Recebi, com muito prazer, uma mensagem do internauta espinosense Warley Gonçalves, com a sugestão de publicar uma postagem a respeito da reportagem do jornalista Paulo Henrique Lobato, publicada no dia 26 de julho, no Jornal Estado de Minas. A matéria trata da liderança da cidade de Espinosa no ranking de expansão de vagas de trabalho com carteira assinada no estado de Minas Gerais, no período de junho de 2010 a junho de 2011. Meu agradecimento ao Warley pela dica. Eu ainda não tinha visto a reportagem.
Como é gratificante ver o nome da cidade de Espinosa associado a uma boa notícia de desenvolvimento econômico e de aumento de emprego e renda da população. Isso só vem demonstrar o ótimo trabalho realizado por jovens empresários, com ampla visão de futuro e crença no potencial da cidade.
Espinosa, em tempos passados, só saía na mídia quando ocorriam tragédias, enchentes, acidentes, crimes ou maracutaias políticas. Espero que notícias como essa venham iniciar um novo tempo de bonança na história da cidade.
Publico abaixo parte da reportagem. Veja aqui na íntegra.
Espinosa lidera ranking de expansão de vagas de trabalho em Minas
Município da Região Norte registra a maior alta nas contratações com carteira assinada no estado em um ano, de 18,68%. Além Paraíba, na Zona da Mata, foi o que mais fechou vagas.
Paulo Henrique Lobato - Estado de Minas
Publicação: 26/07/2011 06:00 Atualização: 26/07/2011 09:40
Cidade pacata de 30 mil habitantes abriu 846 vagas em 12 meses |
Cerca de 1 mil quilômetros separam Espinosa, na Região Norte de Minas, de Além Paraíba, na Zona da Mata. Mas esta não é a única grande distância entre elas. Estudo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), coloca as duas cidades nas extremidades da tabela que mapeia a geração de vagas formais no estado. Levando-se em conta apenas os percentuais calculados pela pasta comandada pelo ministro Carlos Lupi (PDT), Espinosa lidera o ranking de expansão de carteiras assinadas nos últimos 12 meses. Lá, o emprego formal subiu, impulsionado pelo setor de confecções, 18,68% entre junho de 2010 e o mês passado. Em Além Paraíba, onde a construção civil fechou a maioria dos postos de trabalho (60,51%), a estatística despencou 16,71%. Em Belo Horizonte, o percentual foi positivo em 8,05%, acima das médias de Minas Gerais (7,13%) e do Brasil (6,41%).
O Caged pesquisa os municípios brasileiros cuja população mínima é de 30 mil pessoas. Em Minas Gerais, foram levantados os dados de 100 cidades. Espinosa, a 686 quilômetros de Belo Horizonte, abriu 846 vagas no período. O número absoluto parece pequeno, mas é bom lembrar que a população da cidade soma cerca de 31 mil moradores. Se for levado em conta o número absoluto, a liderança caberá à capital mineira, com saldo de 76,4 mil vagas. Em Espinosa, o Caged constatou que o crescimento de 18,68% se deve à construção civil, com aumento de 28,12%, ao segmento de serviços (18,66%) e, principalmente, à indústria de transformação.
O percentual de empregos formais no setor, alavancado pelas confecções, sendo a maioria de pequeno porte, registrou aumento de 36,79%. A cidade, que no passado foi considerada a maior produtora de algodão do Norte mineiro, deseja pegar carona no aumento do poder aquisitivo das famílias brasileiras para se transformar num polo têxtil. Alguns já investem na ampliação da fábrica, como Juciano Duarte, dono da D'Jak Indústria e Comércio de Confecções Ltda., especializada em camisa social masculina. “Comecei, há 13 anos, com três empregados. Hoje, tenho 30 funcionários diretos e outros terceirizados. Minha estrutura ficou pequena e precisei ampliar o espaço físico. Vou inaugurar um andar (sobre minha fábrica) na próxima semana”, disse.
Ele acrescenta que “haverá mais contratações”, mas não revela quantas pessoas a mais serão empregadas. Boa parte de sua produção vai para fora de Minas: “Enviamos (camisas) para a Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, Mato Grosso, Pará, Ceará e, recentemente, começamos a distribuir no Rio Grande do Norte”.
Alavanca da moda
A firma de Jackson Balieiro, dono da Duarte e Balieiro, especializada na moda jeans masculina e feminina, também atende lojas fora do estado. “Cerca de 60% das peças vão para São Paulo, Goiás, Bahia, Espírito Santo etc.”, afirma o empresário, que emprega 150 funcionários, entre diretos e terceirizados. “Há cinco anos, contava com um terço desse pessoal”. O salto do percentual de carteiras assinadas no pacato município ajudou a renda per capita de Espinosa a registrar, segundo levantamento da Fundação João Pinheiro (FJP), crescimento acima das médias estadual e nacional entre 2000 e 2010.
Enquanto o aumento anual do indicador na cidade do Norte de Minas subiu 5,28% no período, de R$ 210,06 para R$ 351,27; a do estado aumentou 3,66%, de R$ 539,87 para R$ 773,41. A do Brasil obteve o mesmo índice, indo de R$ 580,22 para R$ 830,85. O aumento da renda per capita e do percentual de carteiras assinadas deixam comerciantes otimistas. Na loja de roupas de Ana Rodrigues Muniz, no Centro, “as vendas subiram de 20% a 30%” na comparação entre o primeiro semestre e igual intervalo do ano anterior.
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