Quem ama de verdade boa música certamente aprecia a linda, melodiosa, mágica e gostosa música mineira, especialmente as aprazíveis, delicadas, complexas e sensíveis canções emanadas das mentes brilhantes de Mílton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Fernando Brant, Wagner Tiso, Márcio Borges, Flávio Venturini, Tavinho Moura, Toninho Horta e mais um tanto de ícones do inigualável Clube da Esquina, movimento musical singular que surgiu nos anos 60 na capital das Minas Gerais, Belo Horizonte. Da cabeça sonhadora daquele bando de meninos irmanados em uma amizade verdadeira e eterna, que se reunia na esquina das ruas Divinópolis e Paraisópolis, localizadas no bairro Santa Tereza, surgiram ideias revolucionárias e inovadoras, falando de vida, política, gente, religiosidade, música, cinema e amor de uma forma transcendental, moderna e completamente diferenciada, influenciando artistas e engrandecendo a música brasileira.
Um pequeno retrato da história desta turma criativa e apaixonada por música pode ser acompanhado através do documentário "Nada Será Como Antes", disponível para aluguel no YouTube por apenas R$ 3,90. Com direção de Ana Rieper, o filme reúne depoimentos de integrantes da Turma da Esquina, imagens maravilhosas da Belo Horizonte dos anos 60, fragmentos de interpretações de alguns dos músicos e imagens dos amigos na praia de Mar Azul em Piratininga, região de Niterói, onde eles se reuniram para curtir a Natureza e escrever as canções que desaguariam no icônico álbum coletivo "Clube da Esquina", lançado em 1º de março de 1972. Durante as muitas cenas emocionantes do filme, destacam-se as histórias da criação de canções antológicas e de quando ocorreu o mágico encontro de Lô e Mílton no quinto andar do Edifício Levy, onde ambos moravam em apartamentos e andares distintos.
O Clube da Esquina é um exemplo raro de uma união mágica de muitas cabeças pensantes, cada uma com ideias diferentes, resultando em uma combinação musical de vários gêneros da música como Bossa Nova, Jazz, música folclórica negra, música erudita e hispânica e até o, naquela época, pouco conhecido Rock and Roll. A amizade entre eles potencializou sobremaneira o talento de cada um na criação de melodias, acordes e letras que encantaram, encantam e encantarão milhões até o fim dos tempos.
Interessante que hoje, dia em que redigo essa postagem, 10 de janeiro, é o aniversário de um dos maiores representantes desta turma de gigantes, o músico, cantor e compositor Salomão Borges Filho, o querido Lô, que completa seus 73 anos. Tive o prazer e o privilégio de assistir ao seu show aqui em Montes Claros no ano passado, um presente dos Céus.
Que o Lô siga adiante com saúde, entusiasmo e fé no seu "Trem Azul" em direção à "Via-Láctea" vendo pela "Paisagem da Janela" "Um Girassol da Cor de Seu Cabelo", como uma "Nau Sem Rumo" "Equatorial" em busca de "Tudo Que Você Podia Ser" com "Todo Prazer" em uma "Vida Nova". "Feliz Aniversário", Lô!
Um grande abraço espinosense.
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