No ano de 1977, meio do mês de agosto precisamente, o saudoso desportista Mateus Salviola Antunes, que dá nome ao Ginásio Poliesportivo da cidade de Espinosa, conseguiu, com doações da população, a proeza de levar os jogadores do Cruzeirinho, ainda meninos, para Belo Horizonte enfrentar o time juvenil do Cruzeiro Esporte Clube, em uma partida amistosa. Aquela partida inesquecível para nós aconteceu no campo da sede do clube, no Barro Preto. O nosso time foi derrotado pelo placar de 3 x 1. Lembro-me como hoje da nossa emoção e perplexidade em conhecer a gigantesca capital do Estado de Minas Gerais, de ter oportunidade de jogar contra atletas de um clube profissional, de conhecer a Toca da Raposa e de ver de perto o craque Joãozinho, um dos poucos presentes ali naquele momento, por estar na enfermaria, recuperando-se de contusão. Em um daqueles dias, entramos em campo, com Valdo Pezão no gol; Cleone e Jorjão nas laterais; Jânio e Péba na zaga; Eustáquio, Benildo e Zinho no meio-campo e Euclides, Tatuzinho e Sérgio no ataque. Também jogaram Jorginho, Cal e Palau, que eu me lembre.
Em pé: Péba, Zinho, Jânio, Cleone, Valdo Pezão e Jorjão; Agachados: Euclides, Benildo, Tatuzinho, Sérgio e Eustáquio. |
Mas por que essa lembrança futebolística? Não é tanto pelo momento maravilhoso da minha vida e da história vencedora e brilhante do Cruzeirinho Esporte Clube, mas sim porque neste mesmo período, exatamente no dia 16 de agosto daquele ano morria um dos maiores ídolos da história da música mundial, o Rei do Rock Elvis Presley. Foi uma onda de tristeza imensa que se espalhou rapidamente pelo mundo.
Elvis veio ao mundo em 8 de janeiro de 1935 na cidade de Tupelo, no Mississippi, filho de uma operária têxtil e de um caminhoneiro. Aos 13 anos mudou-se com a família para Memphis, no Tennessee, completou o segundo grau e gravou, aos 19 anos, o primeiro disco que o iria levar em breve ao estrelato. Serviu ao Exército, casou-se com Priscilla Beaulieu e também fez sucesso no cinema. Mas o mais importante foi que Elvis conseguiu a proeza de misturar em sua música Blues, Country, Rhythm and Blues, Gospel, Rock e Música Negra, mesmo em tempos de cisão social e racial e agradar a todos, influenciando músicos pelo mundo inteiro. No sucesso estrondoso que fez, vendeu mais de 1 bilhão de discos e até hoje é um dos artistas que mais faturam, mesmo após a morte.
Elvis nos deixou no dia 16 de agosto de 1977, quando foi encontrado morto em sua mansão de Graceland, hoje transformada em local de peregrinação dos fãs.
Passados 40 anos de seu falecimento precoce aos 42 anos de idade, sua voz privilegiada, seu talento carismático e sua presença marcante exibida pelos palcos do mundo permanecem eternizadas na mente não só daqueles que o idolatram. Elvis Aaron Presley, como todos aqueles a quem amamos e que sobem aos céus antes de nós, vive para sempre.
Um grande abraço espinosense.
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