O Carnaval está chegando e é hora de esquecer um pouco as responsabilidades diárias do trabalho e do estudo e se divertir descontraidamente nesses dias de muita folia. Já gostei muito dessas festas carnavalescas em meu tempo de juventude. Eram tempos mais tranquilos e ingênuos. Havia quase nenhuma violência, a AIDS nem sequer existia e a droga mais pesada era o famoso Cheirinho da Loló. Mas nem isso usávamos. A nossa droga era a alegria, o entusiasmo juvenil e uma boa cerveja gelada.
Hoje em dia, já não me entusiasmo com o Carnaval, talvez pelo formato musical e econômico que atualmente vigora. Mas não deixo de incentivar a participação e a curtição de todos nesta festa de extrema alegria e liberdade, principalmente os jovens. Portanto, rapaziada, pulem, dancem, cantem, sorriam, bebam, abracem, beijem, amem (sem esquecer a camisinha) com todo o contentamento. Aproveitem cada momento dessa nossa vida rica, bela e curta, pois o tempo não para e não volta atrás. Mas sempre em completa harmonia, tolerância e paz.
E, pelo amor de Deus, com responsabilidade com as suas próprias vidas. Muito cuidado com a associação álcool e volante. Bebam, divirtam-se madrugada adentro, mas não se deixem entusiasmar tanto e sair por aí dirigindo em alta velocidade, colocando em risco as suas vidas e a vida dos outros. Lembrem-se que ano que vem terá Carnaval de novo e queremos vê-los mais uma vez cheios de saúde, alegria e satisfação.
A vida é muito frágil. É como um sopro, de tão frágil. Então, meus jovens amigos, cuidem para que vocês se mantenham vivos e saudáveis e não façam sofrer os seus pais, familiares e amigos. Portanto, meus caros, muita festa e alegria, desde que com muita lucidez e juízo. Queremos vocês vivos e com muita saúde! Cuidem-se, por favor!
Para tentar ajudá-los a repensar bem suas atitudes neste Carnaval, nada como umas boas dicas sobre os efeitos do álcool sobre o nosso organismo e algumas tristes estatísticas sobre acidentes de trânsito no Brasil.
O que o motorista deve saber:
· O álcool compromete a reação do condutor diante de um obstáculo;
· Por ser uma droga depressora do sistema nervoso central, o uso do álcool pode causar sono;
· O campo visual, em especial a visão lateral do condutor, fica reduzida sob efeito do álcool;
· Ao desinibir o motorista, o álcool perturba a avaliação de perigo e favorece a aceitação de riscos;
· No Brasil, para dirigir, a alcoolemia deve ser de zero grama por litro de sangue, segundo as normas atualmente em vigor;
· Nunca dirigir sob efeito do álcool;
· Nunca aceitar carona se o condutor tiver ingerido bebida alcoólica;
· O pedestre alcoolizado é também um fator de insegurança para o trânsito, podendo provocar acidentes incluindo seu próprio atropelamento;
· A pessoa que inicia uma medicação não deve dirigir até que ocorra adequada adaptação.
Exemplos de situações de acidente que envolvem o álcool:
· Não detecção de um obstáculo que ocorra lateralmente (campo visual reduzido);
· Percepção errada das distâncias (visão estereoscópica alterada);
· Frenagem tardia (tempo de reação alongado);
· Saída de pista (falta de resistência ao cansaço);
· Erro de condução (coordenação dos movimentos perturbada);
· Crescimento da possibilidade de correr risco (desinibição).
Os gráficos abaixo mostram a evolução do número de óbitos registrados pelo Ministério da Saúde de 2003 a 2013, no Brasil e em Minas Gerais.
Maiores causas dos acidentes:
Sub-avaliação da probabilidade de acidente: A exposição desnecessária ao risco é uma tendência freqüente, especialmente no caso dos condutores masculinos e também dos pedestres, ainda mais quando jovens: autoconfiança nos próprios reflexos, procura de sensações fortes, menor percepção do perigo;
Consumo de álcool: Efeitos negativos: euforia, com sensação de potência e superestimação das próprias capacidades, diminuição dos reflexos, estreitamento do campo visual, alteração da capacidade de avaliação das distâncias e das larguras, maior sensibilidade ao deslumbramento;
Consumo de droga: Efeitos similares;
Excesso de velocidade: A velocidade incide sobre a freqüência e a gravidade dos acidentes. É fato comprovado que qualquer aumento da velocidade autorizada aumenta estes dois parâmetros. Por exemplo, no caso dos atropelamentos, os maiores causadores de vitimas fatais, a velocidade tem um papel determinante. Dela dependem os tempos de reação do motorista e do pedestre e, obviamente, a violência do choque. Se o tempo de reação do motorista for insuficiente para parar o carro e o tempo de reação do pedestre for insuficiente para chegar ao outro lado da rodovia, o acidente é quase inevitável. Qualquer travessia de zona urbana ou em curso de urbanização exige uma redução drástica da velocidade, salvo se houverem passarelas permitindo a travessia;
Desrespeito à distância entre veículos: É um erro extremamente frequente e grave, presente na maioria das colisões traseiras, o tipo de acidente mais freqüente na rede federal: 25% dos acidentes, 14% dos acidentes com feridos, 7% dos acidentes com mortos. Ficando próximo demais do veículo que lhe precede, o motorista reduz o próprio tempo de reação, renunciando a qualquer possibilidade de evitar o acidente em caso de freada do veículo que vai à frente dele;
Ultrapassagem indevida: A colisão frontal fica em segundo lugar na classificação dos tipos de acidentes com vítimas fatais e o abalroamento lateral de sentido oposto, que tem as mesmas causas, fica em quarto lugar. Juntos, eles são responsáveis por 23% dos acidentes com vítimas fatais.
Fonte: vias-seguras.com
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