Espinosa, meu éden

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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

1066 - Dados do IDH - Índice de Desenvolvimento Humano

Números nem sempre mostram a realidade das coisas. Mas em determinadas situações eles são importantes para mensurar mudanças estruturais no desenvolvimento de um país. Assim merecem atenção os dados do Índice de Desenvolvimento Humano do PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. 
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) é a rede de desenvolvimento global da Organização das Nações Unidas. O PNUD faz parcerias com pessoas em todas as instâncias da sociedade para ajudar na construção de nações que possam resistir a crises, sustentando e conduzindo um crescimento capaz de melhorar a qualidade de vida para todos. Presente em mais de 170 países e territórios, o PNUD oferece uma perspectiva global aliada à visão local do desenvolvimento humano para contribuir com o empoderamento de vidas e com a construção de nações mais fortes e resilientes.
Em 2000, os líderes mundiais assumiram o compromisso de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, um conjunto de oito metas cujo objetivo é tornar o mundo um lugar mais justo, solidário e melhor para se viver, incluindo o objetivo maior de reduzir a pobreza extrema pela metade até 2015. O PNUD trabalha mundialmente para ajudar e coordenar os esforços de cada país no alcance desses objetivos, focando-se nos seguintes desafios:
  • Governança Democrática
  • Redução da Pobreza
  • Prevenção de Crises e Recuperação
  • Energia e Meio Ambiente/Desenvolvimento Sustentável
  • HIV/Aids
Em 1990, o PNUD introduziu universalmente o conceito de Desenvolvimento Humano, que parte do pressuposto de que para aferir o avanço na qualidade de vida de uma população é preciso ir além do viés puramente econômico e considerar três dimensões básicas: renda, saúde e educação. Esse conceito é a base do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH), publicado anualmente pelo PNUD.
O conceito de desenvolvimento humano nasceu definido como um processo de ampliação das escolhas das pessoas para que elas tenham capacidades e oportunidades para serem aquilo que desejam ser.
Diferentemente da perspectiva do crescimento econômico, que vê o bem-estar de uma sociedade apenas pelos recursos ou pela renda que ela pode gerar, a abordagem de desenvolvimento humano procura olhar diretamente para as pessoas, suas oportunidades e capacidades. A renda é importante, mas como um dos meios do desenvolvimento e não como seu fim. É uma mudança de perspectiva: com o desenvolvimento humano, o foco é transferido do crescimento econômico, ou da renda, para o ser humano.
O objetivo da criação do Índice de Desenvolvimento Humano foi o de oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. Criado por Mahbub ul Haq com a colaboração do economista indiano Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998, o IDH pretende ser uma medida geral, sintética, do desenvolvimento humano. Apesar de ampliar a perspectiva sobre o desenvolvimento humano, o IDH não abrange todos os aspectos de desenvolvimento e não é uma representação da "felicidade" das pessoas, nem indica "o melhor lugar no mundo para se viver". Democracia, participação, equidade, sustentabilidade são outros dos muitos aspectos do desenvolvimento humano que não são contemplados no IDH. O IDH tem o grande mérito de sintetizar a compreensão do tema e ampliar e fomentar o debate.
Fonte: pnud.org.br


Entre os 5.565 municípios brasileiros, os piores colocados no IDH são:
Ano de 1991                                                Ano de 2010
Caraúbas do Piauí (PI) - 0,120                    Melgaço (PA) - 0,418
Capitão Gervásio Oliveira (PI) - 0,121       Fernando Falcão (MA) - 0,443    
Feira Nova do Maranhão (MA) - 0,123     Atalaia do Norte (AM) - 0,450
Joca Marques (PI) - 0,125                          Marajá do Sena (MA) - 0,452                      
Juazeiro do Piauí (PI) - 0,127                     Uiramutã (RR) - 0,453

Os melhores no IDH são:
Ano de 1991                                                Ano de 2010
São Caetano do Sul (SP) - 0,697                 São Caetano do Sul (SP) - 0,862
Santos (SP) - 0,689                                      Águas de São Pedro (SP) - 0,854
Florianópolis (SC) - 0,681                           Florianópolis (SC) - 0,847
Niterói (RJ) - 0,681                                     Balneário Camboriú (SC) - 0,845
Porto Alegre (RS) - 0,660                           Vitória (ES) - 0,845


Vejam as posições de algumas cidades da nossa região:
Cidade
Em 1991
IDH
Em 2010
IDH
Montes Claros
590
0,514
227
0,770
Janaúba
1978
0,429
2028
0,696
Vitória da Conquista
2323
0,409
2481
0,678
Guanambi
2252
0,413
2598
0,673
Mato Verde
3260
0,351
2846
0,662
Monte Azul
3217
0,354
2924
0,659
Porteirinha
3895
0,314
3090
0,651
Gameleiras
4272
0,293
3115
0,650
Nova Porteirinha
3653
0,327
3275
0,641
Espinosa
3277
0,350
3534
0,627
Mamonas
5078
0,241
3735
0,618
Sebastião Laranjeiras
3430
0,340
3796
0,615
Pindaí
3766
0,321
4081
0,603
Urandi
3619
0,329
4198
0,598
Jacaraci
4161
0,299
4309
0,593

Percebam a melhoria na pontuação das cidades, Espinosa em especial.

Evolução do IDH no mundo:
Posição
Países
1980
1990
2000
2005
2007
2010
2011
2012
Noruega
0,804
0,852
0,922
0,948
0,952
0,952
0,953
0,955
Austrália
0,857
0,880
0,914
0,927
0,931
0,935
0,936
0,938
Estados Unidos
0,843
0,878
0,907
0,923
0,929
0,934
0,936
0,937
Holanda
0,799
0,842
0,891
0,899
0,911
0,919
0,921
0,921
Alemanha
0,738
0,803
0,870
0,901
0,907
0,916
0,919
0,920
85º
Brasil
0,522
0,590
0,669
0,699
0,710
0,726
0,728
0,730

Percebam o quanto ainda temos que melhorar em relação aos países desenvolvidos, sempre lembrando que somos um país jovem em comparação com os nossos irmãos europeus.
Para maiores informações, acesse http://www.pnud.org.br/arquivos/idhm-brasileiro-atlas-2013.pdf.
Um grande abraço espinosense.

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