Espinosa, meu éden

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terça-feira, 7 de setembro de 2021

2777 - Magníficos exemplos de determinação

O esporte nos emociona, nos motiva e nos mostra constantemente o incrível poder de superação de atletas de ambos os sexos, com suas marcas espetaculares batidas a cada competição entre os melhores do mundo. Se esses dedicados e persistentes seres humanos de corpo perfeito se doam cotidianamente nos pesados treinamentos na busca das marcas e recordes, o que dizer então dos nossos abnegados atletas com deficiências físicas e mentais? A resposta não poderia ser mais encorajadora e prazerosa, com um desempenho bastante satisfatório nas Paralimpíadas de Tóquio no Japão, recém encerradas, quando o Brasil realizou sua melhor campanha na história. Foram 22 ouros, 20 pratas, 30 bronzes e 72 medalhas conquistadas em 12 dias de disputas esportivas, entre conquistas de estreantes e veteranos já consagrados. Todos merecem o nosso respeito e completa admiração, mas alguns se destacaram especialmente. 
A estreante nadadora pernambucana Maria Carolina Santiago, aos 36 anos, fez bonito ao quebrar dois recordes paralímpicos, nos 50m livre e nos 100m peito S12, classe para deficientes visuais. Ela ganhou nada menos que três medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze.
O nadador paulista Gabriel Bandeira destacou-se na sua estreia nas Paralimpíadas de Tóquio, conquistando, além da medalha de ouro com recorde paralímpico dos 100m borboleta S14 (para pessoas com deficiência intelectual), mais duas medalhas de prata e uma de bronze.
A atleta paulista Elizabeth Gomes, de 56 anos, conquistou a medalha de ouro no lançamento do disco F53, para atletas que competem em cadeira, quebrando o próprio recorde mundial.
O nadador brasiliense Wendell Belarmino, de 23 anos, brilhou com uma medalha de ouro nos 50m livre S11, uma de prata no revezamento 4x100m livre misto e uma de bronze nos 100m borboleta S11.
O sul-mato-grossense de 29 anos, Yeltsin Jacques, ganhou a prova dos 5.000m da classe T11 e também a prova dos 1.500m T11 (para deficientes visuais) e conquistou a 100ª medalha de ouro para o Brasil na história das Paralimpíadas. 
Na sua primeira participação paralímpica, o alegre, simpático e determinado nadador de Corinto, Gabriel Geraldo Araújo de 19 anos, o Gabrielzinho, "arrebentou", conquistando dois ouros (200m livre e 50m costas S2) e uma prata (100m costas S2). Orgulho para nossa região Norte de Minas.  

 

Encerradas as Paralimpíadas de Tóquio, a China confirmou sua imensa superioridade sobre as demais nações com 96 medalhas de ouro, 60 de prata e 51 de bronze, 207 no total. Em segundo lugar ficou a Grã-Bretanha com 41 de ouro, 38 de prata e 45 de bronze, total de 124. O terceiro lugar no quadro de medalhas ficou com os Estados Unidos, que ganhou 37 medalhas de ouro, 36 de prata e 31 de bronze, totalizando 104. O nosso Brasil terminou os Jogos Olímpicos no sétimo lugar com a conquista de 22 medalhas de ouro, 20 de prata e 30 de bronze, 72 medalhas no total, igualando a posição da Rio 2016. Foi também a melhor campanha das atletas femininas, com sete ouros, sete pratas e 12 bronzes, somando 26 medalhas. No geral, os atletas brasileiros subiram ao pódio nas mais variadas modalidades: atletismo, natação, judô, paracanoagem, parataekwondo, halterofilismo, esgrima em cadeira de rodas, bocha, hipismo, futebol de 5, goalball, remo, vôlei sentado, parabadminton e tênis de mesa.
Parabéns e o nosso reconhecimento aos grandes atletas brasileiros que defenderam com vontade, bravura e competência as nossas cores nas Paralimpíadas do Japão. 
Um grande abraço espinosense.   

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