Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

2603 - É preciso viver, mas com sensatez e razão

Ninguém, em sã consciência, ou alguém com um mínimo de empatia, sensatez e clarividência, deveria negar ou minimizar os estragos e os riscos de uma pandemia mundial tão devastadora como esta do novo Coronavírus. Vivemos tempos sombrios em que 107.854.439 seres humanos foram infectados e destes, 2.370.362 perderam suas vidas até o momento no mundo inteiro. Só no Brasil, foram 9.713.909 infectados e 236.201 mortos até agora. São números assustadores, em plena era da tecnologia, em que poderíamos ter uma resposta mais eficaz e rápida para conter tamanha catástrofe e evitar tantas vidas perdidas. Por isso é imprescindível a conscientização de todos para que aceitem com discernimento as recomendações dos cientistas e médicos sérios e focados na saúde da população, tomando todos os cuidados para evitar a contaminação pelo Covid-19, lavando as mãos com frequência, evitando aglomerações e usando máscara o tempo inteiro. Isto não significa deixar de viver e conviver com familiares, colegas e amigos. Podemos sim conviver naturalmente, porém com os cuidados mínimos para que todos estejam protegidos. A verdade, nua e crua, é que nenhum de nós está completamente livre da terrível doença que assombra o mundo. A praga é invisível e não nos permite desviar do seu foco. Mas é preciso nos preservar, sem contudo deixar de viver. Mesmo que estejamos isolados e enclausurados em casa, sem contato com quase ninguém e tomando todos os mínimos cuidados, podemos ser contaminados facilmente pelo entregador da pizza, da água mineral, do remédio ou das compras no supermercado ou ainda pelo parente que veio nos visitar. O radicalismo não é e nunca será uma boa escolha. Então é preciso nos proteger, sim, mas sem deixar de viver a vida com a prudência necessária.
Toda essa explicação anterior é só para justificar o meu ato consciente de ontem à noite, ao sair de casa para me juntar aos companheiros fanáticos pelo futebol em uma animada pelada no Campo Society Izaías Mariano Mendes na AABB de Espinosa. Não consigo imaginar que alguém que esteja sentindo os sintomas do Covid-19 tenha a coragem, a irresponsabilidade e a insensatez de ir às ruas e participar de eventos quaisquer com amigos e parceiros, colocando em sério risco a vida dos outros. Então, confiando nisso, é que me animei a mais uma vez tomar emprestada a chuteira azul e branca de número 38 do meu amigo, irmão, colega, parceiro e vizinho João Carlos para matar a vontade e correr atrás da bola no gramado do campo society da AABB, mesmo lutando contra o peso da barriga um tanto aumentada nesses dias na cidade, contra a falta de preparo físico e contra o desânimo. E foi ótima a experiência, como sempre. O reencontro com os amigos e parceiros de bola em campo e, claro, logo após na resenha indispensável na mesa do bar, sempre é um momento deveras prazeroso. Os causos, as piadas, as gozações, as lembranças, as gargalhadas, as cutucadas nos adversários de ideias e clubes, tornam esses momentos gratificantes, constantemente em um ambiente de paz, harmonia e congraçamento. A esses amigos fiéis e parceiros acolhedores o meu maior agradecimento pelo carinho e consideração. E vale repetir exaustivamente. Cuidem-se! Cuidem-se dos seus entes queridos. E também dos entes queridos dos outros. Divirtam-se sim, mas com parcimônia e com as cautelas imprescindíveis para que essa doença letal não nos atinja e não nos roube a tão preciosa existência.
Um grande abraço espinosense.







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