Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

sábado, 29 de janeiro de 2022

2886 - Tudo era bom? Que nada!

Não raro, escuto algumas pessoas tecendo rasgados elogios aos tempos antigos, passados. Ou recebo vídeos enaltecendo as eras idas com enorme saudosismo. A ideia central é a de que "tudo" antigamente era bem melhor que no momento atual. Entendo que eles até têm alguma razão, mas somente em parte, não totalmente. Assim um tanto como eles, sou um sujeito um pouco saudosista, porém jamais nostálgico. Tenho bastante saudade e carinho pelos meus tempos de criança, de adolescência e de juventude, das boas e felizes lembranças de momentos maravilhosos e inesquecíveis vividos. Mas também carrego tristezas por fatos e ações ocorridas no passado e que hoje já não podemos admitir que aconteçam. E mais, é pura balela esta história de que "tudo" (eu disse tudo!) era melhor nos tempos de outrora. Vamos refletir tranquila e racionalmente?

- Antigamente a gente fazia as necessidades físicas em um quartinho lá no fundo do quintal, em um buraco na laje em cima da fossa, cheia de moscas repugnantes e cheiro fétido, e que à noite dava medo ter acesso. Hoje fazemos a mesma ação, dentro de casa, com o maior conforto e higiene em vasos sanitários limpos e eficientes, com toda a segurança; 



- Antigamente jogávamos futebol em campos horríveis de terra batida, duros, pesados e de pisos irregulares, e quando a gente se ralava todo após um carrinho ou uma queda, o único remédio disponível era o Merthiolate, que ardia como pimenta malagueta. Hoje em dia temos maiores oportunidades de jogar futebol em campos gramados e perfeitos e o temido Merthiolate não arde mais;
- Antigamente você jogava bola descalço, sempre ferindo os pés, ou mais adiante jogando com chuteiras de couro desconfortáveis que machucavam bastante as solas dos pés, os dedos e os tornozelos. Ou com os famosos kichutes, que esquentavam para danar e nos enchiam de calos. Hoje temos à disposição as mais leves e confortáveis chuteiras, e com preços acessíveis; 
- Antigamente você ia jogar bola em outra cidade acomodado em uma carroceria de caminhão, de uma caçamba, de uma picape, enfrentando vento, frio, desconforto, sol, calor, aperto e câimbras. Hoje é uma maravilha, com o pessoal se deslocando em ônibus e carros de passeio confortáveis, alguns até com ar condicionado;
- Antigamente, para viajar, você tinha que enfrentar estradas cheias de buracos e poeira, quando não caía nos atoleiros em tempos de chuva. Lembro-me da dificuldade que era sair de Espinosa de carro até Janaúba em estrada de chão, com bastante buracos, poeira e "costelas" no caminho. Hoje quase tudo é asfaltado, mesmo que possam aparecer alguns buracos em tempos de chuva, mas ainda assim muito melhor; 



- Antigamente você sabia muito pouco o que acontecia no mundo, pois as notícias chegavam com bastante atraso, e somente pelo rádio. Hoje sabemos de tudo o que acontece no mundo em tempo real através da Internet. Só temos que saber descobrir as boas fontes e não confiar nas malditas fake News;
- Antigamente você levava surras truculentas de "currião", palmatória, cabo de vassoura, chinelo ou vara de marmelo dadas pelos pais por ações consideradas indevidas. E se apanhasse na rua de outro menino, mesmo que maior e mais forte, apanhava de novo em casa, para aprender a "ser homem". Na escola, se agisse mal, era punido com golpes de palmatória e régua de madeira, cascudos, puxões de orelha e castigos físicos como ficar de joelhos em cima de grãos de milho, uma tortura. Hoje isso é atitude inaceitável, aliás, passou a ser crime; 
- Antigamente nós, meninos, saíamos para caçar no mato, na beira do rio, com nossos estilingues e matávamos muitos passarinhos, sem dó nem piedade. Alguns tinham o hábito de caçar para comer, mas também havia os que o faziam pelo simples prazer sádico de matar os bichinhos. Quase ninguém possuía consciência ecológica, pois todo mundo achava que aquilo era normal e que os passarinhos nunca iriam ser extintos. Hoje tais atitudes antiecológicas são inaceitáveis e consideradas crimes;
- Antigamente muita gente jogava lixo ou fazia suas necessidades fisiológicas no rio, com a ideia equivocada e estapafúrdia de que ele carregaria para longe a sujeira. Em Espinosa as pessoas pareciam não se tocar de que o seu lixo iria desaguar na Barragem do Estreito, de onde vem a água, após tratamento, que a população consome. Eu quero acreditar que hoje ninguém mais tem essa visão errônea da realidade;
- Antigamente você não tinha a menor chance de dar sua opinião em conversa de adultos. Era obrigado a dar bênção aos mais velhos e habituar-se a ficar de boca fechada quando os adultos estivessem proseando. Hoje vigora a liberdade de os jovens se posicionarem em qualquer situação. Na minha opinião, o tradicional costume de pedir a bênção aos mais velhos não deveria ter acabado, por ser uma atitude positiva e elogiável, apenas ter deixado de ser obrigatório e tornado espontâneo;
- Antigamente, quando só havia a Cotesp em Espinosa, você tinha a maior dificuldade para fazer uma simples ligação telefônica. Mesmo depois da ampliação da telefonia na cidade e a implantação dos famosos "orelhões", ainda era difícil dar um telefonema, às vezes até enfrentar fila acontecia. Hoje existem mais telefones celulares que habitantes no país, um avanço considerável;



- Antigamente para tirar fotografias, você tinha no máximo 36 poses em um filme utilizado na câmera. Não bastasse o pequeno número de possibilidades, havia o enorme risco da perda de várias imagens por figuras desfocadas, tremidas ou desenquadradas, quando não acontecia de o operador esquecer de colocar o filme ou ainda de o filme travar dentro da máquina fotográfica, colocando tudo a perder. Hoje, com a fotografia digital, você pode tirar milhões de fotos e se não estiverem boas após a visualização imediata, basta apagá-las e tirar outras logo em seguida, sem nenhum prejuízo;
- Antigamente, para conseguir ouvir em casa as músicas que você gostava, era preciso comprar discos nas lojas, nem sempre baratos e acessíveis. Uma solução era gravar a música tocada no rádio, mas isso era uma façanha para poucos. O cara tinha que ter a percepção correta do início da música para iniciar a gravação no toca fitas e às vezes era lamentavelmente surpreendido com o som da propaganda da rádio no meio da música, bagunçando tudo. E o espaço para as músicas gravadas nas fitas era bem pequeno, com pouco mais de dez de cada lado. Hoje, com um pen drive minúsculo, você consegue reunir milhares de músicas gravadas facilmente dos seus discos, arquivos e das plataformas de streaming, com a melhor qualidade sonora;    
- Antigamente, em algumas profissões, você tinha que datilografar processos e contratos e demais documentos na máquina de escrever e se errasse um tantinho, mesmo que na última linha, tinha que rasgar a folha toda e recomeçar do zero, uma tragédia e um desperdício de tempo, dinheiro e paciência. Hoje, com os computadores, a correção é bastante simples e tudo pode ser corrigido durante e depois da digitação, evitando perdas de tempo e de dinheiro;
- Antigamente muita gente fumava e em todos os ambientes, abertos ou não. Trabalhei anos e anos, incomodado, ao lado de colegas que deixavam o cigarro se acabar no cinzeiro, impregnando o ar com aquela fumaça horrorosa e cancerígena. Hoje é inadmissível que se fume em locais fechados e felizmente diminuiu bastante o número de fumantes no país, e consequentemente, de mortos por câncer provocado pelos cigarros;
- Antigamente a maioria das pessoas morria jovem, muitas acometidas de varíola, de gripe, de sarampo, de malária, de disenteria ou das mais simples infecções. Hoje temos vacinas, antibióticos e, com práticas de higiene básica, a mortalidade, sobretudo a infantil, diminuiu drasticamente e as pessoas têm saúde melhor e uma maior longevidade;
- Antigamente crianças morriam ou ficavam com deficiências graves por conta da inexistência ou falta de acesso às vacinas contra a poliomielite, por exemplo, comprometendo uma vida inteira. Hoje não, o acesso é fácil e as pessoas conscientes vacinam seus filhos contra todas as doenças e elas vivem em completa saúde;
- Antigamente os meninos, os pobres especialmente, tinham que sacrificar seus períodos de infância e adolescência no trabalho, para ajudar nas despesas de casa ou na própria sobrevivência. Muitos até abandonavam os estudos, caindo no analfabetismo que lhes causaria enormes prejuízos sociais e financeiros adiante. Hoje, mesmo com algo parecido ainda acontecendo ilegalmente, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proíbe firmemente qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos;



- Antigamente as mulheres contraíam matrimônio com a promessa e obrigação de jamais se separarem dos maridos, mesmo que estes lhes traíssem, humilhassem, sufocassem e até mesmo as agredissem fisicamente e de forma constante. Quem se rebelasse contra isso e tomasse a difícil decisão de sair do casamento passava a ser malvista na sociedade, tratada como algo próximo de uma prostituta. Hoje as mulheres se esforçam para serem independentes financeiramente e não se tornarem reféns de maridos infiéis e violentos, exercendo com todo direito sua liberdade;
- Antigamente muitas dessas mulheres se casavam em troca do dote, mesmo sem nunca ter conhecido o namorado ou pretendente, este escolhido pelos pais. E ainda podiam ser mortas em defesa da honra, se cometessem adultério, fato impensável atualmente, mesmo que infelizmente ainda corriqueiro;
- Antigamente, especialmente nós os meninos, tratávamos com desumanidade, escárnio e desprezo as pessoas deficientes. Era comum tratá-los como aleijados e xingá-los sem a menor condescendência. Atitudes que agora são passíveis de punição severa, por se tratar de crimes;
- Antigamente só tínhamos opção de assistir a TV Globo, SBT e Bandeirantes, e com uma péssima imagem em preto e branco. Atualmente o cenário do entretenimento mudou radicalmente, com inúmeras opções a serem acessadas, inclusive através da Internet, que democratizou o acesso à população. O triste e lamentável é que, pelo alto custo das assinaturas de TV e plataformas de streaming, muitos brasileiros ainda não podem usufruir dessa liberdade de escolha; 
- Antigamente não havia direitos sociais para os cidadãos. As mulheres não tinham direito ao voto, milhares de negros se encontravam em situação de escravidão e o status obtido ao nascer determinava a vida da pessoa durante toda a sua vida, sem a menor possibilidade de acesso a uma vida mais digna. Com uma sensível melhora nesse terrível quadro de injustiça, atualmente as minorias e os mais pobres tiveram uma ampliação do espaço e das oportunidades de estudo, crescimento e liberdade;
- Antigamente, alguns poderosos patrões tratavam seus empregados como escravos, sem direito a quaisquer direitos trabalhistas e com salário de fome. Os trabalhadores não tinham direito a nenhuma proteção pessoal, nem luvas, nem capacetes, nem botas, nada. Hoje, os trabalhadores, inclusive os domésticos, têm os seus direitos mínimos garantidos na Lei;
- Antigamente os alunos da zona rural iam para a escola a pé, debaixo de um sol escaldante, andando por vários quilômetros. Hoje eles têm à disposição ônibus seguros e confortáveis para esse tráfego; 
- Antigamente, pouquíssimas pessoas tinham acesso à faculdade e ao sonho de se formar em Medicina, Engenharia, Odontologia, etc. Só mesmo os ricos, os médicos, os fazendeiros, os grandes comerciantes é que tinham condição financeira para bancar os estudos dos filhos em cidades grandes que ofereciam educação superior. Felizmente hoje, alguns jovens de pouco poder econômico conseguem furar esta bolha e conquistar o sonho de se graduarem para o exercício de uma profissão mais respeitada e melhor remunerada.



Acho que já chega, senão ficarei aqui o dia inteiro exemplificando mais e mais fatos aqui que iriam preencher um espaço imensurável. 
O passado é sim, fonte de boas lembranças, de maravilhosos momentos vivenciados, de muitas coisas boas então disponíveis, sobretudo da liberdade na infância. Mas o tempo passa, as coisas mudam, o mundo evolui e precisamos entender o giro do universo, agradecendo por todas as melhorias sociais e econômicas, os avanços da Ciência, como no caso das vacinas que tantas mortes e males evitam a cada segundo. É preciso que lembremos com saudade do passado, mas temos que viver com intensidade total o presente, sempre mantendo a esperança de dias melhores no futuro. E ele virá, o futuro, muito melhor, mais feliz e mais justo, eu acredito!
Um grande abraço espinosense.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

2885 - A baiana Illy e a mineira Marina Sena juntas e sensuais na música

O tempo passa, as coisas mudam. Nos tempos idos, os artistas, para se tornarem conhecidos do grande público, tinham que se apresentar nos programas de rádio ou de TV e gravar discos, para depois sair pelo país fazendo shows e faturando uma boa grana. Hoje tudo mudou. Com a chegada da Internet, a explosão de sucesso pode acontecer de repente, a partir de um único vídeo postado no You Tube, por exemplo. Assim, muitos novos artistas estão se lançando no espaço musical e tornando-se fenômenos mundiais de sucesso. 
Um bom exemplo de explosão repentina na música é a nossa querida e talentosa norte-mineira Marina Sena, que está a cada dia preenchendo ainda mais seu espaço no caminho da fama mundial. Não que sua caminhada até aqui tenha sido curta e fácil, mas o estouro abrangente das suas músicas na Internet é um verdadeiro fenômeno. Outra cantora ainda pouco conhecida da massa está despontando com muita credibilidade, talento e ousadia. É a cantora Illy Gouveia, ou Illy, apenas. Ela nasceu em Salvador, na Baixa do Bonfim, e desde cedo viu a música penetrar em sua existência de forma incontrolável, infuenciada por poderosos artistas como Elis Regina, Maria Bethânia, Gal Costa, Djavan, Novos Baianos. Fez aula de canto, cantou em trilhas de peças de teatro, apresentou-se em cima de trio elétrico e liderou por algum tempo a banda "Samba Dibanda". Aí resolveu voar mais alto e se lançou na carreira solo, com um projeto em homenagem aos 100 anos de Dorival Caymmi em 2014. Foi buscar amplidão do seu trabalho no Rio de Janeiro em 2016, onde lançou o EP "Enquanto Você Não Chega", cuja música "Só Eu e Você" foi inserida na trilha sonora da novela "Sol Nascente", da TV Globo. Em abril de 2018, lançou o álbum "Voo Longe", onde canta canções de Chico César, Arnaldo Antunes, Djavan, J. Velloso, Quito Ribeiro, Jonas Sá, Alberto Continentino, Davi Moraes e Pedro Baby. Logo após vieram singles que ajudaram a colocar seu nome em evidência, "Pelos Ares", "Nós Dois Aqui", com Silva, e "Devagarinho 2.0", com Arnaldo Antunes e Baco Exu do Blues. Ousou como nunca, ao gravar o repertório da eterna Elis Regina em arranjos e interpretações completamente diversas das originais, em uma visão contemporânea da obra da grande influenciadora sua, no disco "Te Adorando Pelo Avesso".
Utilizando-se do seu canal na plataforma do You Tube, Illy apresentou a websérie "Illy e a MPB de Todos os Sons", em que ela canta ao lado de grandes nomes da música brasileira como Caetano Veloso, Raimundo Fagner, Chico César, Roberta Sá, Teresa Cristina, entre outros. 



Agora a baianinha prepara mais um disco, o terceiro álbum de estúdio, a ser lançado em fevereiro. O nome do disco é "O Que Me Cabe". Entre as canções deste novo trabalho estão "Réveillon", de autoria do grande Chico César, "O Conteúdo", de Caetano Veloso, "O Que Me Cabe", uma composição de Adriana Calcanhotto que dá nome ao álbum, e "Quente e Colorido", esta última com clipe lançado ao lado da autora mineirinha Marina Sena, uma maravilha.
O clipe de "Quente e Colorido", mostrado abaixo, foi rodado em Salvador, com cenas gravadas no histórico Cine-Teatro Jandaia na Baixa dos Sapateiros e em um casarão no bairro Santo Antônio Além do Carmo. O vídeo foi dirigido por Dauto Galli e a música foi produzida por Iuri Rio Branco. 
Um grande abraço espinosense.


 


Quente e Colorido
Marina Sena

A gente se ajeita de um jeito
Parece até que tem tempo
Que o mundo se ajeita
Pra ver a gente se encontrar
Tudo que já passei, crimes que cometi
Se fui fora da lei, se me comprometi
Se fui, já voltei, tentei, não consegui
Eu li na minha mão o meu caminho
Tudo que já rezei, parei na contramão
Eu me purifiquei, pisei com os pés no chão
Foi pra ver você chegar e me dizer
Que tudo que mais quer sou eu
Que tudo que passou valeu
Pra ver que é real, paraíso total
É tudo quente e colorido
Que tudo que mais quer sou eu
Que tudo que passou valeu
Pra ver que é real, paraíso total
É tudo quente e colorido
A gente se ajeita de um jeito
Parece até que tem tempo
Que o mundo se ajeita
Pra ver a gente se encontrar
Tudo que já passei, crimes que cometi
Se fui fora da lei, se me comprometi
Se fui, já voltei, tentei, não consegui
Eu li na minha mão o meu caminho
Tudo que já rezei, parei na contramão
Eu me purifiquei, pisei com os pés no chão
Foi pra ver você chegar e me dizer
Que tudo que mais quer sou eu
Que tudo que passou valeu
Pra ver que é real, paraíso total
É tudo quente e colorido
Que tudo que mais quer sou eu
Que tudo que passou valeu
Pra ver que é real, paraíso total
É tudo quente e colorido
Foi pra ver você chegar
Foi pra ver você chegar
Foi pra ver você chegar
Foi pra ver você chegar
Foi pra ver você chegar
Foi pra ver você chegar
Foi pra ver você chegar e me dizer 

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

2884 - Assassinato na poderosa família "Gucci"

Em 1906, o italiano o prestigiado estilista Guccio Gucci criou a famosa marca de moda Gucci. Quase cem anos depois, em 1995, este império sofreria um baque com um caso de assassinato no seio da família, com a morte do herdeiro da grife da moda, Maurizio Gucci, ocorrendo a mando de sua ex-esposa Patrizia Reggiani por um matador de aluguel. A socialite amante do glamour e do luxo, autora da frase "É melhor chorar em um Rolls-Royce do que ser feliz em uma bicicleta", estampava as manchetes de jornais e revistas e era foco dos programas jornalísticos de TV em todo o mundo. Esta história verídica que chocou a Itália e a indústria da moda, agora virou o filme "Casa Gucci", com direção de Ridley Scott e estrelado por Lady Gaga, Adam Driver, Al Pacino, Jeremy Irons, Jared Leto e Salma Hayek.
Patrizia Reggiani veio de família humilde, nascida em Vignola, na Itália, aos 2 de dezembro de 1948. A mãe sobrevivia com o emprego de garçonete e o pai biológico ela nunca conheceu. Com doze anos de idade, sua vida mudou para muito melhor, com o casamento da sua mãe com um rico empresário do setor de transportes, Ferdinando Reggiani. Tratada como rainha, a jovem recebia caros presentes do padrasto, de carros de luxo a casacos de pele, passando a frequentar a elite econômica de Milão. Em uma festa da alta sociedade, conheceu o rapaz que iria se tornar seu marido e pai das suas duas filhas, Alessandra, nascida em 1977, e Allegra, nascida em 1981. O rapaz era o Maurizio Gucci, herdeiro da fortuna do pai Rodolfo Gucci. O magnata nunca aprovou o seu relacionamento com a orgulhosa e egoísta Patrizia. Com a morte de Rodolfo, Maurizio assumiu o comando do império da moda, mas por divergências no comando da empresa, o seu casamento com Patrizia se deteriorou a tal ponto que foi inevitável a separação. Maurício deixou a casa em 1985 e o divórcio se fez em 1991. Com o ódio crescente com os novos relacionamentos amorosos do ex-amado e a perda do status, do poder e da vida de luxo, a socialite tramou o desaparecimento do marido, contratando por US$ 375 mil um assassino de aluguel para matá-lo. Quando entrava no prédio onde trabalhava, na manhã de 27 de março de 1995, Maurizio foi alvejado com quatro tiros, morrendo ali mesmo. Três anos depois, em novembro de 1998, Patrizia foi condenada a 29 anos de prisão. Em 2016 ela foi libertada por bom comportamento, após cumprir 18 anos de prisão.   
O filme, dirigido pelo competente veterano Ridley Scott de 83 anos, permite aos ótimos atores escalados a oportunidade para brilharem em seus papéis, sobretudo a protagonista talentosa Lady Gaga. Terminada a longa sessão de 2 horas e 30 minutos, a gente até sai do cinema com dúvidas sobre a culpabilidade ou não da acusada de ser alpinista social insensível, ambiciosa e manipuladora. 
Para tirar essa dúvida o melhor a fazer é ir assistir ao filme e tirar as próprias conclusões a respeito.
Um grande abraço espinosense.  


domingo, 23 de janeiro de 2022

2883 - Terminou o campeonato da AABB MOC que homenageou Osmano Damata

Na manhã quente e sufocante deste domingo, foram realizados os jogos finais do IX Campeonato Interno de Futebol Society da AABB-Associação Atlética Banco do Brasil de Montes Claros, que nesta edição homenageou o participativo e estimado associado Osmano Damata. Iniciado ainda em 2021, o campeonato reuniu centenas de associados aficionados pela bola, de todas as idades e capacidades técnicas, distribuidos em três categorias.

Fotografia: Reginaldo PM


Antes do início da primeira partida decisiva, entre os atletas da categoria Sênior, os times perfilados em campo ouviram a execução do Hino Nacional Brasileiro.  
Na categoria Sênior, o grande campeão foi o time do Fogo no Espeto, que de forma incontestável, venceu a equipe do Genvet por 2 x 0. Os gols da vitória e do título foram marcados por Marcelo, o grande artilheiro da categoria Sênior, e Ronaldo, o vice-artilheiro. Os árbitros foram Júnior e Fábio. Trabalharam como mesários Tiago e Churrasco. O Fogo no Espeto também havia vencido o Torneio Início da competição. 
FOGO NO ESPETO: Eduardo, Marquinho, Ricardo, Chapa, Gílson, Silvano, Júnior, Damião, Renato, Piruquinha, Léo Mota, Ronaldo, Marcelo, Bigode. Técnico: Góes.
GENVET: Iuri, Miro, Jáder, Zé, Marcão, Jardel, Wesley, Ataliba, Heron, Longuinhos, Danilo, Elson, Wilson, Pedro. Técnico: Wandaick.

Fotografia: Reginaldo PM

 
Na categoria Máster, a equipe vencedora e que levantou o troféu de campeão foi a do Eisenbahn, que bateu no jogo final a equipe do Abreu Portões pelo placar de 2 x 1, com gols de Allan e Valdir pro Eisenbahn e Aleandro pro Abreu Portões. Os árbitros foram Edvaldo e Camilo. Trabalharam como mesários Tiago e Churrasco.
ABREU PORTÕES: Aldair, Petinga, Chiquinho, Bigode, Aleandro, Baiano, Mazinho, Vandim, Jardel, Éder.
EISENBAHN: Thiaguinho, Allan, Mucambo, Pifpaf, Valdir, Liquin, Bilu, Itamar.

Fotografia: AABB MOC


Na categoria Aberto, o campeão foi o time do Fogo no Espeto, que ganhou a grande decisão contra o time do Império na disputa de pênaltis, após empate por 1 x 1 no tempo normal, gol de Filhão, para o Império, e de Rui, para o Fogo no Espeto. O Fogo no Espeto começou a série de batidas. Airton bateu e Sergipano defendeu. Ramon bateu e Nem também defendeu. Ricas bateu e mais uma vez Sergipano defendeu. Daniel chutou na trave. Gerinha cobrou e marcou. Tales bateu fraco e o goleiro Nem defendeu sem dificuldade, confirmando o título do Fogo no Espeto. Os árbitros foram Edvaldo e Juninho. Trabalharam como mesários Tiago e Churrasco.
IMPÉRIO: Sergipano, Rickinho, Daniel, Filhão, Bruno, Tales, Rafael, Natinha, Ramon. Técnico: Charles.
FOGO NO ESPETO: Nem, Airton, Gerinha, Índio, Ricardinho, Silvaninho, Fróis, Cleiton, Ricas, Rui. Técnico: Bezerra.

Fotografia: AABB MOC


Os jogadores que se destacaram na competição foram premiados com medalhas e troféus.
ARTILHEIROS:
Sênior: Marcelo (Fogo no Espeto) - 9 gols
Máster: Didi (Haras Pacuí) - 12 gols
Aberto: Jubinha (Betmais) - 12 gols
DESTAQUES:
Sênior: Ronaldo (Fogo no Espeto)
Máster: Valdir (Eisenbanh)
Aberto: Filhão (Império)
MELHORES GOLEIROS:
Sênior: Eduardo (Fogo no Espeto)
Máster: Aldair (Abreu Portões)
Aberto: Nem (Fogo no Espeto)

Os jogos foram transmitidos ao vivo pelo Canal da Bola no You Tube, com narração de Jáderson Nunes, comando de André Azevedo e imagens de Brau Marques.
Como sempre acontece ao final da disputa esportiva, os associados e seus familiares participaram da tradicional confraternização com muita animação, música, bate-papo e cerveja gelada. Final do ano tem mais, se Deus quiser! 
Um grande abraço espinosense.

sábado, 22 de janeiro de 2022

2882 - Biluzão finalmente inaugurado

A AABB-Associação Atlética Banco do Brasil de Montes Claros está passando por uma revolução nas suas instalações com as mudanças significativas contidas no Plano Diretor colocado em prática pelas recentes administrações do clube abebeano. Nos mais recentes anos, sob a direção dos presidentes Mauro de Almeida Rodrigues e Silvano Tolentino Câmara, o clube vem experimentando uma renovação espetacular das suas instalações, com construção de nova, moderna e ampla sede, de novo campo society de grama sintética homenageando o associado e ex-presidente José Carlos Gomes, de reformas do Campo Society José Geraldo Sindeaux Araújo e do ginásio poliesportivo Manoel Campolina de Figueiredo, do novo parque aquático infantil homenageando a pequena Ana Lívia Bandeira Araújo, de construção dos novos quiosques, e agora a mais recente realização, o excelente campo de futebol de grama natural. O novo espaço já disponibilizado aos associados para a prática do futebol, homenageia o fiel, leal, competente e querido funcionário Emílio César Malveira, carinhosamente tratado como Bilu.



Imagens do Canal da Bola no Youtube



Imagens: Valmir Barboza e Reginaldo PM


A inauguração do excelente espaço para a prática do futebol, com gramado natural, arquibancadas e alambrados, aconteceu na manhã ensolarada deste sábado, 22 de janeiro de 2022. Foi realizada uma partida amistosa com participação do presidente do clube, Silvano Tolentino, de alguns associados e de ex-jogadores de futebol profissional, como Leandro Silva Wanderley, lateral-esquerdo da equipe campeã da tríplice coroa do Cruzeiro Esporte Clube em 2003 (Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro), o lateral Ceará, o centroavante Somália, o zagueiro Célio Lúcio, o goleiro Glaysson, o lateral Alonso, o zagueiro Odair, entre outros. No time da AABB estiveram em campo o grande goleiro Everaldo e mais Rodinei, Nilsão, Walmir, Héber, Magal, Wilton, Waguinho, Celsinho, Heberth Haley, Tadeu, Marcelo, Iram, Marcelinho, Tim, Jorginho, Aquino, Douglas.
A partida terminou com o placar de 3 x 2 para o time dos ex-profissionais, com 2 gols de Somália e 1 de Di, enquanto Héber anotou os dois gols da equipe da AABB Montes Claros. Antes desta partida, outra foi realizada, com a participação dos associados da categoria Master da AABB Montes Claros contra a equipe da AABB Belo Horizonte. O time de Montes Claros venceu pelo placar de 4 x 2.
O Campo Emílio César Malveira, já batizado pela galera do clube como Biluzão, foi construído em 2020 e 2021, não sendo inaugurado anteriormente por causa da pandemia, mas esteve disponível aos associados nos meses finais de 2021 para a prática do futebol de campo e society. Finalmente agora em janeiro de 2022, com o pontapé inicial da partida amistosa sendo dado pelo homenageado, o estimado Bilu, o espaço foi inaugurado, com muita alegria e descontração, clima de harmonia que se estendeu na confraternização entre os participantes.
Um grande abraço espinosense. 


quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

2881 - O Brasil perde a guerreira Elza Soares

Hoje tomei conhecimento, entristecido, da morte da cantora Elza Soares, um ícone da música brasileira. Não, não serei hipócrita para me colocar agora como seu fã número um. Confesso que conheço pouquíssimo sobre sua carreira e admito sem o menor problema que eu nunca gostei do seu jeito distinto de cantar, mas a admiro por sua voz forte e poderosa e por sua história gigante de luta pela vida e pela defesa firme das suas convicções. Uma mulher guerreira que é exemplo para todos nós e especialmente para os menos favorecidos do nosso tão injusto país. Elza cantou o Brasil, defendeu os direitos das mulheres, lutou contra o preconceito, cantou até o fim, mesmo com problemas de saúde. 



Elza Gomes da Conceição nasceu no Rio de Janeiro em 23 de junho de 1930. Nascida pobre, na favela, filha de um operário e de uma lavadeira, passou por todas as dificuldades na vida. Casou-se forçada aos 12 anos, deu à luz aos 13, perdeu um dos filhos aos 15 e ficou viúva aos 21 anos. Teve ainda uma filha sequestrada que ficou desaparecida por muitos anos. Dos oito filhos gerados, quatro morreram, dois ainda pequenininhos, outro já adulto aos 59 anos e outro, filho dela com Garrincha, em um trágico acidente de carro, aos 9 anos, dor que a fez entrar em depressão, com tentativa de suicídio e uso de drogas. 
Elza cantava em bailes e decidiu participar do programa de calouros na Rádio Tupi apresentado pelo famoso compositor Ary Barroso, onde respondeu: "Do  planeta fome, seu Ary!" à pergunta "De que planeta você vem, menina?". Elza começou a fazer sucesso depois de gravar "Se Acaso Você Chegasse", em 1959. Gravou vários discos e se notabilizou por cantar Samba como ninguém. Ao conhecer Manoel Francisco dos Santos, o endiabrado craque do Botafogo cognominado Garrincha, apaixonou-se perdidamente e começou um relacionamento amoroso que causaria grande revolta nos conservadores da época, pela razão de o jogador ainda estar casado com outra mulher. Ela passou então por maus momentos, acusada de puta e vagabunda e atacada até em sua própria casa. Para suportar tamanha injustiça e covardia, teve que se mudar de cidade e até se apresentar no exterior por um tempo, para fugir da perseguição insensata dos "haters" daqueles tempos. O relacionamento com Garrincha foi bastante turbulento, muito pelo vício em álcool do jogador, que a agredia em casa, conforme relatos dela. Garrincha estava bêbado quando dirigia o carro que se acidentou e lançou para fora o corpo da mãe de Elza, Dona Rosária, levando-a à morte.



Elza teve uns períodos de ostracismo na carreira, renascendo das cinzas várias vezes, sempre tendo apoio de colegas como Caetano Veloso e Vander Lee, que gravaram músicas com ela em seus discos. Elza gravou 34 álbuns, alguns antológicos como "O Samba é Elza Soares" (1961), "Do Cóccix Até o Pescoço" (2002), "A Mulher do Fim do Mundo" (2015) e "Planeta Fome" (2019).
Elza Soares nos deixou nesta tarde de quinta-feira, às 15h45, em sua casa, de causas naturais, aos 91 anos de idade. Coincidentemente em um dia 20 de janeiro, mesma data em que foi embora o amor de sua vida, o genial Mané, em 1983, aos 49 anos.   
Elza foi uma mulher batalhadora, digna, forte, resiliente, que "comeu o pão que o diabo amassou", mas manteve a dignidade e foi artista até o momento final, pois gravou um álbum e um DVD dois dias anates da partida. Agora ela irá se reencontrar em algum lugar do universo com o maior amor de sua vida, "o anjo das pernas tortas", talvez agora para viver juntos em eterna paz de espírito. Que assim seja, Elza!  
Um grande abraço espinosense. 

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

2880 - Uma pungente saudade de 40 anos

Adoro loucamente música! Amo alguns tantos artistas, mas somente um deles conseguiu a proeza de me emocionar o bastante para que meu corpo inteiro se manifestasse de prazer, com os pelos se arrepiando todos ao ouvir a voz belíssima, encantadora e visceral da melhor cantora da história da música brasileira. Elis Regina Carvalho Costa, a "Pimentinha", ganhou o meu coração e minha alma logo de cara, quando meus ouvidos escutaram e meus olhos viram na TV sua comovente interpretação da maravilha composta pelos craques Chico Buarque de Hollanda e Francis Victor Walter Hime: "Atrás da Porta". Ali a paixão pelo talento da baixinha arretada explodiu em meu peito e nunca mais desvaneceu.
Neste 19 de janeiro de 2022 completam-se 40 anos desde que a maior voz da música brasileira se calou. Elis Regina foi-se embora desta vida e deixou uma multidão de admiradores com o coração partido. Eu, um deles. 
Elis cantou tudo e de uma maneira magnífica como só ela conseguia. Samba, Rock, Bolero, Bossa Nova, Jazz, MPB, o escambau. Cantou Tom Jobim, Beto Guedes, Fernando Brant, Belchior, Adoniran Barbosa, Guilherme Arantes, Vinícius de Moraes, Edu Lobo, Milton Nascimento, Ronaldo Bastos, Ivan Lins, Renato Teixeira, Aldir Blanc, João Bosco, Baden Powell, Paulo César Pinheiro, Erasmo Carlos, Roberto Carlos, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tim Maia, Jorge Ben, Guarabyra, Zé Rodrix, Violeta Parra, Chico Buarque, Francis Hime, Cartola, Paulinho da Viola, Djavan, Tunai, Sérgio Natureza, Gonzaguinha e até fez dueto com Pelé, tal a sua generosidade.    
Elis era um vulcão sempre em ebulição, uma pedra rolante em constante transformação, uma artista meticulosa sempre na busca da perfeição e do novo na música, descobrindo jovens compositores e os lançando ao mundo através das suas interpretações sublimes, impecáveis, magistrais, saídas do fundo da alma. Elis é e será incomparável. Elis é única! Foi um desperdício que aquela gigante de 1,54m tenha nos deixado tão precocemnete, aos 36 anos de idade, uma perda irreparável não só para nós, seus fãs, ou para os brasileiros, mas também para a música mundial. Que ela esteja em paz no seu descanso eterno. Continuaremos aqui nos deliciando com seu enternecedor talento de produzir emoções prazerosas através da música. Obrigado por tudo, Elis! 
Um grande abraço espinosense.

Uma dica! E grátis! Se você esteve viajando por Júpiter, Saturno ou Marte nos últimos 77 anos e ainda não sabe quem é Elis Regina e nunca teve a oportunidade de se apaixonar perdidamente após ouvi-la cantar uma única canção, basta acessar o site http://www.elisregina.com.br. Lá você poderá ouvir todos os discos gravados pela Pimentinha. Nunca é tarde para ser feliz!


   

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

2879 - O que esperar de 2022?

Janeiro nem bem chegou e já está quase acabando, e as expectativas para o ano de 2022 são as mais altas dos últimos tempos para os clubes mineiros. 


O América se prepara para a sua primeira participação na Copa Libertadores da América, uma conquista de significativa importância, como também para repetir a boa performance no Campeonato Brasileiro da Série A, com a meta de permanecer por mais uma temporada na elite do futebol do país. Em 2021, o time alviverde terminou na oitava posição, com 53 pontos, garantindo assim a classificação inédita à Copa Libertadores de 2022. Claro que a conquista do título do Campeonato Mineiro não está fora dos planos. O clube teve algumas mudanças no elenco, com as saídas do destaque Ademir para o rival Atlético, do zagueiro Eduardo Bauermann para o Santos, além do adeus dos atletas Anderson, Alan Ruschel e Ribamar e mais a perda temporária do goleiro Matheus Cavichioli devido à uma cirurgia no coração e a devolução ao Mirassol do atacante Fabrício Daniel. Em compensação, o elenco ganhou novas caras no CT Lanna Drumond, como os zagueiros Gabriel Gomes, Éder, Germán Conti e Iago Maidana, o lateral-direito Raúl Cáceres, o atacante Everaldo e o meio-campista Índio Ramírez. A diretoria ainda busca mais alguns reforços, com negociações em curso com o veterano atacante Wellington Paulista, o goleiro Jaílson, ex-Palmeiras e o grande goleiro Fábio, ex-Cruzeiro. Se a contratação do Fábio realmente se confirmar, será ótimo para todo mundo. Para o Cruzeiro, que vê o seu ídolo Fábio continuar sua vitoriosa carreira; para o América, por se reforçar com um excelente profissional e ainda um ótimo arqueiro; e para o Fábio, que aos 41 anos, quase se aposentando, terá oportunidade de voltar às disputas da primeira divisão e da Libertadores da América. A permanência do meio-campista argentino Mauro Zárate ainda não está confirmada. A equipe americana de BH vai estrear na temporada de 2022 contra a Caldense, no Ronaldão, em Poços de Caldas, pela primeira rodada do Campeonato Mineiro, no dia 26 de janeiro. A estreia na segunda fase da pré-Libertadores, contra o Guaraní, do Paraguai, será realizada no dia 23 de fevereiro, no Estádio Independência, em Belo Horizonte, com o jogo da volta ocorrendo no dia 2 de março, no estádio Rogelio Silvino Livieres, em Assunção.


O Cruzeiro aposta todas as suas fichas na conquista do retorno da equipe à elite do futebol brasileiro, com o sonho de deixar a Série B depois de três anos de permanência na segunda divisão. Agora transformado em SAF-Sociedade Anônima do Futebol, o clube mineiro comprado pelo ex-jogador Ronaldo Nazário luta contra as pesadas dívidas e as imensas dificuldades financeiras para a montagem de uma equipe competitiva com poucos recursos em mãos, apostando em jovens das categorias de base e alguns outros jogadores mais experientes. O time sofreu muitas mudanças, a principal delas a saída controversa do ídolo Fábio, dispensado após não acertar condições de renovação com a nova administração do clube. Outro que foi dispensado foi o treinador Vanderlei Luxemburgo, que deu lugar ao jovem técnico uruguaio Paulo Pezzolano. Também saíram Cáceres, Wellington Nem, Ariel Cabral, Sassá, Léo Santos, Keké, Rhodolfo, Joseph, Jean Victor, Norberto, Felipe Augusto, Marcinho e Rafael Sobis, este último encerrando a carreira e pendurando definitivamente as chuteiras. Foram incluídos no elenco os goleiros Rafael Cabral e Gabriel Brazão, o lateral-direito Gabriel Dias, os volantes Willian Oliveira, Fernando Neto e Pedro Castro, os zagueiros Maicon e Mateus Silva e os atacantes Edu e Waguininho. Com tanta mudança no clube, de administração, de visão de negócio, de orçamento, de comissão técnica e de jogadores, o Cruzeiro deixa apreensiva sua imensa e apaixonada torcida. Tudo é uma incógnita na Toca da Raposa. Só mesmo lá no final de dezembro é que saberemos se a temporada foi de sucesso ou de mais um fracasso retumbante na história do grande e glorioso clube brasileiro. O Cruzeiro iniciará a temporada no dia 26 de janeiro, quando recebe a URT, no Mineirão, pelo Campeonato Mineiro. No final de fevereiro ou início de março, estreará na Copa do Brasil enfrentando o Sergipe, em jogo único disputado na casa do adversário. A estreia na Série B do Campeonato Brasileiro, principal objetivo do ano, será no início de abril, ainda sem divulgação do adversário.


Já o multicampeão Atlético navega em águas menos turbulentas, diria muito serenas. Depois de uma temporada impecável, com a conquista do triplete Campeão Mineiro, Campeão da Copa do Brasil e Campeão Brasileiro e sendo eliminado da Copa Libertadores ainda invicto na semifinal contra o Palmeiras, o Galo conseguiu manter a base do time vencedor do ano de 2021 e ainda conseguiu alguns reforços importantes. A maior baixa no elenco foi a saída do excelente zagueiro, o xerife paraguaio Junior Alonso, titular absoluto de Cuca na temporada passada. Também deixaram a Cidade do Galo os meio-campistas Nathan (foi pro Fluminense), Alan Franco (foi pro Charlotte) e Hyoran (foi pro Red Bull Bragantino), e o atacante Diego Costa, que alegou problemas familiares de adaptação a Belo Horizonte para não permanecer no clube. As novidades no elenco são o veloz atacante Ademir, o veterano zagueiro Diego Godín e o atacante Fábio Gomes, contratados pelo clube. Também se integraram ao elenco o zagueiro Vitor Mendes e o meio-campista Guilherme Castilho, que estavam emprestados ao Juventude, além dos talentosos meninos da base Gabriel Delfim (goleiro), Rubens (meio-campista), Luiz Filipe e Felipe Felício (atacantes). Para comandar de forma positiva e vencedora este elenco bastante qualificado, o Atlético contratou, depois de tentativas frustradas de trazer Jorge Jesus, Carlos Carvalhal e Eduardo Berizzo, o treinador Antonio Ricardo Mohamed Matijevich, também conhecido como El Turco. O técnico argentino de 51 anos chegou à Cidade do Galo elogiando a grandeza do clube e prometendo muito trabalho, alegria e um time jogando para vencer, com muita raça, união e competitividade. O seu contrato com o Galo é de um ano, prorrogável por mais um. Com ele chegaram três auxiliares para integrar a nova comissão técnica do clube: Gustavo Lema (Assistente Técnico), Carlos Kenny (Preparador Físico) e Julio Hezze (Assistente Técnico). Antonio Mohamed era o técnico do Tijuana no ano de 2013, quando a equipe mexicana foi eliminada pelo Atlético na Libertadores naquela partida histórica do famoso "Milagre do Horto", em que o ex-goleiro Victor defendeu o pênalti cobrado por Riascos, nos acréscimos. Assim como o Hulk foi o grande destaque da equipe nesta temporada extremamente vitoriosa, tenho a impressão de que este ano será o ano do craque Nacho Fernández. Espero que eu esteja certo. O Atlético estreia no Campeonato Mineiro no dia 26 de janeiro, contra o Vila Nova, no Castor Cifuentes. Já no dia 20 de fevereiro, o Galo enfrentará o Flamengo, pela decisão da Supercopa, em local a ser definido, valendo o primeiro título da temporada.
Vamos então torcer para que os nossos representantes mineiros no futebol mundial sejam abençoados pelos deuses dos estádios e consigam atingir os seus objetivos nesta temporada que promete ser emocionante.
Um grande abraço espinosense.          

2878 - Robert Lewandowski é o melhor jogador de futebol do mundo pela segunda vez consecutiva

Finalizando a temporada de premiações de 2020/2021, o eficiente e especialista em colocar a bola dentro das redes adversárias, o atacante alemão do poderoso Bayern de Munique Robert Lewandowski, foi premiado pela FIFA como o melhor jogador de futebol do mundo em cerimônia realizada ontem na Suíça. O competente artilheiro suplantou na votação os craques Lionel Messi, do Paris Saint-Germain, e Mohamed Salah, do Liverpool, e ganhou pela segunda vez consecutiva o Prêmio The Best. De forma incontestável, o goleador alemão se destacou de maneira especial, tornando-se o maior artilheiro da Europa nos três últimos anos. Na última temporada, marcou 69 gols em 69 jogos pelo Bayern e pela Seleção da Polônia, média espetacular de um gol por partida. Pelo Bayern, foi campeão alemão e da Supercopa da Alemanha no ano. 
A melhor jogadora de futebol do mundo é a Alexia Putellas Segura, meio-campista espanhola que atua no Barcelona, onde ganhou a tríplice coroa nesta temporada, os títulos da Liga dos Campeões, da Copa da Rainha e do Campeonato Espanhol. A craque da Seleção Espanhola também foi premiada com a Bola de Ouro, em novembro do ano passado. O prêmio masculino de melhor do mundo entregue pela revista France Football foi para Lionel Messi. 



Todos os premiados no The Best:
Melhor jogadora: Alexia Putellas (Barcelona)
Melhor goleiro: Edouard Mendy (Chelsea)
Melhor goleira: Christiane Endler (Lyon)
Prêmio Puskás de gol mais bonito: Erik Lamela (Tottenham, atualmente no Sevilla)
Melhor treinador: Thomas Tuchel (Chelsea)
Melhor treinadora: Emma Hayes (Chelsea)
Fan Award: torcedores da Dinamarca e da Finlândia, por homenagem a Eriksen
Fair Play: seleção e médicos da Dinamarca, por atendimento a Eriksen
Prêmios especiais: Cristiano Ronaldo e Christine Sinclair



Apesar de receber votos de Messi, Thiago Silva e do treinador da seleção do Laos, Selvaraj Vengadasalam, para melhor do mundo, o craque brasileiro Neymar repete anos anteriores e fica de fora da disputa pelo tão cobiçado prêmio individual, nunca conquistado por ele. É o quarto ano seguido que o atacante brasileiro não chega entre os três melhores. Ele ficou na terceira posição em 2015 e 2017, na quarta posição em 2016, na nona posição em 2020 e nem entrou entre os dez primeiros em 2018 e 2019. Nesta temporada ele ficou na 10ª posição após os votos dos capitães e treinadores de seleções e dos jornalistas. Para efeito de comparação do prestígio, o meio-campista brasileiro Jorginho, do Chelsea, teve 41 votos para melhor jogador do mundo, enquanto Neymar levou apenas três. Esse fracasso desanimador do maior craque brasileiro da atualidade, deve-se às suas seguidas lesões, à sua limitada presença em campo de jogo e ao seu péssimo e comprometedor comportamento na vida privada. O atleta está perto de completar 30 anos de idade e o tempo está se esgotando para que ele consiga deixar seu nome registrado no panteão dos melhores jogadores do mundo. Este ano ele terá uma ótima oportunidade de, finalmente, se destacar fazendo o que mais sabe, jogando bola defendendo o PSG na Champions League e a Seleção Brasileira na Copa do Qatar.  
Os ganhadores do prêmio The Best foram Lionel Messi (6 vezes: 2009-2010-2011-2012-2015-2019), Cristiano Ronaldo (5 vezes: 2008-2013-2014-2016-2017), Ronaldo (3 vezes: 1996-1997-2002), Zinedine Zidane (3 vezes: 1998-2000-2003), Ronaldinho Gaúcho (2 vezes: 2004-2005), Robert Lewandowski (2 vezes: 2020-2021), Lothar Matthaus (1991), Marco Van Basten (1992), Roberto Baggio (1993), Romário (1994), George Weah (1995), Rivaldo (1999), Luís Figo (2001), Fabio Cannavaro (2006), Kaká (2007) e Luka Modric (2018).
Um grande abraço espinosense. 



sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

2877 - E quando eu morrer?

Desde o dia 20 de maio de 2010, quando eu, influenciado por Zé Lúcio, resolvi criar este simples espaço para falar de tudo um pouco, mas especialmente da minha Espinosa, tenho noticiado aqui perdas irreparáveis de conhecidos e amigos queridos, não sem estar com o coração doído e desolado, às vezes completamente despedaçado. Tive o pesar de comunicar aqui a vocês o falecimento de amigos queridos como Gera de Vavá, Negão da Oficina, meu compadre Daílson, Tintin, Nivaldo Faber, Deca, Tio Genésio, Walter Cabeção e Djair Fróis (e tantos outros) e até do meu filho Ricardinho. É sempre muito dolorido e angustiante ter que noticiar essas perdas. Com essa angústia me incomodando certo dia, passei a matutar: "E quando chegar a minha vez? Quem fará a comunicação da minha morte?"
Que morrerei é a única certeza absoluta que tenho na vida. E este fato não deve demorar muito tempo, pois estou perto de "sessentar". Às vezes nem consigo acreditar que já vivi tanto tempo, e com tamanha felicidade proporcionada por Deus. E como Deus é bom para mim! Mesmo com algum pesado sofrimento no caminho, não posso reclamar da vida, nunca, jamais! 
Quando a minha ortotanásia acontecer (peço a Deus e espero que assim seja, sem sofrimento), certamente aparecerão amigos e conhecidos me enchendo de elogios, algo como "era tão bonzinho", como acontece com todo mundo que vai embora deste mundo. Aos leais e verdadeiros, ficarei grato pelo carinho demonstrado. Mas consciente que sou, com o corpo inerte e morto mas com a alma ainda ativa e sagaz, sei que escutarei ao longe sussurrados comentários de amigos, conhecidos e inimigos tachando-me de "metido a intelectual", de "metido a comentarista", de "arrogante", de "imbecil", de "babaca", de "doido" e até de "canalha" ou quem sabe um "já vai tarde!". Pode ser até que haja queima de fogos de artifício em comemoração à minha partida. Nenhum problema. Faz parte! E certamente eu tenha sido um pouco de cada coisa dessas, eventualmente. Sou um humano pecador e nunca fui nem quis ser exemplo para ninguém. Equivoquei-me muitas vezes durante minha viagem terrena, confesso. E me arrependo bastante por ter cometido todos esses erros. O que me conforta é que evoluí e aprendi a não cometê-los mais uma vez. Mas vou-me embora deste mundo com a consciência completamente tranquila, serena e em paz, por ter, pelo menos, tentado fazer o melhor. Não consegui sempre, é verdade, mas sempre tentei buscar a perfeição, como todo bom virginiano metódico e perfeccionista nascido em setembro. 
Pode parecer loucura, e talvez seja mesmo, mas imagino que ao morrer, somos apresentados em alguma portaria de repartição celeste parecida com as que vemos ao visitar parques florestais. Ali seremos recepcionados com atenção e gentileza por um servidor de São Pedro que nos apresentará, sem preocupação com o tempo que não mais existirá, um vídeo contendo todas as nossas ações na vida terrena. Excluídas as cenas de sono e vida cotidiana sem maior importância, serão focalizadas em uma gigantesca tela em 8K as nossas boas e más ações, em uma completa retrospectiva da nossa trajetória. Ali, sem espaço para que espalhemos fake News ou façamos deturpações da realidade, teremos que encarar todas as nossas atitudes realizadas durante nossa existência, se de maioria positiva ou negativa, se de amor ou ódio, se de paz ou guerra, se de humildade ou arrogância, se de partilha ou avareza, se de altruísmo ou ganância, se de perdão ou mágoa. Ali, diante das nossas escolhas feitas em vida, veremos se verdadeiramente merecemos entrar no Reino dos Céus ou se vamos nos queimar eternamente no fogo do inferno. Será mesmo assim? Jamais saberemos até que chegue nossa hora, mas é assim que imagino o pós dia final. Deve ser por isso que alguns me chamam de doido, não é mesmo?



Obviamente vocês não verão neste nosso humilde blog o comunicado da minha morte. Então já imagino e antecipo o que poderia sair escrito aqui, algo inusitado e fantasioso como:
"Faleceu nesta manhã ensolarada de domingo o bancário aposentado Eustáquio Tolentino, também tratado como "Taquinho", "Grilo", "Zé Oim", "Gringo", "Tepepa", "Ostaco" e "Aos Pedaços" pelos mais íntimos. Ele morreu ainda no campo da AABB Montes Claros depois de um sofrer um infarto fulminante durante a comemoração após marcar um gol de bicicleta na final do campeonato interno de futebol society do clube. Foi-se embora desta vida feliz, certamente, já que jogar futebol marcando gols era uma das coisas que mais amava. Eustáquio veio de família humilde da Rua da Resina em Espinosa e conseguiu realizar muitos dos seus sonhos, sempre evidenciando o seu agradecimento e gratidão a Deus. Pautou sua vida pela defesa da Verdade, da Paz, da Amizade e da Justiça Social. Como bom virginiano, tentou atingir a perfeição em tudo que fez e viveu, mas infelizmente, por ser humano, falhou fragorosamente na tarefa. Adorava muita coisa, de música a cinema, de futebol a um bom papo no boteco, mas odiava hipocrisia, deslealdade, desonestidade e arrogância. Começou a trabalhar ainda com seus 13 anos e aposentou-se após 35 anos de labuta no Banco do Brasil. Como últimos desejos, deixou registrado o anseio de ser sepultado em Espinosa sem choro nem vela, apenas com a presença festiva e alegre dos que realmente o amam e com música ambiente das canções que apreciava. Deixou uma mensagem à esposa, filhos, cachorros, familiares e amigos: "Obrigado por terem me suportado todos esses longos anos. Amo todos vocês, uns mais, outros menos, mas amo todos vocês". Que descanse em paz, se o merecer!"
Espero que este dia ainda demore um pouco, não tenho pressa, ouviu, meu Deus?       
Um grande abraço espinosense.   

2876 - A Vovó do Galo subiu aos céus

O que leva alguém a amar incondicionamente um clube de futebol? Conquistas memoráveis de títulos? Vitórias consagradoras? Triunfos contra o principal rival? O espírito de luta? A beleza da camisa? Um pouco de cada isso ou efetivamente nada disso? Como se explica essa paixão avassaladora que leva pessoas ao delírio, por muitas vezes perdendo a razão? A verdade é que amor não precisa ser explicado. Ele brota inexplicavelmente do coração das pessoas sensíveis e humanas e pronto, está lá instalado para sempre.



Quem ama de verdade, não mata, não tortura, não violenta, não machuca, não agride, não sufoca, não insulta, não ultraja, não causa sofrimento a ninguém, humano ou animal. Quem ama verdadeiramente espalha amor por todos os lados. E um amor verdadeiro se manifesta até o segundo final, até a chegada da irreversível partida para o além. Assim é que ontem, 13 de janeiro de 2022 (tinha que ser no dia 13), infelizmente, uma torcedora símbolo do Clube Atlético Mineiro partiu para a eternidade aos 101 anos de idade. A célebre Vovó do Galo, dona Ana Cândida de Oliveira Marques, deixou esta vida terrena, mas só depois de testemunhar as brilhantes conquistas dos bicampeonatos da Copa do Brasil, do Campeonato Brasileiro e do Campeonato Mineiro na última temporada.



Dona Ana Cândida não perdia uma partida do seu amado Atlético em Belo Horizonte, sendo sempre vista nas arquibancadas do Mineirão e do Independência levando seu apoio incondicional ao time em campo. Amava e era amada pelos membros da diretoria, funcionários e atletas do clube. E era idolatrada pela imensa Massa Atleticana, que a tratava com o maior carinho. Quis o destino que ela se despedisse em um dia 13, o número do Galo, e completamente feliz após um ano quase perfeito de desempenho do time, ganhando quase tudo que disputou na temporada de 2021. 
Que a apaixonada Vovó do Galo descanse na mais completa paz, continuando a torcer e a mandar energias positivas ao seu e ao nosso amado Atlético lá dos Céus. Amém!
Um grande abraço espinosense.           

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

2875 - Guanambiense Lunardo Giordani e seu amor pela arte da interpretação

Dia desses, fiz uma descoberta que me trouxe bastante surpresa e alegria. Isto, por gostar muito de cinema e por descobrir um jovem ator, e agora assistente de direção de filme, que é integrante de uma família querida de amigos especiais, a Giordani dos meus amigos Francelino e Alair. O personagem real em questão é o jovem ator Lunardo Giordani, fruto do amor de "Mainha" e "Painho", como ele trata carinhosamente seus pais, Simone e Humberto, este infelizmente falecido há pouco tempo. 
Lunardo nasceu na nossa vizinha cidade de Guanambi, localizada a apenas 100 km de Espinosa. Ali, aos 13 anos, ao subir em um palco para participar de um espetáculo teatral amador, ele se conectou com o seu destino: ser ator. E aí, com apoio incondicional dos pais zelosos, ele abriu asas e voou alto para desbravar terras distantes e desconhecidas, na maravilhosa cidade do Rio de Janeiro, na difícil, turbulenta e imprevisível luta para se formar na arte da interpretação. Encontrando afago e proteção em terras cariocas, ele se formou em Artes Cênicas na CAL - Casa das Artes de Laranjeiras. Participou de vários projetos, inclusive do curta-metragem " Flautista", uma adaptação do "Flautista de Hameling", premiado no 72HORAS RIO Festival de Filmes como "Melhor Cinematografia" e "Melhor Maquiagem" entre 300 competidores.


A última novidade é que o Lunardo agora tornou-se assistente de direção de uma produção cinematográfica que está sendo rodada no Rio de Janeiro, ainda sem previsão de lançamento. Com a estreia na direção do diretor artístico da Globo Fred Mayrink, experiente diretor de novelas na TV, o filme "Meus 4 Maridos" pretende contar, com leveza e bom-humor, a história da jornalista que, chegando aos 50 anos de idade, se toca da necessidade de comemorar a soma dos seus 25 anos de casamento (Bodas de Prata) com seus quatro diferentes maridos. Para isso ela os convida, sem que eles tenham conhecimento da presença dos demais, para um jantar em sua casa, onde lembranças do passado virão à tona em alta temperatura. Com a presença da protagonista Naura Schneider (Joana) e dos atores Toni Garrido (Charles), Antônio Fragoso, Monique Curi (Andrea), Carlos Simões, Jorge de Sá e Bruno Padilha (Fábio), a produção trata dos diferentes tipos de relacionamento de forma descontraída e bem-humorada, mas tocando em temas importantes como o racismo e a homofobia.

Ficha Técnica
DIRETOR: Fred Mayrink
PRODUTORA EXECUTIVA: Erica de Freitas
ASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO: Lunardo Giordani
ELENCO: Naura Schneider, Monique Curi, Antônio Fragoso, Bruno Padilha, Toni Garrido, Carlos Simões e Jorge de Sá
ARGUMENTO: Naura Schneider
ROTEIRO: Renata Mizrahi
PRODUÇÃO: Voglia Produções
PATROCÍNIO: CLARO e CVC


A carreira de ator não é fácil e em muitos casos não rentável como deveria, mas fazer o que se gosta traz muito mais realização, alegria e prazer que a riqueza. Assim, desejo ao Lunardo toda a sorte do mundo, muito sucesso e a realização pessoal de ver o seu trabalho artístico reconhecido pelo público e pela crítica especializada. Que Deus o abençoe nesta caminhada árdua e imprevisível, mas encantadora e revitalizante.
Um grande abraço espinosense. 

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

2874 - Infelizmente, mais perdas humanas em Espinosa

Lamentavelmente retorno aqui para registrar mais perdas humanas em Espinosa. É muito triste e nada agradável fazer isso, mas a verdade deve ser dita, mesmo que dolorosa. Em alguns casos, nem fico sabendo do ocorrido, o que me impede de comunicar aqui o fato.  
Há pouco, tomei conhecimento do falecimento de Gera, filho da minha querida Dona Preta do finado Ananias. Quero deixar registrado aqui o meu sentimento de pesar pela morte de Gera e o meu abraço caloroso, fraterno e solidário a Dona Preta, Tina, Cláudio, Beth e aos demais familiares.


Soube também do falecimento de um jovem rapaz de nome Kauan, que não conheço, morador da comunidade de Lagoa do Marruaz, que foi encontrado morto horas depois de desaparecer no rio próximo à Vila de Santana quando tentava atravessar para a outra margem montado em um cavalo. Aos seus familiares, o meu profundo sentimento de tristeza e minha solidariedade neste momento tão terrível e doloroso.


Fiquei sabendo ainda, com um certo atraso, da morte de um grande e querido amigo, o Dezinho. A confirmação do seu falecimento foi me passada por Wagner Oliva hoje. Conheci Dezinho quando eu era um adolescente trabalhando na Mercearia Ramos, de Albino, na Rua da Resina, fundos do Mercado Velho. Dezinho e seus colegas açougueiros se reuniam ali no final do dia para descansar de um dia duro de trabalho, batendo papo e tomando uma cerveja ou uma pinga. Fiz boas amizades com ele, Pia, Léo, Zezé de Varisco e outros mais. Anos depois, fui seu cliente assíduo no barzinho que ele abriu na Rua 31 de Março, próximo à Praça Geraldo Ramos de Oliveira, ou Praça da Meteorologia. Fizemos boas farras ali, com ótimos momentos vivenciados de alegria e amizade. A última vez que nos encontramos aconteceu há muito tempo, quando o 9 de Março foi jogar um amistoso contra a turma do Núcleo. Sempre com seu chapéu preto, Dezinho foi um cidadão leal, trabalhador e amigo. Terei sempre por ele grande carinho e consideração. Aos seus familiares, mesmo com demora, externo os meus profundos sentimentos de pesar.


Esta tarefa de comunicar as partidas das pessoas, causa-me bastante tristeza e esmorecimento. Mas assim é a vida, uma roda-viva de alegrias e tristezas, de vitórias e derrotas, de nascimentos e mortes, de prazeres e dores ininterruptas até que chegue o dia do juízo final. Que saibamos aproveitá-la da melhor maneira, sem ganância, mentira, arrogância, violência e ódio. E que os nossos irmãos falecidos possam descansar em completa paz no Reino dos Céus! 
Um grande abraço espinosense.

domingo, 9 de janeiro de 2022

2873 - Morreu meu tio Ninho Freitas

Infelizmente tomei conhecimento do falecimento do meu tio, por parte de pai, Aureliano de Freitas, bastante conhecido na cidade de Espinosa pelo seu apelido de Ninho. 
Tio Ninho foi ativo personagem na história espinosense, atuando como Delegado de Polícia nos anos 70 e como assessor e chefe de gabinete do seu irmão Alvacy de Freitas, o Preto, quando este foi eleito para comandar a administração municipal. Prestou relevantes serviços à comunidade espinosense, sempre disponível para colaborar com a população. Por algum tempo, foi um dinâmico desportista na área do futebol. Tinha como uma característica pessoal tratar os interlocutores como "chefe". 
Pessoalmente, tenho muito o que agradecer ao tio Ninho, pelo valioso e fundamental suporte à minha saudosa mãe quando esta se separou do seu irmão Alysson Freitas, o Louro Mineiro. Ele, assim como os tios Preto e Bola, apoiaram bastante a nossa família em tempos incertos e difíceis, daí a minha enorme gratidão.    
À minha tia Maria, esposa de tio Ninho, e aos filhos Ernani, Luciene e Inácia, os meus mais profundos sentimentos de pesar e o pedido ao bom Deus para que lhes ampare neste momento de tamanha tristeza e sofrimento com a partida de tio Ninho. Peço desculpas por não poder estar presente em Espinosa para acompanhar o seu velório e sepultamento. 
Que Deus conceda bastante fé, resignação e força a todos os familiares para superar este terrível momento de dor e desalento. E que Ele acolha tio Ninho em Seu Reino para o descanso eterno e sereno após a missão terrena cumprida com louvor.
Um grande abraço espinosense.






sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

2872 - Pathy agora é atleta do Praia Clube de Uberlândia

Na tarde desta sexta-feira, 7 de janeiro de 2021, foi realizado um evento para a apresentação das novas atletas da equipe de vôlei de praia do Praia Clube de Uberlândia (MG). São elas a Duda, a Victoria, a Tainá e a nossa gigante vencedora Ana Patrícia Silva Ramos, a Pathy.
O projeto da instituição presidida por Carlos Augusto (Guto) Braga pretende proporcionar as melhores condições para que as meninas possam se preparar da melhor maneira para a disputa dos Jogos Olímpicos de Paris em 2024, focando na conquista de medalhas. Para prepará-las com toda a atenção e cuidado, estará disponível uma comissão técnica competente e experiente com 12 profissionais e um centro de treinamento completo da modalidade de vôlei de praia. 
Nas Olimpíadas de Tóquio 2020, Duda e Pathy disputaram os jogos formando dupla com outras parceiras. Agora juntas novamente, elas poderão repetir o ciclo vitorioso das categorias de base, quando foram campeãs dos Jogos Olímpicos da Juventude em 2015 e campeãs mundiais sub-21 em 2016 e 2017. Tainá e Victoria será a outra dupla com pretensão de ganhar medalha em Paris.



Eis os dados das meninas:
Ana Patrícia Silva Ramos (Pathy) - Espinosa (MG) - Nascimento: 29-09-1997 - Altura: 1,94m
Eduarda Santos Lisboa (Duda) - São Cristóvão (SE) - Nascimento: 01-08-1998 - Altura: 1,80m
Tainá Silva Bigi (Tainá) - Aracaju (SE) - Nascimento: 31-07-1995 - Altura: 1,76m
Victoria Lopes Pereira Tosta (Victoria) - Ivinhema (MS) - Nascimento: 16-09-1999 - Altura: 1,78m



O Praia Clube surgiu em julho de 1935, da união de 12 praticantes da natação que compraram um pedaço de terra ao lado do Rio Uberabinha para utilização do local para esporte e lazer: Boulanger Fonseca, Enéas de Oliveira Guimarães, Fausto Savastano, Floramante Garófalo, Gercino Borges, Hermes Carneiro, José Carneiro Júnior, José de Oliveira Guimarães, Lourival Borges, Mário Guimarães Faria, Oscar Miranda e Roman Balparda. O clube uberlandense ocupa uma área de cerca de 301 mil m² com moderna e imponente infraestrutura para atividades esportivas, culturais e de lazer, contando com portarias, estacionamentos, restaurantes, parques aquáticos, academias, ginásios, piscinas, quiosques, quadras outdoor e indoor, complexos de judô e tênis, campos de futebol de campo e society, quadras de areia, postos de enfermagem, salão para eventos, pista de atletismo e até uma Área de Preservação Permanente (APP).



Futuro definido, é hora de Pathy e sua nova parceira Duda se empenharem ao máximo nos treinamentos para melhorarem ainda mais a parte física e recuperarem o velho entrosamento que lhes levou a conquistas importantes quando mais jovens. Como sempre, estaremos enviando as melhores energias e torcendo como nunca para que elas conquistem vitórias, medalhas, pódios, prêmios e o topo do esporte no mundo. E que Pathy, especialmente, continue a nos dar orgulho por levar positivamente o nome da nossa Espinosa a todo o planeta.
Um grande abraço espinosense.