Espinosa, meu éden

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quinta-feira, 15 de agosto de 2019

2238 - Woodstock, 50 anos!

Entre os dias 15 e 18 de agosto do ano de 1969, cerca de 450 mil pessoas, sobretudo jovens, deixaram entusiasmadamente seus lares e estiveram presentes, participando ativamente de uma festa emblemática da paz e do amor que entrou para a história, como um marco do comportamento humano, bem como da música. O Festival de Woodstock tornou-se um apoteótico momento de manifestação do movimento hippie que se espalhou pelo mundo, com seus protestos pacíficos contra a Guerra do Vietnã, contra a violência, contra o racismo e contra a repressão.



O fazendeiro Max Yasgur e sua esposa Miriam

Em um ambiente de liberdade total e confraternização ampla, jovens e adultos se deliciaram com os muitos shows antológicos, regados com muita droga, com muito sexo e com muito amor, mesmo em meio às fortes chuvas que desabaram sobre a região de Catskills, nas dependências de uma fazenda na cidade de Bethel, local escolhido para a realização do festival. Nem tudo foi perfeito, entretanto. Imaginado como um show para cerca de 200 mil pessoas, foram vendidos 186 mil ingressos antecipados ao preço de U$ 18. Mas apareceu tanta gente, mais que o dobro de pessoas, que a situação ficou insustentável para a cobrança do acesso e o restante da turma acabou não pagando ingresso. Faltaram comida, água, banheiro e atendimento médico e muita gente não conseguiu ouvir o som dos músicos em suas apresentações. Até mortes ocorreram, exatamente duas, uma por overdose de drogas e outra pelo atropelamento por um trator de um rapaz que dormia em seu saco de dormir, no gramado. 




Os jovens produtores daquela louca fantasia, todos com idades próximas dos 20 anos, John Roberts, Joel Rosenman, Michael Lang e Artie Kornfeld, conseguiram a façanha de reunir no palco de Woodstock nomes consagrados do Rock and Roll como Creedence Clearwater Revival, The Who, Santana, Joan Baez, Joe Cocker, The Greateful Dead, Jefferson Airplane, Crosby, Stills, Nash e Young, Janis Joplin e Jimi Hendrix. A imagem de Jimi Hendrix realizando uma performance espetacular do hino nacional americano, "The Star-Spangled Banner", imortalizou o lendário evento que invadiu pacificamente o terreno do fazendeiro Max Yasgur para que milhares vivenciassem apenas três dias de música e paz.




Coisa igual jamais se repetiu na música, com tamanha atmosfera de congraçamento, paz e amor entre tanta gente. Tudo isso está completando 50 anos. E essa icônica festa da harmonia pode ser vista no documentário oficial dirigido por Michael Wadleigh, "Woodstock, Onde Tudo Começou", que foi premiado com um Oscar em 1971.
Nesses tempos sombrios em que vivemos, de fascismo à espreita, seria uma utopia termos de volta um espetáculo de paz, amor e harmonia tão visceral como o Festival Woodstock. Parece que nunca precisamos tanto de uma demonstração de convivência pacífica tão linda quanto aquela.
Um grande abraço espinosense.

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