Espinosa, meu éden

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quarta-feira, 3 de novembro de 2021

2815 - Sem Samba Não Dá!

Com os territórios musicais no rádio e na TV amplamente tomados pelas músicas comerciais do momento, sobra pouco ou nenhum espaço para o Rock and Roll, o Blues, o Sertanejo-Raiz e o velho, delicioso e malemolente Samba que desceu do morro e invadiu o asfalto com toda paz e argúcia. Ninguém gosta do que não conhece, é óbvio! Desta maneira, enorme parcela da população não tem acesso a essas variantes musicais, perdendo a chance de descobrir tesouros da canção brasileira e internacional, o que é lamentável, aumentando ainda mais a já surpreendente ignorância que nunca imaginei existir no seio do nosso miscigenado e antes democrático, coerente e sensato povo.
Ampliar os horizontes é atitude fundamental para a gente evoluir, expandir conhecimentos, amplificar saberes, otimizar habilidades e multiplicar prazeres. Nesse contexto, é gratificante perceber o quanto a Internet é substancial para nos abrir um horizonte gigante para a descoberta de novas e boas canções no infinito cenário musical mundial. É recompensador descobrir que a maldita pandemia do novo Coronavírus, que forçou-nos a todos ficar sem contato direto com as outras pessoas, levou também a uma multiplicação positiva de trabalhos musicais realizados em confinamento pelos artistas, através da tecnologia que permite encontros e colaborações virtuais. Assim é louvável descobrir dezenas ou centenas ou milhares de novas canções e de novos álbuns sendo lançados e produzidos, com qualidade notável.



Neste contexto de boas notícias na música, hoje tive acesso a mais uma canção do novo disco do genial Caetano Veloso, "Sem Samba Não Dá". A canção é mais uma do álbum "Meu Coco". O eternamente inovador cantor e compositor baiano criou um sambinha daqueles bem saborosos, sem abdicar do som inconfundível da cuíca, dando mais uma vez o seu recado, com leveza e contundência. Faz um elogio à nova geração da música, que vem fazendo enorme sucesso nas inúmeras vertentes musicais, mas não deixa de cutucar o "statu quo", decretando com toda autoridade que a Música Popular Brasileira não deve nem pode prescindir jamais do nosso genuíno, garboso e poderoso Samba. Assino embaixo, Caê!
Um grande abraço espinosense.



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