Espinosa, meu éden

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terça-feira, 5 de janeiro de 2021

2578 - Quanto maior o sujeito, maior é a queda

Não se iludam! Às vezes os pequeninos derrubam os grandões! Os gigantes também desmoronam como um castelo de cartas no ar, mostra-nos a história. O embate entre Golias e Davi é um bom exemplo.  
Sou um apreciador das lutas de Boxe e de MMA. Hoje muito mais do MMA, com a queda de popularidade e qualidade do Boxe nos últimos tempos. Pode parecer estranho para alguns entenderem como um sujeito que se diz defensor da paz e completamente averso à violência, afirmar, categoricamente, que é favorável às violentas lutas entre seres humanos nas modalidades esportivas de combate. Explico, sem maiores contradições. Repudio e detesto a covardia. Abomino os covardes que se unem em maioria para subjugar, agredir e torturar outrem em desvantagem numérica ou fragilidade física. Também repudio os ataques masculinos às mulheres, já que a maioria dos homens têm compleições físicas mais robustas que elas. E o contrário idem, das mulheres mais vigorosas contra machos menos dotados de força e compleição física. Trocando em miúdos, não admito que duas ou mais pessoas se reúnam para agredir um só cidadão, ou que um sujeito bem mais forte se aproveite do seu tamanho e força maiores para agredir um indivíduo mais frágil. Covardia, não! Não é à toa que eu até hoje gosto (apenas na ficção, que fique bem claro!) dos antigos filmes de faroeste em que dois homens se enfrentavam com as mesmas armas e condições em uma rua poeirenta do Velho Oeste para decidir suas desavenças. Uma das cenas mais memoráveis do cinema é a do duelo triplo em um cemitério isolado, entre Clint Eastwood ("Blondie"), Lee Van Cleef ("Angel Eyes") e Eli Wallach ("Tuco"), três foras-da-lei em busca de uma fortuna desaparecida. A belíssima e instigante música do maestro Ennio Morricone torna a cena ainda mais pulsante, emocionante e linda. Esta cena, uma das mais celebradas sequências cinematográficas de todos os tempos, é o encerramento do filme "Três Homens em Conflito" (ou "The Good, the Bad and the Ugly", ou ainda "Il Buono, Il Brutto, Il Cattivo"), do lendário diretor italiano Sergio Leone.  
E por que gosto e defendo as lutas e os lutadores no seu direito de se engalfinharem em um ringue ou tablado ou octógono para mostrar quem é o mais triunfante? Porque esses confrontos seguem regras específicas, com golpes baixos não aceitos e com lutadores se enfrentando em categorias de peso semelhantes, com tempo determinado e arbitragem imparcial e presente. Não se pode puxar o cabelo, enfiar o dedo no olho nem golpear a nuca ou os genitais do oponente, por exemplo. Nas lutas de Boxe ou MMA você não verá um sujeito de 120 kg indo para a briga com um outro de apenas 60 kg. Mas peraí, é bom esclarecer o assunto. Não se vê hoje em dia, no século XXI, mas isso infelizmente acontecia tranquilamente nos primórdios das lutas marciais mistas, nos tempos do Pride e afins. Antigamente, no início desta indústria de lutas de MMA em que a grana não era assim tão volumosa, as regras eram completamente diferentes. E com a visão de hoje, inacreditáveis! Lutadores enormes, com pesos altos eram escalados para enfrentar outros lutadores de pesos bem menores e, surpreendentemente, estes às vezes ainda saíam vencedores, para espanto geral. Nem sempre a força bruta vence, a história nos mostra. Se duvida, dê uma olhada nesses combates entre Golias e Davi mostrados no vídeo abaixo e talvez se espante com a realidade dos fatos. Diz a sabedoria popular: "Quanto maior o sujeito, maior é a queda!"
Um grande abraço espinosense.      



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