O que começou como brincadeira de criança transformou-se com o tempo em uma arte admirada em todo o mundo. Foi modelando bois, cabras, porcos e outros animais comuns no Sertão que o menino Vitalino Pereira dos Santos, filho de lavradores e nascido na vila de Ribeira dos Campos, na cidade pernambucana de Caruaru em 10 de julho de 1909, tornou-se o respeitado artista da arte popular brasileira Mestre Vitalino.
Suas criações em barro foram primeiramente vendidas na feira local até serem descobertas e se espalharem pelos grandes centros urbanos do país e posteriormente para o mundo. Suas esculturas mostram a vida no Sertão, com seus personagens marcantes e os animais que lá vivem, além das tradicionais festas e cenas cotidianas que preenchem a dura mas esperançosa vida dos sertanejos. Com sua técnica virtuosa o artista simples da roça conquistou a admiração de gente pelo mundo todo, inicialmente no Rio de Janeiro no ano de 1947, quando participou, ao lado de outros tantos artistas pernambucanos, de uma exposição de trabalhos em cerâmica organizada por Augusto Rodrigues. A partir daí, suas criações se espalharam pelo restante do Brasil e pelo mundo inteiro.
Vítima de varíola, Mestre Vitalino morreu em sua casa no povoado do Alto do Moura no dia 20 de janeiro de 1963, aos 54 anos de idade, deixando sua esposa, seus seis filhos, dezenas de admiradores e discípulos da sua arte.
A casa simples em que morou no Alto do Moura tornou-se a Casa Museu Mestre Vitalino, criado em sua homenagem, com exposição de vários móveis, utensílios, ferramentas de trabalho e objetos de uso pessoal do artista. Suas obras estão espalhadas por outros museus e em poder de amantes da arte popular do país e do exterior.
Um grande abraço espinosense.
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