Lamentavelmente retorno aqui para registrar mais perdas humanas em Espinosa. É muito triste e nada agradável fazer isso, mas a verdade deve ser dita, mesmo que dolorosa. Em alguns casos, nem fico sabendo do ocorrido, o que me impede de comunicar aqui o fato.
Há pouco, tomei conhecimento do falecimento de Gera, filho da minha querida Dona Preta do finado Ananias. Quero deixar registrado aqui o meu sentimento de pesar pela morte de Gera e o meu abraço caloroso, fraterno e solidário a Dona Preta, Tina, Cláudio, Beth e aos demais familiares.
Soube também do falecimento de um jovem rapaz de nome Kauan, que não conheço, morador da comunidade de Lagoa do Marruaz, que foi encontrado morto horas depois de desaparecer no rio próximo à Vila de Santana quando tentava atravessar para a outra margem montado em um cavalo. Aos seus familiares, o meu profundo sentimento de tristeza e minha solidariedade neste momento tão terrível e doloroso.
Fiquei sabendo ainda, com um certo atraso, da morte de um grande e querido amigo, o Dezinho. A confirmação do seu falecimento foi me passada por Wagner Oliva hoje. Conheci Dezinho quando eu era um adolescente trabalhando na Mercearia Ramos, de Albino, na Rua da Resina, fundos do Mercado Velho. Dezinho e seus colegas açougueiros se reuniam ali no final do dia para descansar de um dia duro de trabalho, batendo papo e tomando uma cerveja ou uma pinga. Fiz boas amizades com ele, Pia, Léo, Zezé de Varisco e outros mais. Anos depois, fui seu cliente assíduo no barzinho que ele abriu na Rua 31 de Março, próximo à Praça Geraldo Ramos de Oliveira, ou Praça da Meteorologia. Fizemos boas farras ali, com ótimos momentos vivenciados de alegria e amizade. A última vez que nos encontramos aconteceu há muito tempo, quando o 9 de Março foi jogar um amistoso contra a turma do Núcleo. Sempre com seu chapéu preto, Dezinho foi um cidadão leal, trabalhador e amigo. Terei sempre por ele grande carinho e consideração. Aos seus familiares, mesmo com demora, externo os meus profundos sentimentos de pesar.
Esta tarefa de comunicar as partidas das pessoas, causa-me bastante tristeza e esmorecimento. Mas assim é a vida, uma roda-viva de alegrias e tristezas, de vitórias e derrotas, de nascimentos e mortes, de prazeres e dores ininterruptas até que chegue o dia do juízo final. Que saibamos aproveitá-la da melhor maneira, sem ganância, mentira, arrogância, violência e ódio. E que os nossos irmãos falecidos possam descansar em completa paz no Reino dos Céus!
Um grande abraço espinosense.
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