Espinosa, meu éden

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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

505 - "Colegas", um filme para desmistificar a Síndrome de Down

"Colegas" é um filme que aborda de forma inocente e poética coisas simples da vida através dos olhos de três jovens com Síndrome de Down. São eles: Stalone (Ariel Goldenberg), Aninha (Rita Pokk) e Márcio (Breno Viola), colegas que se comunicam basicamente através de frases célebres de cinema, resultado dos anos em que trabalharam na videoteca do Instituto Madre Tereza, local onde vivem.
Um dia, inspirados pelo filme "Thelma e Louise", resolvem fugir no velho carro do jardineiro (Lima Duarte) em busca de seus sonhos: Stalone quer ver o mar, Márcio quer voar e Aninha busca um marido pra se casar. Nessa viagem, enquanto experimentam o sabor da liberdade, envolvem-se em inúmeras confusões e aventuras como se a vida não passasse de uma eterna brincadeira.
A estreia do filme "Colegas" está confirmada para o dia 9 de novembro deste ano. Para que o filme esteja no maior número possível de salas de cinema, a produção criou uma campanha de “Crowdfunding”. Trata-se de uma plataforma de financiamento coletivo onde é possível fazer investimentos financeiros (a partir de R$ 20,00) para que os projetos ganhem vida. Se você quiser ajudar é só acessar o site www.catarse.me/colegas e contribuir com o projeto.
O filme foi o vencedor do Prêmio Kikito de Melhor Filme da 40ª edição do Festival de Gramado, além do Kikito de Melhor Direção de Arte e outros três prêmios especiais concedidos pelo júri a Ariel, Rita e Breno.
Com direção de Marcelo Galvão, a produção tem a narração do ator Lima Duarte e participações de Marco Luque e Juliana Didone.
Fonte: blogcolegasofilme.com

A produção estrelada por portadores da Síndrome de Down vem contribuir para acabar com o preconceito que ainda insiste em prevalecer entre a população brasileira, que acredita ser essa alteração genética uma doença, o que não é verdade. A atuação dos atores no filme vem mostrar a todos que, apesar das dificuldades oriundas desta disfunção cromossômica, eles conseguem perfeitamente se destacar em qualquer área do trabalho e do conhecimento. Entendam um pouco sobre ela: 

A síndrome de Down (SD) é uma alteração genética produzida pela presença de um cromossomo a mais, o par 21, por isso também conhecida como trissomia 21. A SD foi descrita em 1866 por John Langdon Down. Esta alteração genética afeta o desenvolvimento do indivíduo, determinando algumas características físicas e cognitivas. A maioria das pessoas com SD apresenta a denominada trissomia 21 simples, isto significa que um cromossomo extra está presente em todas as células do organismo, devido a um erro na separação dos cromossomos 21 em uma das células dos pais. Este fenômeno é conhecido como disfunção cromossômica. Existem outras formas de SD como, por exemplo: mosaico, quando a trissomia está presente somente em algumas células; e por translocação, quando o cromossomo 21 está unido a outro cromossomo. 
O diagnóstico da SD se realiza mediante o estudo cromossômico (cariótipo), através do qual se detecta a presença de um cromossomo 21 a mais. Este tipo de análise foi utilizado pela primeira vez em 1958 por Jerome Lejeune. Não se conhece com precisão os mecanismos da disfunção que causa a SD, mas está demonstrado cientificamente que acontece igualmente em qualquer raça, sem nenhuma relação com o nível cultural, social, ambiental, econômico, etc. Embora as alterações cromossômicas da SD sejam comuns a todas as pessoas, nem todas apresentam as mesmas características, nem os mesmos traços físicos, tampouco as malformações. A única característica comum a todas as pessoas é o déficit intelectual. 
Cerca de 50% das crianças com SD apresentam problemas cardíacos, algumas vezes graves, necessitando de cirurgia nos primeiros anos de vida. Queremos destacar que a SD não é uma doença e sim uma alteração genética, que pode gerar problemas médicos associados. Devemos olhar as pessoas com SD em sua singularidade, para que possa ter um pleno desenvolvimento enquanto sujeito.
Fonte: fsdown.org.br

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