A Terra gira, o tempo passa e as coisas se transformam, assim como as pessoas, as cidades e a paisagem. Por conta da nem sempre sábia ação humana ou pela força inesgotável da nossa Mãe Natureza, o cenário do mundo vai se modificando à nossa frente, muitas vezes nem sendo percebido. Desde que me entendo por gente, tenho um amor enorme pela Natureza, especialmente pelos rios. Muitos dos maravilhosos momentos da minha já extensa existência, eu passei em instantes vividos nos rios da minha Espinosa, hoje bastante arruinados.
Nos tempos atuais, dilacera-me o coração ver o meu Rio São Domingos tão maltratado, tomado pelo mato, pela sujeira e pela poluição desregrada. Dói-me a alma ver o Rio Bom Sucesso, mais conhecido como Rio do Galheiro, serpenteando pelo seu leito em filetes de água, parecendo implorar por uma ajuda dos céus. Penaliza minha mente já cansada de guerra, perceber que o Rio Verde Pequeno já não mantém durante todo o ano os cenários belíssimos de areia branca e barulhentas corredeiras que embalaram meus sonhos e farras juvenis, meus banhos e saltos acrobáticos nos poços e alguns dos meus fortuitos encontros amorosos.
Imagino que tenha bastante gente em nossa Espinosa que desconheça o fato de que, muito tempo atrás, havia uma velha ponte de madeira que unia os estados de Minas Gerais e Bahia ali mesmo no local mais visitado e utilizado pela população para se divertir em tempos de água limpa no Rio Verde Pequeno. Após uma enchente de grandes proporções no ano de 1968, as pilastras da ponte acabaram sendo arrastadas pela força da correnteza e a construção foi completamente destruída. Não tive a felicidade de ver a tal ponte ainda intacta, mas por muito tempo vi e escalei os escombros das suas grossas colunas de pedra e cimento que restaram em meio às corredeiras do rio, nas aventuras constantes de finais de semana. Ainda tenho seus destroços gravados na minha memória. Mas, graças a velhas fotografias, algumas disponibilizadas no ótimo grupo de "Fatos e Fotos Antigas de Espinosa" criada pelo amigo Rogério Souza no Facebook, a velha ponte finalmente se apresentou inteira aos meus olhos nunca incrédulos.
Imagino que tenha bastante gente em nossa Espinosa que desconheça o fato de que, muito tempo atrás, havia uma velha ponte de madeira que unia os estados de Minas Gerais e Bahia ali mesmo no local mais visitado e utilizado pela população para se divertir em tempos de água limpa no Rio Verde Pequeno. Após uma enchente de grandes proporções no ano de 1968, as pilastras da ponte acabaram sendo arrastadas pela força da correnteza e a construção foi completamente destruída. Não tive a felicidade de ver a tal ponte ainda intacta, mas por muito tempo vi e escalei os escombros das suas grossas colunas de pedra e cimento que restaram em meio às corredeiras do rio, nas aventuras constantes de finais de semana. Ainda tenho seus destroços gravados na minha memória. Mas, graças a velhas fotografias, algumas disponibilizadas no ótimo grupo de "Fatos e Fotos Antigas de Espinosa" criada pelo amigo Rogério Souza no Facebook, a velha ponte finalmente se apresentou inteira aos meus olhos nunca incrédulos.
A ponte desapareceu no tempo, destruída pela incrível força da Natureza, mas as boas lembranças de um tempo bom permanecerão vivas e por muito tempo, se Deus assim o permitir, como cotidianamente nos anunciava Tidim no outroso belo e pomposo Cine Coronel Tolentino.
Um grande abraço espinosense.
Um grande abraço espinosense.
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