O que leva alguém a amar incondicionamente um clube de futebol? Conquistas memoráveis de títulos? Vitórias consagradoras? Triunfos contra o principal rival? O espírito de luta? A beleza da camisa? Um pouco de cada isso ou efetivamente nada disso? Como se explica essa paixão avassaladora que leva pessoas ao delírio, por muitas vezes perdendo a razão? A verdade é que amor não precisa ser explicado. Ele brota inexplicavelmente do coração das pessoas sensíveis e humanas e pronto, está lá instalado para sempre.
Quem ama de verdade, não mata, não tortura, não violenta, não machuca, não agride, não sufoca, não insulta, não ultraja, não causa sofrimento a ninguém, humano ou animal. Quem ama verdadeiramente espalha amor por todos os lados. E um amor verdadeiro se manifesta até o segundo final, até a chegada da irreversível partida para o além. Assim é que ontem, 13 de janeiro de 2022 (tinha que ser no dia 13), infelizmente, uma torcedora símbolo do Clube Atlético Mineiro partiu para a eternidade aos 101 anos de idade. A célebre Vovó do Galo, dona Ana Cândida de Oliveira Marques, deixou esta vida terrena, mas só depois de testemunhar as brilhantes conquistas dos bicampeonatos da Copa do Brasil, do Campeonato Brasileiro e do Campeonato Mineiro na última temporada.
Dona Ana Cândida não perdia uma partida do seu amado Atlético em Belo Horizonte, sendo sempre vista nas arquibancadas do Mineirão e do Independência levando seu apoio incondicional ao time em campo. Amava e era amada pelos membros da diretoria, funcionários e atletas do clube. E era idolatrada pela imensa Massa Atleticana, que a tratava com o maior carinho. Quis o destino que ela se despedisse em um dia 13, o número do Galo, e completamente feliz após um ano quase perfeito de desempenho do time, ganhando quase tudo que disputou na temporada de 2021.
Que a apaixonada Vovó do Galo descanse na mais completa paz, continuando a torcer e a mandar energias positivas ao seu e ao nosso amado Atlético lá dos Céus. Amém!
Um grande abraço espinosense.
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