Após 15 jogos, 11 vitórias, 2 empates e 2 derrotas, 32 gols marcados e 11 gols sofridos, o Atlético sagrou-se Campeão Mineiro de 2017, conquistando sua 44ª taça da competição estadual, e fez a festa no Estádio Independência, sua casa, na tarde deste domingo, 7 de maio.
O título veio após a vitória sobre o Cruzeiro pelo placar de 2 x 1, gols de Robinho e Elias, para o Atlético, e Ábila, para o Cruzeiro. É o primeiro título do treinador Roger Machado.
Este foi o 71º clássico entre Atlético e Cruzeiro disputado no Independência. A vantagem atleticana é de 35 vitórias contra 20 do Cruzeiro e mais 16 empates. Os últimos três confrontos entre eles, exceto esse, no estádio do Horto foram vencidos pelo Cruzeiro.
Com o empate por 0 x 0 na primeira partida da decisão realizada no Mineirão e com o adversário jogando com a vantagem de poder empatar, ao Cruzeiro não restava outra alternativa a não ser se aventurar no ataque em busca do único resultado que lhe interessava, a vitória. Logo nos primeiros minutos, a equipe azul já pressionava e conquistava alguns escanteios.
Mas foi o Atlético que abriu o placar aos 12 minutos com Robinho, após bela tabela sua com Fred. Assim, a tarefa do Cruzeiro ficava mais difícil, pois precisava marcar dois gols para se tornar campeão. Após o gol, o jogo ficou mais equilibrado, com muita disputa de bola e marcação cerrada no meio de campo. As jogadas mais duras eram contidas pelo árbitro com cartões amarelos. Os volantes Rafael Carioca e Adílson, do Atlético, foram advertidos, bem como o volante do Cruzeiro, Hudson. Aos 30 minutos, Robinho marcou novamente, mas o gol foi anulado indevidamente pelo árbitro por impedimento que não existiu. Com algumas chances de gol criadas de lado a lado, mas sem grandes problemas para os goleiros, terminou o primeiro tempo.
Começou a segunda etapa com uma mudança no Cruzeiro. O treinador Mano Menezes colocou seu time mais ainda no ataque, com a troca de Hudson pelo atacante Ábila. Logo no início, Rafinha foi advertido com cartão amarelo, por reclamação. Aos 7 minutos, veio o empate do Cruzeiro. Depois de ótimo passe de Rafinha, o artilheiro Ábila matou a bola no peito dentro da área e fez um golaço, através de um bonito voleio. Tudo igual no placar. Com este resultado, o Atlético ainda era o campeão, mas o Cruzeiro precisava apenas de um gol para levantar a taça. E esse gol quase veio na finalização de Thiago Neves, de cabeça. Uma chance incrível perdida pelo atacante cruzeirense. Sentindo um melhor desempenho por parte do Cruzeiro naquele momento, o treinador atleticano fez uma mudança na sua equipe. Trocou Otero por Maicosuel, tentando dar mais velocidade ao seu time. Pouco tempo depois, fez outra mudança para deixar o time ainda mais rápido. Saiu Robinho, entrou Cazares. E o resultado dessa mexida no time atleticano apareceu aos 24 minutos, com Cazares dando excelente passe para Elias finalizar com violência, estufando as redes de Rafael. Mais uma vez o Atlético passou à frente no marcador. O Cruzeiro necessitava então de dois gols para ser campeão. Elias recebeu cartão amarelo por falta forte no meio campo. Tentando uma reação do seu time, Mano Menezes substituiu Rafael Sóbis por Álisson. Já Roger Machado tirou Elias, cansado e já com cartão amarelo, e colocou Danilo em seu lugar. A tensão corria solta no estádio. Jogo nervoso, nervos à flor da pele. Não demorou e Danilo também recebeu cartão amarelo. Aos 39 minutos, o Cruzeiro se viu em maus lençóis, piorando a sua situação na partida. Depois de ótima arrancada de Danilo pela esquerda, Rafinha fez falta por trás e recebeu o segundo cartão amarelo, sendo expulso de campo. Com um jogador a menos, o Cruzeiro viu sua tarefa ficar bem mais difícil. Até que, logo tempo depois, aos 42 minutos, o Atlético também teve um jogador seu expulso. Adílson levou o segundo amarelo e, consequentemente, o vermelho. Dez jogadores para cada lado. E o tempo passava rápido, para desespero da torcida cruzeirense. Arrascaeta saiu para a entrada de Raniel. Aos 44 minutos, falta a favor do Cruzeiro próxima à área, mas Victor defendeu bem o chute de Thiago Neves. Com o fim do tempo regulamentar, o árbitro solicita mais 4 minutos de acréscimo. Raniel recebeu cartão amarelo por falta em Rafael Carioca. Aos 48 minutos, Cazares recebeu ótimo passe de Marcos Rocha e desperdiçou a chance de aumentar o placar e matar o jogo. Não havia tempo para uma reação cruzeirense. O Atlético é o grande Campeão Mineiro de 2017.
Agora é hora de comemorar! Os atleticanos irão festejar pelas ruas das cidades sua grande conquista, enquanto os cruzeirenses terão que se conformar com a derrota. Ano que vem tem mais!
Um grande abraço espinosense.
ATLÉTICO 2 X 1 CRUZEIRO
Local: Independência
Data: 7 de maio de 2017
Horário: 16 horas
Gols: Robinho (Atlético, 12 minutos - 1º tempo), Ábila (Cruzeiro, 7 minutos - 2º tempo) e Elias (Atlético, 24 minutos - 2º tempo)
Cartões amarelos: Rafael Carioca, Adílson, Elias, Danilo (Atlético), Hudson, Rafinha, Henrique , Raniel (Cruzeiro)
Cartões vermelhos: Rafinha (Cruzeiro) e Adílson (Atlético)
Cartões vermelhos: Rafinha (Cruzeiro) e Adílson (Atlético)
Árbitro: Igor Júnio Benevenuto
Auxiliares: Pedro Araújo Dias Cotta e Ricardo Júnior de Souza
Árbitros Adicionais: Emerson de Almeida Ferreira e Renato Cardoso Conceição
Quarto Árbitro: Sidmar dos Santos Meuer
Atlético: Victor, Marcos Rocha, Leonardo Silva, Gabriel e Fábio Santos; Rafael Carioca, Adílson, Elias (Danilo) e Otero (Maicosuel); Robinho (Cazares) e Fred.
Técnico: Roger Machado.
Cruzeiro: Rafael, Mayke, Léo, Caicedo e Diogo Barbosa; Hudson (Ábila), Henrique, Rafinha e Thiago Neves; Rafael Sóbis (Álisson) e Arrascaeta (Raniel).
Técnico: Mano Menezes.
Campanha do ATLÉTICO:
Fase de classificação:
1 x 0 América (TO)
3 x 0 Tombense
3 x 0 Uberlândia
4 x 1 América
3 x 2 Democrata
2 x 1 Villa Nova
4 x 0 Tupi
2 x 1 Tricordiano
2 x 0 URT
1 x 2 Cruzeiro
1 x 2 Caldense
Semifinais:
1 x 1 URT
3 x 0 URT
Finais:
0 x 0 Cruzeiro
2 x 1 Cruzeiro
Maiores artilheiros:
Fred - 10 gols
Danilo - 3 gols
Elias - 3 gols
Rafael Moura - 3 gols
Otero - 2 gols
Campanha do CRUZEIRO:
Fase de classificação:
2 x 1 Villa Nova
2 x 1 Tricordiano
4 x 0 Tupi
1 x 1 URT
2 x 1 Caldense
1 x 0 América (TO)
1 x 0 América
1 x 1 Tombense
2 x 2 Uberlândia
2 x 1 Atlético
2 x 0 Democrata
Semifinais:
1 x 1 América
2 x 0 América
Finais:
0 x 0 Atlético
1 x 2 Atlético
Maiores artilheiros:
Ramón Ábila - 6 gols
Rafael Sóbis - 4 gols
Henrique - 2 gols
Arrascaeta - 2 gols
Robinho - 2 gols
Um pouquinho de história:
A 1ª edição do Campeonato Mineiro aconteceu no ano de 1915, com o Atlético conquistando o título sobre a equipe do Yale. Em terceiro lugar ficou o América e em quarto, o time do Christovam Colombo. Nas edições de 1932 e 1956, foram declaradas duas equipes campeãs: Atlético e Villa Nova, em 1932; e Atlético e Cruzeiro, em 1956. A maior série contínua de títulos aconteceu de 1916 a 1925, com o América conquistando o deca-campeonato. O Atlético foi penta-campeão, de 1952 a 1957. De 1965 a 1969, o Cruzeiro também foi penta-campeão com aquela geração de ouro que contava com Raul, Piazza, Tostão e Dirceu Lopes. De 1978 a 1983, o Atlético mandou no Mineirão, conquistando o hexa-campeonato com uma geração fantástica de craques como Reinaldo, Cerezzo, Nelinho, Luizinho, Éder, Marcelo e Paulo Isidoro.
O maior artilheiro da história do torneio é Ninão, do Palestra Itália, que em 1928 marcou inacreditáveis 43 gols e no ano seguinte marcou mais 33 gols. Outros grandes goleadores foram Miltinho, do Sete de Setembro, que marcou 29 gols em 1960; Dario, do Atlético, com 29 gols em 1969, 22 gols em 1972 e outros 24 gols em 1974; Mário de Castro, do Atlético, que marcou 20 gols em 1926 e 27 gols em 1927; Nunes, do Atlético, com 26 gols em 1986; Marcelo Ramos, do Cruzeiro, com 23 gols em 1996; Guará, do Atlético, com 22 gols em 1936; Ronaldo, do Cruzeiro, com 22 gols em 1994; Marco Antônio, do América, com 21 gols em 1962; Silvinho, do Democrata de Sete Lagoas, com 20 gols em 1959; Tostão, do Cruzeiro, com 20 gols em 1967 e outros 20 em 1968 e Sílvio, do América, com 20 gols em 1990.
Outros nomes conhecidos do futebol brasileiro também foram artilheiros do Campeonato Mineiro, como Marques (13 gols em 1998, pelo Atlético); Guilherme (13 gols em 2003, pelo Atlético); Alex (14 gols em 2004, pelo Cruzeiro); Fred (14 gols em 2005, pelo Cruzeiro); Diego Tardelli (16 gols em 2009, pelo Atlético) e Robinho (9 gols em 2016, pelo Atlético).
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