A sabedoria popular é soberana. Consegue criar inúmeras expressões para simplificar o entendimento das coisas do dia a dia, baseadas nos acontecimentos e experiências da vida. Vamos conhecer algumas:
CARA DE TACHO - Expressão popular da língua portuguesa que significa ficar sem graça, com cara de pateta, após alguma situação de desilusão ou desapontamento.
CARA DE TACHO - Expressão popular da língua portuguesa que significa ficar sem graça, com cara de pateta, após alguma situação de desilusão ou desapontamento.
FEITO NAS COXAS - Quando um trabalho é mal feito, mal produzido, de má qualidade, é usada esta expressão que, conforme a história, nasceu da produção, pelos escravos, de telhas de barro, que eram modeladas nas suas coxas, terminando com vários tamanhos diferentes.
CHÁ DE CADEIRA - Serve para designar uma longa espera de alguém em determinado encontro marcado.
DO ARCO DA VELHA - Popular expressão que qualifica uma coisa inverossímil ou totalmente absurda. Também se usa para determinar assuntos e histórias de um tempo bastante distante no passado.
COMER COM OS OLHOS - Normalmente usada para expressar a vontade irresistível de alguém ao admirar alguma comida exposta e por qualquer razão não poder comê-la. Usa-se também para expressar o desejo sexual ardente de uma pessoa por outra inatingível.
DE MEIA TIGELA - Expressão popular para designar algo de pouca importância, de pouco valor, medíocre, de qualidade inferior.
DE MEIA TIGELA - Expressão popular para designar algo de pouca importância, de pouco valor, medíocre, de qualidade inferior.
ENFIAR O PÉ NA JACA - Quer dizer que a pessoa deve cometer excessos, exceder os limites, exagerar na dose, extrapolar as atitudes sem se preocupar com os seus efeitos.
ONDE JUDAS PERDEU AS BOTAS - Sabe aquele lugar muitíssimo distante, difícil de chegar e quase inacessível? É lá onde Judas perdeu as botas, de acordo com a sabedoria popular. Pode-se dizer que é o mesmo que "No fim do mundo" ou "Nos cafundós do Judas".
ONDE JUDAS PERDEU AS BOTAS - Sabe aquele lugar muitíssimo distante, difícil de chegar e quase inacessível? É lá onde Judas perdeu as botas, de acordo com a sabedoria popular. Pode-se dizer que é o mesmo que "No fim do mundo" ou "Nos cafundós do Judas".
DE SE TIRAR O CHAPÉU - Feito extraordinário que cause admiração e mereça uma reverência como a retirada do chapéu da cabeça, adereço comum dos homens nos tempos idos.
RODAR A BAIANA - Se rebelar contra alguma atitude injusta, se revoltar com alguma acusação infundada, tomar satisfações com algum desafeto, tirar a limpo alguma situação desagradável, reagir escandalosamente a uma afronta etc.
BICHO DE SETE CABEÇAS - Um problema aparentemente insolúvel, dificuldade extrema, situação em que não se vislumbra resolução rápida e fácil. A origem da expressão vem da Hidra
de Lerna, personagem da mitologia grega que era uma
gigantesca serpente que possuía muitas cabeças e habitava a região
pantanosa de Lerna, na Grécia antiga. Era um animal extremamente
perigoso e difícil de ser extinto porque quando uma das cabeças era
cortada, outra renascia em substituição. Coube a Hércules a missão de
derrotar o monstro. Para impedir a renovação das cabeças, Hércules
incinerava cada cabeça cortada. Foi desta forma que conseguiu derrotar o
terrível monstro.
FICAR A VER NAVIOS - Ser enganado, tapeado, ludibriado, ver suas expectativas se frustrarem, ficar desiludido.
CUSTAR OS OLHOS DA CARA - Expressão popular que significa custar muito caro, ter um preço muito alto, absurdo.
CASA DA MÃE JOANA - Expressão da língua portuguesa que significa um
lugar onde vale tudo, todo bagunçado, sem a mínima organização, onde reina a confusão e onde ninguém respeita regra nenhuma.
COMER O PÃO QUE O DIABO AMASSOU - É uma
expressão popular que significa passar por um grande sofrimento ou por
grandes dificuldades. É usada para descrever o grau de desespero a que uma
pessoa foi submetida.
CHATO DE GALOCHAS - Expressão idiomática da língua portuguesa e
significa alguém extremamente chato ou com comportamento socialmente
desagradável.
OSSOS DO OFÍCIO - O significado desta expressão se refere ao desempenho de uma atividade desagradável
inerente a uma determinada profissão ou tarefa. São as dificuldades e tarefas indesejáveis inerentes a determinado trabalho e que fazem parte da lida diária, sem possibilidades de expurgo.
INÊS É MORTA - Indica que é tarde demais para a tomada de qualquer atitude a respeito de alguma coisa, ou seja, não adianta mais qualquer ação. A história conta que Inês de Castro foi durante muito tempo amante secreta de Dom Pedro, então príncipe de Portugal. O rei, Dom Afonso IV, incomodado com o affair, ordenou o exílio de Inês de Castro. Com a morte da mulher de Dom Pedro, Dona Constança, o príncipe providenciou o retorno da amante para viver ao seu lado. O rei ficou preocupado com a possibilidade de que ele se casasse com a amante e que ela passasse a ter grande poder. Mandou então matá-la. Dom Pedro ficou revoltado e entrou em conflito com o pai. Após a morte do pai, Dom Pedro se tornou o oitavo rei de Portugal e concedeu a Inês de Castro o título póstumo de rainha de Portugal. Tarde demais, pois Inês já estava morta.
SALVO PELO GONGO - Quando você está em uma situação complicadíssima, aparentemente sem solução, eis que repentinamente acontece algo que resolve o problema. Fato comum que acontece no boxe, quando um lutador em apuros é salvo pelo gongo que anuncia o fim do round.
TESTA DE FERRO - Indivíduo que funciona como peça de fachada em algum empreendimento, para proteger a identidade dos verdadeiros donos do poder.
FALAR PELOS COTOVELOS - Expressão popular da língua portuguesa e significa falar demais, tagarelar.
COM A BOCA NA BOTIJA - Expressão popular usada quando se pega alguém em flagrante, cometendo algum ato irregular ou proibido. A botica, vaso de cerâmica usado para guardar água, tem que ser usada derramando água em copos e não diretamente na boca das pessoas, por uma questão de higiene.
COM A BOCA NA BOTIJA - Expressão popular usada quando se pega alguém em flagrante, cometendo algum ato irregular ou proibido. A botica, vaso de cerâmica usado para guardar água, tem que ser usada derramando água em copos e não diretamente na boca das pessoas, por uma questão de higiene.
SERÁ O BENEDITO? - A origem desta expressão vem da política mineira lá pelos anos 30. Com a indecisão do presidente Getúlio Vargas em divulgar o nome do seu escolhido para governar o estado de Minas Gerais, as pessoas da oposição especulavam perguntando a todo momento: será o Benedito (Valadares)? Assim a expressão passou a significar situações inesperadas ou indesejáveis.
DAR A MÃO À PALMATÓRIA - Reconhecer o erro cometido. Antigamente, quando se cometia alguma atitude errada nas escolas, o professor usava um instrumento de castigo chamado palmatória para punir os alunos.
ANDAR NA LINHA - Agir corretamente. Deriva-se da exigência militar de se manter na linha os soldados nas marchas nos quartéis, que se desobedecida, leva à punição.
BALDE DE ÁGUA FRIA - Fato ou situação que acaba com as expectativas de alguém, o fim das esperanças.
COLOCAR AS BARBAS DE MOLHO - Ficar desconfiado, se precaver, preocupar-se com algo possível de acontecer brevemente.
BARRAQUEIRO - Sujeito brigão, que adora arrumar confusão.
BATATA QUENTE - Situação complicadíssima, de difícil resolução.
DAR COM A LÍNGUA NOS DENTES - Revelar um segredo, contar algo confidencial, espalhar algum fato, falar demais.
BATER AS BOTAS, IR PRO BELELÉU - Morrer, falecer.
COLOCAR A BOCA NO TROMBONE - Protestar, gritar, denunciar, manifestar-se veementemente.
SUJEITO BOA-PRAÇA - Pessoa tranquila, gente boa, gente fina, de fácil relacionamento.
BOIA-FRIA - Trabalhador rural que leva a sua marmita ainda quente para o trabalho e, na hora do almoço, come a refeição já totalmente fria.
BOTAR SEBO NAS CANELAS - Empreender fuga, cair fora, fugir em alta velocidade.
FICAR DE BUTUCA - Ficar ligado, prestando atenção a tudo, aguardar algo com extrema apreensão.
X-9 - Sujeito pouco confiável, dedo-duro, delator, fofoqueiro.
CAIR NO XILINDRÓ - Ser preso, ir para a cadeia.
FAZER TEMPESTADE EM COPO D´ÁGUA - Dimensionar demasiadamente um determinado contexto, aumentar a importância de determinado problema, arrumar confusão.
TIRAR ÁGUA DO JOELHO - Urinar, mijar, fazer xixi.
ESTAR DE SACO CHEIO - Estar no limite do aceitável, não suportar mais, estar cheio de problemas e chateações.
REI DA COCADA PRETA - O chefão, o líder, o bonzão, o todo-poderoso.
PALETÓ DE MADEIRA - Caixão de defunto, urna funerária.
PASSAR UM FAX - Fazer necessidade fisiológica, defecar, cagar, fazer cocô.
PEDAÇO DE MAU CAMINHO - Mulher extremamente bonita, gostosa, deslumbrante, capaz de enlouquecer os homens.
PIÁ DE PRÉDIO - Garoto criado em apartamento nas grandes cidades.
PEIDAR NA FAROFA - Cometer deslize, dar mancada, vacilar, a pessoa se achar o máximo, superior aos outros.
COLOCAR OS PINGOS NOS IS - Esclarecer a situação, organizar a coisa, colocar as coisas nos eixos.
PENDURAR AS CHUTEIRAS - Encerrar alguma atividade, aposentar-se, parar de competir.
O SACI CRUZOU AS PERNAS - Fato inacreditável, acontecimento espetacular.
MALA SEM ALÇA - Sujeito chato, insuportável, aproveitador, folgado. Será que tem algum desse em Espinosa?
Um grande abraço espinosense.
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