conquistar títulos e prêmios com toda a sua genialidade futebolística. Torço para que ele se recupere e acorde para ainda nos dar muitas alegrias com o seu futebol mágico e envolvente, quem sabe vencendo a Copa do Mundo no Catar. Amém!
Um grande abraço espinosense.
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