Para que possamos entender, através dos dados coletados, como anda o nosso país em matéria de desenvolvimento humano, nada como visualizar e refletir sobre os números divulgados pelo Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil.
Em Espinosa, por exemplo, temos muito o que melhorar em todas as dimensões avaliadas, já que estamos em uma posição incômoda no ranking, mas um exame apurado e imparcial dos dados disponibilizados, mostra-nos claramente o quanto devemos nos alegrar pela indubitável melhoria dos índices de condição de vida da nossa população nos últimos anos.
Vejamos alguns desses dados referentes à nossa Espinosa:
A esperança de vida ao nascer que era de 64 anos em 1991 passou para 73,3 anos em 2010;
A renda per capita (em R$) que era de 149,11 em 1991 passou para 299,13 em 2010;
A taxa de mortalidade infantil (óbitos por mil nascidos) que era de 41,8 em 1991 caiu para 18,2 em 2010;
A porcentagem de extremamente pobres que era de 37,44 em 1991 caiu para 12,73 em 2010;
A porcentagem de pobres que era de 71,89 em 1991 caiu para 29,03 em 2010;
A porcentagem da população em domicílios com água encanada que era de 41,61 em 1991 passou para 80,00 em 2010;
A porcentagem da população em domicílios com energia elétrica que era de 56,43 em 1991 passou para 97,05 em 2010;
A porcentagem da população em domicílios com coleta de lixo que era de 28,92 em 1991 passou para 85,45 em 2010;
A taxa de fecundidade total que era de 3,8 em 1991 caiu para 1,8 em 2010.
Mesmo que muitos não percebam, demos um salto enorme na melhoria das condições de vida da nossa humilde gente, o que deve ser bastante comemorado. No entanto, há que se continuar lutando bravamente para que esses ganhos de melhoria da qualidade de vida da população espinosense não se escoem pelo ralo e que avanços mais significativos ocorram a partir de agora.
Um grande abraço espinosense.
Esclarecimentos quanto ao Atlas retiradas do site http://atlasbrasil.org.br:
"O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil engloba o Atlas do Desenvolvimento Humano nos Municípios e o Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas. O Atlas é, uma plataforma de consulta ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de 5.565 municípios brasileiros, 27 Unidades da Federação (UF), 20 Regiões Metropolitanas (RM) e suas respectivas Unidades de Desenvolvimento Humano (UDH). O Atlas traz, além do IDHM, mais de 200 indicadores de demografia, educação, renda, trabalho, habitação e vulnerabilidade, com dados extraídos dos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010.
Concebido como uma ferramenta simples e amigável de disponibilização de informações, o Atlas Brasil facilita o manuseio de dados e estimula análises. A ferramenta oferece um panorama do desenvolvimento humano e da desigualdade interna dos municípios, estados e regiões metropolitanas. A relevância do Atlas do Desenvolvimento Humano nos Municípios vem justamente da capacidade de fornecer informações sobre a unidade político-administrativa mais próxima do cotidiano dos cidadãos: o município. Por sua vez, o Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas permite conhecer as desigualdades a nível intramunicipal, entre “bairros” de uma mesma região metropolitana.
Os municípios e as regiões metropolitanas brasileiras são peças importantes de um complexo mosaico, com inúmeros desafios, mas também enormes oportunidades. São mais de 5 mil territórios férteis em criatividade e experiências na busca por soluções inovadoras para o desenvolvimento local. Ao proporcionar um olhar mais próximo sobre os municípios, estados e regiões metropolitanas brasileiras, o Atlas Brasil orienta caminhos e provoca reflexões sobre os rumos do desenvolvimento humano no país.
O objetivo do Atlas Brasil é instrumentalizar a sociedade. A democratização de informações no âmbito municipal e metropolitano contribui para o fortalecimento das capacidades locais, o aprimoramento da gestão pública e o empoderamento dos cidadãos brasileiros por meio da ampliação do conhecimento sobre a sua realidade.
O Atlas colabora na consolidação de um diálogo informado e embasado sobre desenvolvimento a partir de uma referência utilizada internacionalmente - o Índice de Desenvolvimento Humano. É um instrumento de estímulo ao uso de dados socioeconômicos para a análise da nossa sociedade.
O Atlas confere transparência aos processos de desenvolvimento em importantes temas sociais. O retrato fornecido pela ferramenta ajuda no acompanhamento dos caminhos trilhados pelo país nos últimos 20 anos e ainda permite realizar análises para melhor traçar o futuro.
Desenvolvimento humano é o processo de ampliação das liberdades das pessoas, com relação às suas capacidades e as oportunidades a seu dispor, para que elas possam escolher a vida que desejam ter.
O processo de expansão das liberdades inclui as dinâmicas sociais, econômicas, políticas e ambientais necessárias para garantir uma variedade de oportunidades para as pessoas, bem como o ambiente propício para que cada uma exerça, na plenitude, seu potencial.
Assim, o desenvolvimento humano deve ser centrado nas pessoas e na ampliação do seu bem-estar, entendido não como o acúmulo de riqueza e o aumento da renda, mas como a ampliação do escopo das escolhas e da capacidade e da liberdade de escolher. Nesta abordagem, a renda e a riqueza não são fins em si mesmas, mas meios para que as pessoas possam viver a vida que desejam.
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA
Fundação João Pinheiro - FJP"
Vamos a alguns dados disponibilizados pelo Atlas.
Minas Gerais:
IDHM 2010 - 0,731 (Em 1991: 0,478 - Em 2000: 0,624)
Faixa do IDHM - Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799)
População (Censo 2010) - 19.597.330 habitantes.
Área - 586519,73 km²
Densidade demográfica - 33,41 hab/km²
Confira mais dados sobre o estado de Minas Gerais AQUI NESTE LINK.
Agora vamos acompanhar alguns dados da nossa Espinosa:
Caracterização do território:
Área: 1.884,23 km²
IDHM 2010: 0,627 (0,350 em 1991 e 0,493 em 2000)
Faixa do IDHM: Médio (IDHM entre 0,600 e 0,699)
População (Censo 2010): 31.113 habitantes
Densidade demográfica: 16,51 hab/km²
Ano de instalação: 1923
Microrregião: Janaúba
Mesorregião: Norte de Minas
Componentes: O Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) - Espinosa é 0,627, em 2010, o que situa esse município na faixa de Desenvolvimento Humano Médio (IDHM entre 0,600 e 0,699). A dimensão que mais contribui para o IDHM do município é Longevidade, com índice de 0,804, seguida de Renda, com índice de 0,582, e de Educação, com índice de 0,526.
IDHM e componentes | 1991 | 2000 | 2010 |
IDHM Educação
| 0,140 | 0,324 | 0,526 |
% de 18 anos ou mais com fundamental completo
| 12,69 | 19,36 | 35,82 |
% de 5 a 6 anos na escola
| 23,22 | 62,48 | 85,01 |
% de 11 a 13 anos nos anos finais do fundamental REGULAR SERIADO ou com fundamental completo
| 18,69 | 63,21 | 85,70 |
% de 15 a 17 anos com fundamental completo
| 9,47 | 27,26 | 55,61 |
% de 18 a 20 anos com médio completo
| 7,27 | 14,38 | 28,38 |
IDHM Longevidade
| 0,649 | 0,698 | 0,804 |
Esperança de vida ao nascer
| 63,95 | 66,87 | 73,26 |
IDHM Renda
| 0,470 | 0,530 | 0,582 |
Renda per capita (em R$)
| 149,11 | 215,89 | 299,13 |
População | População (1991) | % do Total (1991) | População (2000) | % do Total (2000) | População (2010) | % do Total (2010) |
População total
| 30.606 | 100,00 | 30.978 | 100,00 | 31.113 | 100,00 |
População residente masculina
| 15.156 | 49,52 | 15.321 | 49,46 | 15.291 | 49,15 |
População residente feminina
| 15.450 | 50,48 | 15.657 | 50,54 | 15.822 | 50,85 |
População urbana
| 14.895 | 48,67 | 16.811 | 54,27 | 18.023 | 57,93 |
População rural
| 15.711 | 51,33 | 14.167 | 45,73 | 13.090 | 42,07 |
Estrutura Etária | População (1991) | % do Total (1991) | População (2000) | % do Total (2000) | População (2010) | % do Total (2010) |
Menos de 15 anos
| 12.937 | 42,27 | 10.524 | 33,97 | 7.698 | 24,74 |
15 a 64 anos
| 16.127 | 52,69 | 18.502 | 59,73 | 20.697 | 66,52 |
População de 65 anos ou mais
| 1.542 | 5,04 | 1.952 | 6,30 | 2.718 | 8,74 |
Razão de dependência
| 89,78 | - | 67,43 | - | 50,20 | - |
Taxa de envelhecimento
| 5,04 | - | 6,30 | - | 8,74 | - |
1991 | 2000 | 2010 | |
Esperança de vida ao nascer
| 64,0 | 66,9 | 73,3 |
Mortalidade infantil
| 41,8 | 39,0 | 18,2 |
Mortalidade até 5 anos de idade
| 54,7 | 42,6 | 21,1 |
Taxa de fecundidade total
| 3,8 | 2,8 | 1,8 |
1991 | 2000 | 2010 | |
Renda per capita (em R$)
| 149,11 | 215,89 | 299,13 |
% de extremamente pobres
| 37,44 | 30,23 | 12,73 |
% de pobres
| 71,89 | 56,90 | 29,03 |
Índice de Gini
| 0,52 | 0,58 | 0,45 |
1991 | 2000 | 2010 | |
% da população em domicílios com água encanada
| 41,61 | 56,52 | 80,00 |
% da população em domicílios com energia elétrica
| 56,43 | 84,80 | 97,05 |
% da população em domicílios com coleta de lixo
| 28,92 | 60,52 | 85,45 |
O resultado de algumas conhecidas cidades de Minas Gerais:
Posição | Lugares |
IDHM
|
IDHM
Renda |
IDHM Longevidade
|
IDHM Educação
|
---|---|---|---|---|---|
1 º | Nova Lima (MG) | 0.813 | 0.864 | 0.885 | 0.704 |
2 º | Belo Horizonte (MG) | 0.810 | 0.841 | 0.856 | 0.737 |
3 º | Uberlândia (MG) | 0.789 | 0.776 | 0.885 | 0.716 |
17 º | Montes Claros (MG) | 0.770 | 0.707 | 0.868 | 0.744 |
78 º | Pirapora (MG) | 0.731 | 0.693 | 0.828 | 0.680 |
96 º | Governador Valadares (MG) | 0.727 | 0.714 | 0.834 | 0.644 |
143 º | Diamantina (MG) | 0.716 | 0.693 | 0.839 | 0.632 |
218 º | Teófilo Otoni (MG) | 0.701 | 0.698 | 0.824 | 0.598 |
Os 10 primeiros colocados do ranking do IDH no Brasil:
Os 10 piores municípios brasileiros em IDH:
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