Espinosa, meu éden

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quinta-feira, 24 de maio de 2012

434 - Uau! Alabama Shakes, sensacional!

Alabama Shakes, este é o nome da banda que descobri recentemente. Amor à primeira vista. Rock básico com levada de soul, duas guitarras, baixo e bateria. Uma vocalista de extrema capacidade vocal, um vozeirão temperado com muito suíngue e um visual totalmente fora dos padrões de beleza exigidos pela indústria da música. Energia total e música visceral. Os cabelos encaracolados, os óculos de nerd, as curvas cheinhas e as roupas comuns usadas pela cantora e guitarrista só realçam ainda mais a sua excepcional qualidade de intérprete de Rock´n Roll. Assim é a boa música, nada de subterfúgios e maquiagem, apenas a poderosa e mágica sonoridade que nos envolve, penetrando sorrateiramente pelos nossos ouvidos, invadindo os nossos cérebros sedentos de harmônica melodia e desaguando nas entranhas do nosso frágil coração.

A banda Alabama Shakes nasceu da união da vocalista Brittany Howard, do baixista Zac Cockrell, do guitarrista Heath Fogg e do baterista Steve Johnson na pequena cidade de Athens, com pouco mais de 20 mil habitantes, situada no norte do estado do Alabama. Brittany preenchia o seu tempo de adolescente estudando música, compondo e gravando suas composições em um pequeno gravador, em casa. A partir daí criou a Kerosene Swim Team, uma pequena banda punk. Depois de conhecer Zac Cockrell na escola, passaram a compor juntos e logo estavam se juntando aos outros integrantes para formar o grupo The Shakes, logo alterando o nome para Alabama Shakes, já que havia uma outra banda com aquela denominação.
O primeiro e até agora único álbum gravado, "Boys and Girls", lançado em 10 de abril, destronou a grande Adele do primeiro lugar da parada britânica de discos independentes e alçou o grupo a um sucesso que se espalha rapidamente por todo o planeta.  Eles já tem shows agendados e se apresentarão na França, na Alemanha, na Espanha, na Suiça, na Bélgica, na Dinamarca, na Holanda, em Portugal, no Reino Unido e no Canadá, com a possibilidade e a vontade declarada de se apresentar também no Brasil no ano que vem.
Para as apresentações na turnê junta-se a eles o tecladista  Ben Tanner.
E pensar que essa turma de jovens, há pouquíssimo tempo, tocava covers de artistas como Otis Redding, AC/DC, My Morning Jacket, Led Zeppelin, James Brown e outros mais, em apresentações de mais de três horas de duração em sua cidade natal, para se sustentar.
O sucesso, é claro, vai render melhores condições de trabalho à banda, aparelhos musicais mais sofisticados, acesso facilitado a uma melhor estrutura para gravação de álbuns e fatalmente mudanças radicais na sua aparência irão acontecer. Só espero que essas mudanças todas não acabem com a garra, a alma e a criatividade desta banda que promete renovar a cara do Rock. Que assim seja!
Um grande abraço espinosense.



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