O treinador Levir Culpi, atualmente no Atlético Mineiro, não se cansa de elogiar a educação do povo japonês, já que trabalhou lá por um bom tempo como técnico do Cerezo Osaka. Como ele mesmo disse em uma entrevista na televisão ano passado, lá no Japão as palavras mais ditas são "Sumimasen" (com licença), "Arigato Gozaimasu" (muito obrigado) e "Gomennasai" (desculpe-me)". Por aqui, especialmente no ambiente futebolístico, só se ouve "porra", "foda" e "caralho". Triste verdade!
Por aí se tem uma ideia de como são diferentes as culturas e o estágio educacional dos dois países. Temos ainda um longo caminho até que a educação no Brasil chegue a este nível e produza pessoas mais gentis, menos individualistas e mais centradas na defesa da coletividade.
E um vídeo recentemente publicado na Internet, dos jornalistas Irene Herrera e Naotomo Umewaka, mostra-nos claramente como as diferenças são gritantes entre o Japão e o Brasil no que se refere ao sistema educacional. Nele são mostradas cenas de crianças de um educandário japonês, a Azabu Elementary School, em Tóquio, limpando as próprias salas, cerca de 20 minutos antes do início das aulas. E não para por aí. Eles varrem os corredores, limpam os vidros das janelas, higienizam as carteiras. Eles ajudam na distribuição do lanche, servindo aos colegas. E depois lavam a louça suja e colocam o lixo nos lugares devidos.
Tudo isso, na cultura japonesa, é apenas uma preparação para o futuro. Eles aprendem na escola como se portar no trato com os colegas e professores e como deverão agir para se tornarem verdadeiros cidadãos, resultando em uma sociedade harmônica e pacífica, com todos tendo a consciência dos seus direitos e deveres para com o país e para com a comunidade em que vivem. Que belo exemplo, não? O que estamos esperando? Por que não copiamos a ideia e a colocamos em prática por aqui o mais rápido possível?
Um grande abraço espinosense.
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