Espinosa, meu éden

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segunda-feira, 5 de agosto de 2024

3530 - O sonho de participar das Olimpíadas

Se até nós, simples espectadores confortavelmente posicionados a uma larga distância, sentados no sofá diante da TV, nos emocionamos com as conquistas e performances dos atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos de Paris, imaginem então os protagonistas competidores in loco. 
E sim, por mais que tenhamos que ter a devida humildade em reconhecer que estamos bem distantes das maiores potências esportivas do planeta e dos seus milionários investimentos em estrutura e remunerações, precisamos louvar, incentivar e comemorar os grandes feitos dos nossos atletas representantes na maior festa do esporte no mundo. Temos que entender perfeitamente que os nossos valorosos atletas competem com os melhores do mundo e que as poucas e suadas vitórias devem ser muitíssimo bem comemoradas, fruto de anos e anos de dedicação extrema. É claro que devemos sempre reivindicar mais investimentos no esporte em geral, bem como mais profissionalismo na preparação dos competidores, mas enquanto isto não ocorre como desejamos, temos mais é que apoiar incondicionalmente nossos compatriotas nesta luta dura e difícil contra os maiores expoentes do esporte mundial.




E nestes Jogos Olímpicos de Paris algumas imagens me emocionaram bastante. Nem só os vencedores merecem aplausos e congratulações, mas todos os competidores que, com toda dedicação e sacrifício, prepararam-se por anos e anos para tentar realizar a façanha de conquistar uma medalha olímpica, esta peça tão cobiçada por qualquer atleta do mundo. E nós, brasileiros, que infelizmente na História das Olimpíadas, não somos protagonistas e líderes do quadro de medalhas, temos que comemorar muito cada medalha conquistada, cada posição honrosa obtida, cada performance incrível realizada. Temos que nos emocionar e chegar às lágrimas com a vitória magnífica da judoca Beatriz "Bia" Souza levando o Ouro; com as Medalhas de Prata do judoca William Lima, no judô, e do Caio Bonfim na marcha atlética; e com as Medalhas de Bronze da Larissa Pimenta, no judô, da Bia Ferreira, no boxe, e das equipes mistas feminina e masculina no judô, com os atletas Rafaela Silva, Beatriz Souza, Ketleyn Quadros, Leonardo Gonçalves, Willian Lima e Rafael Macedo. 



E como não se emocionar com a "Fadinha" Rayssa Leal, de 16 anos, no skate street, com a Medalha de Bronze? E a Rebeca Andrade, essa menina linda, simpática e talentosa que "arrebentou a boca do balão" na ginástica artística, ganhando uma Medalha de Ouro no exercício de solo, duas Medalhas de Prata (uma no individual geral e outra no salto) e uma de Bronze na prova por equipes, ao lado das ginastas Flávia Saraiva, Júlia Soares, Jade Barbosa e Lorrane dos Santos? E só não chegou mais longe, ou mais alto no pódio, porque existe um fenômeno praticamente imbatível chamado Simone Biles Owens.



E as meninas da Seleção Brasileira de Vôlei que estão arrasando nas quadras de Paris? E a Seleção Brasileira de Futebol Feminino, que realizou uma façanha de valor incomensurável ao derrotar a poderosa anfitriã França em uma partida memorável, com defesa de pênalty pela goleiraça Lorena e absurdos 18 minutos de acréscimos dados pela árbitra norte-americana Tori Penso, chegando à fase semifinal do torneio? É muita coisa boa para celebrarmos com orgulho e alegria!



E como não nos solidarizar com a atleta do salto em altura Valdileia Martins, que infelizmente lesionou o seu tornozelo esquerdo, lesão que a impediu de competir na final? E com o Hugo Calderano, que chegou às semifinais, tornando-se o primeiro brasileiro a realizar a façanha no tênis de mesa em Olimpíadas? E com a Seleção Brasileira de Basquete Masculino que amanhã terá a difícil e praticamente impossível tarefa de vencer o Dream Team americano? Saber perder é fundamental, tanto no esporte como na vida, sempre reconhecendo os vencedores e prestigiando os vencidos. Por isso adoro as Olimpíadas, onde o segundo e terceiro lugares são muito valorizados por todos, especialmente os atletas, cenário completamente diferente do futebol, onde apenas o primeiro colocado é festejado.


 
Ao contrário da ideia estúpida de alguns desmiolados adeptos da lacração em rede social e mídia, os atletas não se dedicam, com enorme sacrifício durante dias, meses e anos em uma preparação física, técnica e emocional dura, dolorosa e desgastante, abrindo mão de tanta coisa, simplesmente para passear e fazer sexo na Cidade Luz. É muita imbecilidade de quem assim imagina. Quem tem o mínimo espírito esportivo ou já praticou algum esporte na vida, mesmo que de forma amadora, jamais entrará em uma competição séria e tão importante para fazer gracinha, como imaginam alguns ineptos por aí, lamentavelmente sem noção da realidade. Nossos valorosos atletas, dedicados e dignos assim como a nossa conterrânea Pathy, merecem muito o nosso respeito, carinho e reconhecimento, independentemente de quais sejam os seus resultados nas competições. E que continuem lutando com alegria, perseverança e fé para a realização dos seus sonhos e o engrandecimento do nome do nosso Brasil no mundo!  
Um grande abraço espinosense.
     

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