Esta nossa existência, dádiva maior do Criador, é sabidamente extremamente fugaz. Nossa vida é algo como um parque de diversões. Temos os choques de opiniões com os familiares e amigos, como naqueles carrinhos de bate-bate. Temos as voltas que a vida nos oferece, como no carrossel. E temos o vai e vem do nosso ciclo de vitórias e derrotas levando-nos, às vezes ao topo, outras vezes à base, como na roda-gigante. E assim vamos alternando alegrias e tristezas em série.
Enquanto comemoramos com intensa felicidade a chegada de novos habitantes ao planeta Terra, ao mesmo tempo lamentamos a partida de pessoas queridas. Já havia noticiado aqui o falecimento do meu prezado amigo Peixoto, agora é hora de registrar outra perda irreparável de uma pessoa de suma importância em minha vida, Dona Edite.
Edite Gonçalves Silveira foi a minha primeira professora, ainda no Grupo Escolar Dom Lúcio localizado na esquina da Praça Coronel Joaquim Tolentino com a Rua da Imprensa, onde hoje funciona o Centro Social Araci Sepúlveda. Dona Edite foi a minha professora do primeiro ano escolar. Naquela época havia uma professora só, para lecionar todas as matérias. E eu tive a honra, o privilégio e a felicidade de tê-la como minha mestra inicial, com toda sua simpatia, gentileza e competência. A gratidão, o carinho e a consideração por ela ainda se mantêm intocáveis em meu coração. Só tenho a agradecer por tudo que significou em minha caminhada educacional. Sua precoce partida me entristeceu bastante e imagino a dor de Seu Agostinho, de Carla e dos demais familiares neste momento de dor.
Assim, consternado, quero deixar aqui registrado o meu verdadeiro sentimento de pesar e lamento por tão grande perda. Rogo ao Senhor Deus para que dê força, fé e resignação aos familiares e amigos de Dona Edite para que possam suportar a tristeza e o sofrimento neste momento de profunda angústia.
Que minha mestra Edite tenha o merecido descanso no Reino dos Céus! E obrigado por tudo!
Um grande abraço espinosense.
Dona Edite com amigas, a quarta a partir da esquerda
Dona Edite com a família, a terceira em pé a partir da esquerda
Perdi uma pessoa muito querida. Peixoto faleceu hoje em Montes Claros. Os mais velhos irão se lembrar da pessoa maravilhosa casada com Oneida e que nos anos 70 foi gerente da agência do Banco do Brasil em Espinosa, colecionando amigos e espalhando gentileza e bom humor por onde passava.
Não tive a felicidade e o privilégio de trabalhar com Peixoto, mas tive a honra de ser por ele empossado no BB em Montes Claros, quando lá fomos, imediatamente após o sucesso no concurso, fazer exames médicos e realizar os atos burocráticos da inserção na empresa estatal. Ele nos recepcionou, eu e meus jovens colegas, com todo o carinho e atenção no prédio antigo do Banco do Brasil, ainda na Praça Doutor Carlos Versiani, dando-nos posse na função de escriturários.
Desde que mudei-me para Montes Claros, o encontrei algumas vezes e sempre foi um enorme prazer, pois ele era um gentleman, sempre alegre e bem humorado, perguntando de forma brincalhona se estava chovendo aqui em Espinosa.
A Dona Oneida e seus demais familiares, o meu sincero sentimento de pesar pela enorme perda. Peço a Deus para que lhes conceda bastante força e serenidade para aceitar os desígnios divinos e suportar esse momento tão triste e doloroso. Que Peixoto (O "Comandante", como eu carinhosamente o tratava) descanse na mais completa paz após sua missão cumprida exemplarmente nesta caminhada terrena.
Pela segunda vez na história, a grande final da Copa Libertadores da América foi disputada em jogo único, hoje, às 17 horas do dia 30 de janeiro de 2021 no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Em uma decisão doméstica entre os clubes paulistas Santos e Palmeiras, a Libertadores ficou nas mãos da equipe do Palmeiras, após a vitória por 1 x 0, gol de Breno Lopes aos 53 minutos do segundo tempo. Antes de a bola rolar no gramado do Maracanã, os craques Pepe, Bicampeão da Libertadores pelo Santos em 1962 e 1963, e Evair, Campeão da Libertadores pelo Palmeiras em 1999, levaram a cobiçada taça até o pedestal à beira do campo.
Com a conquista, o Palmeiras garantiu o direito de participar da Copa do Mundo de Clubes da FIFA de 2020 no Qatar, além de disputar o título da Recopa Sul-Americana de 2021 contra o campeão da Copa Sul-Americana de 2020. Pelo título o Palmeiras ainda embolsou US$ 15 milhões, perfazendo um total arrecadado em todo o torneio de US$ 22,55 milhões. Parabéns ao grande Campeão Palmeiras por mais uma conquista da Libertadores da América. Um grande abraço espinosense.
CAMPANHA DO PALMEIRAS FASE DE GRUPOS - GRUPO B: 04-03 - 2 x 0 Tigre (Fora) 10-03 - 3 x 1 Guaraní-PAR (Casa) 16-09 - 2 x 1 Bolívar (Fora) 23-09 - 0 x 0 Guaraní-PAR (Fora) 30-09 - 5 x 0 Bolívar (Casa) 21-10 - 5 x 0 Tigre (Casa) OITAVAS DE FINAL: 25-11 - 3 x 1 Delfín (Fora) 02-12 - 5 x 0 Delfín (Casa) QUARTAS DE FINAL: 08-12 - 1 x 1 Libertad (Fora) 15-12 - 3 x 0 Libertad (Casa) SEMIFINAL: 05-01-2021 - 3 x 0 River Plate (Fora) 12-01-2021 - 0 x 2 River Plate (Casa) FINAL: 30-01-2021 - 1 x 0 Santos
Atletas Campeões:
1 – Weverton (goleiro)
2 – Marcos Rocha
3 – Emerson Santos
4 – Kuscevic
5 – Patrick de Paula*
6 – Alan Empereur
7 – Gabriel Silva*
8 – Zé Rafael
9 – Luan Silva
10 – Luiz Adriano
11 – Rony
12 – Mayke
13 – Luan
14 – Gustavo Scarpa
15 – Gustavo Gómez
16 – Lucas Esteves*
17 – Matías Viña
18 – Ramires
19 – Breno Lopes
20 – Lucas Lima
21 – Wesley*
22 – Jailson (goleiro)
23 – Raphael Veiga
24 – Vinicius (goleiro)*
25 – Gabriel Menino*
26 – Renan*
27 – Gabriel Veron*
28 – Danilo*
29 – Willian
30 – Felipe Melo
31 – Mateus (goleiro)*
32 – Garcia*
33 – Jhow*
34 – Ramon Cirino*
35 – Jonathan*
36 – Vitinho*
37 – Erick Pluas*
38 – Marcelinho*
39 – Giovani Henrique*
40 – João Pedro*
41 – Lucas Bergantin (goleiro)*
42 – Vanderlan*
43 – Fabinho*
44 – Bruno Carcaioli (goleiro)*
45 – Juninho*
46 – Leandro (goleiro)*
47 – Ruan Ribeiro*
48 – Aníbal*
49 – Fabrício*
50 – Robinho*
CAMPANHA DO SANTOS FASE DE GRUPOS - GRUPO G: 03-03 - 2 x 1 Defensa y Justicia (Fora) 10-03 - 1 x 0 Delfín (Casa) 15-09 - 0 x 0 Olimpia (Casa) 24-09 - 2 x 1 Delfín (Fora) 01-10 - 3 x 2 Olimpia (Fora) 20-10 - 2 x 1 Defensa y Justicia (Casa) OITAVAS DE FINAL: 24-11 - 2 X 1 LDU (Fora) 01-12 - 0 x 1 LDU (Casa) QUARTAS DE FINAL: 09-12 - 1 x 1 Grêmio (Fora) 16-12 - 4 x 1 Grêmio (Casa) SEMIFINAL: 06-01-2021 - 0 x 0 Boca Juniors (Fora) 13-01-2021 - 3 x 0 Boca Juniors (Casa) FINAL: 30-01-2021 - 0 X 1 Palmeiras
Em uma rodada final emocionante, com os dois primeiros colocados na tabela de classificação chegando empatados em pontos (70), vitórias (19), empates (13), derrotas (5), saldo de gols (19) e em aproveitamento (63,1%), fato raro na competição, o competitivo Campeonato Brasileiro da Série B 2020 chegou ao seu fim na noite desta sexta-feira, 29 de janeiro. Em uma briga ferrenha pela primeira posição, as equipes de América e Chapecoense mostraram todo seu potencial técnico, tático, físico e psicológico até o último momento em busca da glória. Nesta disputa ponto a ponto após 38 rodadas, a Chapecoense saiu vitoriosa e levantou a taça pela primeira vez, ganhando o título pelo saldo de gols. Na 38ª rodada, a Chapecoense enfrentou o Confiança na Arena Condá e venceu pelo placar de 3 x 1, gols de Anselmo Ramon (2) e Perotti para a Chape e de Reis para o Confiança. No mesmo horário o América recebeu o Avaí no Independência e também ganhou por 2 x 1, gols do artilheiro Rodolfo e do veloz Ademir para o Coelho e de Getúlio para o time do coração de Guga. Com esses resultados, a Chapecoense ficou em vantagem e conquistou o título do Brasileirão Série B. Terminada a competição, além de Chapecoense e América, conquistaram o acesso à primeira divisão as equipes do Cuiabá e do Juventude. Foram rebaixadas as equipes do Figueirense, Paraná, Botafogo-SP e Oeste. Os maiores artilheiros da competição foram Caio Dantas (Sampaio Corrêa) com 17 gols, Léo Ceará (Vitória) com 16 e Paulo Sérgio (CSA) com 10. Parabéns aos clubes que ascenderam à primeira divisão do futebol brasileiro, América, Chapecoense, Cuiabá e Juventude, e à grande Campeã Chapecoense. Um grande abraço espinosense.
ELENCO DA CHAPECOENSE:
Goleiros: João Ricardo, Tiepo, Elias e Vagner.
Laterais: Rafael Santos, Busanello, Ezequiel, Matheus e Alan Ruschel.
Zagueiros: Felipe Santana, Luiz Otávio, Kadu, Joílson, Hiago e Derlan.
Volantes: Willian, Guedes, Alan Santos, A. Leite, Moisés Ribeiro, Tharlis e Ronei.
Meias: Evandro, Denner, Lima, Vini Locatelli e Roberto.
Atacantes: Mike, Bruno Silva, Felipe Garcia, Thiago Ribeiro, Perotti, Lucas Tocantins, Fernandinho, Paulinho, Foguinho, Aylon, Anselmo Ramon e Alan Grafite.
E não é que entre as tristes e sombrias novidades do cotidiano apareceu logo de manhãzinha um sopro monumental de ânimo e musicalidade no horizonte? A derradeira sexta-feira de janeiro do ano sem Carnaval e folia me traz um tanto de entusiasmo e reverdecimento ao descobrir na Internet mais um trabalho sonoro de qualidade ímpar da minha favorita "A Outra Banda da Lua".
A banda montes-clarense acabou de lançar um EP, denominado "Catapoeira", com cinco canções inéditas. A turma, sempre em mutação e ebulição, agora é formada por Marina Sena, Edssada, Matheus Bragança, André Oliva, Mateus Sizilio e Daniel Moço, mas continua mantendo o olhar astuto e detalhista nas coisas do mundo e do Sertão, em particular, com sua toada fundamentada em belos arranjos e incandescentes harmonias. Adoro o som desta turma, com uma paixão platônica, socrática e aristotélica pelo talento da Marina Sena.
CATAPOEIRA (2021)
1- Catapoeira (Marina Sena/Matheus Bragança)
2- Vento Que Bate (Marina Sena/Matheus Bragança)
3- Liga Essa Vitrola (Edssada)
4- Batuque De Catopê (Marina Sena/Matheus Bragança)
5- Chuva Pra Nós (Adriano Lélis/Edssada/Mateus Sizilio)
Não falo mais nada, pois é hora de ouvir o som da galera do nosso Sertão. Vamos lá?
Mesmo em meio à mortal pandemia do novo Coronavírus que assola o mundo inteiro, a vida precisa continuar. Felizmente, mesmo sem as tradicionais festas e animadas cerimônias de entrega de diplomas, por conta dos cuidados no combate à doença, os estudantes continuam finalizando os seus cursos superiores e alcançando os objetivos, realizando sonhos próprios e dos pais, para nossa alegria.
Assim é que mais uma jovem garota espinosense concluiu com êxito sua faculdade na UNIFIP MOC. Desta vez é a Ana Letícia Chaves, que terminou seu curso de Arquitetura em Montes Claros. Ela é filha dos meus amigos Maria Aparecida Chaves e Darley, a quem parabenizo pelo suporte e incentivo aos filhos para trilharem o caminho afortunado do conhecimento.
A Ana Letícia, as congratulações pela grande vitória educacional conquistada, certamente com muita dedicação e empenho nos estudos, rogando a Deus para que a abençoe na sua vida particular e a conduza ao sucesso na profissão escolhida, sempre pautada na ética, na retidão, na humildade e no respeito a outrem. Boa sorte e seja imensamente feliz, garota!
Há exatos 36 anos, no A&M Studios em Hollywood, Califórnia, o maestro Quincy Jones arrematava a gravação de um clássico fenomenal da música mundial. A canção, de autoria dos ícones Michael Jackson e Lionel Richie, seria lançada dias depois, em 07 de março de 1985, tornando-se um hino à paz e à solidariedade humana. A música "We Are the World" era parte do projeto "USA (United Support of Artists) For Africa", uma reunião de 45 astros e estrelas da música norte-americana para arrecadar fundos a serem destinados ao combate à fome na Etiópia. O dinheiro arrecadado pelo clipe, pelo álbum e pelo single, cerca de US$ 55 milhões, foi destinado ao combate à crise humanitária que matou mais de um milhão de africanos.
A música, uma maravilha de composição e interpretação, está no meu coração como uma das mais lindas que já ouvi. É um privilégio poder escutar as vozes e performances inspiradas de ícones como Lionel Richie, Stevie Wonder, Paul Simon, Kenny Rogers (1938–2020), James Ingram (1952–2019), Tina Turner, Billy Joel, Michael Jackson (1958–2009), Diana Ross, Dionne Warwick, Willie Nelson, Al Jarreau (1940–2017), Bruce Springsteen, Kenny Loggins, Steve Perry, Daryl Hall, Huey Lewis, Cyndi Lauper, Kim Carnes, Bob Dylan e Ray Charles (1930–2004). Infelizmente, alguns deles já nos deixaram. E outros mais participaram do coro, como La Toya Jackson, Janet Jackson, Tito Jackson, Randy Jackson, Marlon Jackson, Jermaine Jackson, Jackie Jackson, Waylon Jennings (1937–2002), Bette Midler, John Oates, Jeffrey Osborne, Anita Pointer, Issa Pointer, Ruth Pointer, Smokey Robinson, Dan Aykroyd, Harry Belafonte, Sheila E., Bob Geldof, Lindsey Buckingham e Steve Porcaro. A banda que os acompanhou na gravação teve até um brasileiro, o Paulinho da Costa na percussão, além de David Paich (sintetizadores), Michael Boddicker (sintetizadores, programação), Louis Johnson (1955–2015) (baixo), Michael Omartian (teclados), Greg Phillinganes (teclados) e John Robinson (bateria). A música explodiu no topo das paradas de sucesso, contagiando todo o mundo, vendendo milhões de cópias, arrecadando milhões de dólares para a causa e ganhando prêmios no Grammy.
Por mais que o tempo passe, a canção ainda permanece atualíssima e me toca profundamente o coração, fazendo-me emocionar pelo simples fato de acreditar em um mundo melhor e mais justo socialmente, em que pessoas solidárias e desprendidas se juntam com o belíssimo propósito de ajudar seus semelhantes em situação de calamidade. Gostaria muito que isto acontecesse muito mais vezes, em tempo integral em todas as comunidades do mundo, para que este planeta transbordasse abundantemente de amor, solidariedade e harmonia. Eu morrerei sonhando com isso. Um grande abraço espinosense.
WE ARE THE WORLD
Compositores: Michael Jackson e Lionel Richi
There comes a time When we heed a certain call When the world must come together as one There are people dying Oh, and it's time to lend a hand to life The greatest gift of all
We can't go on Pretending day-by-day That someone, somewhere soon make a change We're all a part of God's great big family And the truth, you know, love is all we need
We are the world We are the children We are the ones who make a brighter day, so let's start giving There's a choice we're making We're saving our own lives It's true we'll make a better day, just you and me
Oh, send them your heart So they know that someone cares And their lives will be stronger and free As God has shown us by turning stones to bread And so we all must lend a helping hand
We are the world We are the children We are the ones who make a brighter day, so let's start giving Oh, there's a choice we're making We're saving our own lives
It's true we'll make a better day, just you and me
When you're down and out, there seems no hope at all But if you just believe there's no way we can fall Well, well, well, well let us realize Oh, that a change can only come When we stand together as one, yeah, yeah, yeah
We are the world We are the children We are the ones who make a brighter day, so let's start giving There's a choice we're making We're saving our own lives It's true we'll make a better day, just you and me We are the world We are the children We are the ones who make a brighter day, so let's start giving There's a choice we're making We're saving our own lives It's true we'll make a better day, just you and mee We are the world (are the world) We are the children (are the children) We are the ones who'll make a brighter day, so let's start giving (so let's start giving)
There is a choice we're making We're saving our own lives It's true we'll make a better day, just you and me Oh, let me hear you! We are the world (we are the world) We are the children (said we are the children) We are the ones who'll make a brighter day so let start giving (so let's start giving) There's a choice we're making We're saving our own lives It's true we'll make a better day, just you and me, come on now, let me hear you We are the world (we are the world) We are the children (we are the children) We are the ones who'll make a brighter day so let's start giving (so let's start giving) There's a choice we're making We're saving our own lives It's true we'll make a better day, just you and me, yeah We are the world (we are the world) We are the children (we are the children) We are the ones who'll make a brighter day so let's start giving (so let's start giving) There's a choice we're making And we're saving our own lives It's true we'll make a better day, just you and me We are the world (are the world) We are the children (are the children) We are the ones who'll make a brighter day so let's start giving (so let's start giving) There's a choice we're making We're saving our own lives It's true we'll make a better day, just you and me We are the world, we are the world (are the world) We are the children, yes sir (are the children) We are the ones that make a brighter day so let's start giving (so let's start giving) There's a choice we're making We're saving our own lives It's true we'll make a better day, just you and me, ooh-hoo! We are the world (dear God) (are the world) We are the children (are the children) We are the ones that make a brighter day so let's start giving (all right, can you hear what I'm saying?) There's a choice we're making, we're saving our own lives
Nesses tempos desesperançados, sombrios e turbulentos da atualidade, nada como atravessar mais uma semana com uma boa e gostosa canção, mesmo que com uma pitada de melancolia. E ela foi há algum tempo disponibilizada no canal do You Tube da banda Rosa Neon. Leva o nome de "Não Tô Dando Conta", composição a três mãos e mentes de Luiz Gabriel Lopes, Marcelo Tofani e Marina Sena. A música, com a sonoridade cativante que é marca da banda mineira, é um retrato sutil e certeiro do nosso estado de espírito atual, em que um futuro belo, harmonioso e justo socialmente parece ser cada vez menos possível. As imagens do clipe são translúcidas, simples e despretensiosas, com os rostos dos artistas repousando e afundando lentamente em águas calmas de um mar infinito. Os versos demonstram o sentimento de cansaço, desilusão e desânimo de seus autores, decepcionados com o panorama atual do mundo, do país e da vida diante dos seus olhos sedentos de luz e alegria. Os versos são bastante diretos e claros ao fotografar sem retoques o triste cenário à nossa frente: "Nem sei, o mundo dá tanta volta, parece que tudo vai desmoronar, tá tudo estranho assim ou sei lá, sou eu que não tô dando conta." Mas não, Rosa Neon, não se pode desanimar e desistir dos sonhos de um mundo melhor, nunca! Desesperar, jamais! Um grande abraço espinosense.
"Não Tô Dando Conta" (Luiz Gabriel Lopes, Marcelo Tofani e Marina Sena)
cansei não tô com vontade de nada desculpa não tem nada a ver com você ou tem tudo a ver com você mas sei lá, sou eu que não tô dando conta nem sei o mundo dá tanta volta parece que tudo vai desmoronar tá tudo estranho assim ou sei lá sou eu que não tô dando conta eu só quero um tempo pra mim eu não quero te machucar não tô muito pra dizer sim uh uh uh uh uh tenho nada pra te pedir e não tenho nada pra dar eu só quero um tempo pra mim uh uh uh uh uu eu não tô dando conta
Neste momento tão doloroso para o mundo inteiro em que mais de dois milhões de pessoas perderam as vidas devido à pandemia do novo Coronavírus (no Brasil já são mais de 217 mil mortos), eis que mais uma triste notícia nos chega aqui em Espinosa. Morreu Levi Xavier da Silva, morador por muito tempo da minha Rua da Resina. Integrante da numerosa, respeitada e querida família Xavier, Levi estava perto de completar seus 64 anos de idade no próximo dia 28 de fevereiro. Os meus sinceros sentimentos de pesar aos filhos Marcelo e Márcio, à sua ex-esposa Márcia e aos demais familiares. Que Deus o receba de braços abertos no Seu Reino e que Levi descanse na mais completa paz. Um grande abraço espinosense.
A apaixonada torcida atleticana das Minas Gerais há muito sofre com as gozações dos seus arquirrivais cruzeirenses pelo fato de o clube alvinegro ter ganhado o Campeonato Brasileiro apenas em 1971, estando portanto na fila, à espera de nova conquista nacional, há longos e frustrantes 50 anos. O Atlético esteve na luta real pelo bicampeonato do Brasileirão em cinco oportunidades, terminando a competição com o segundo lugar nos anos de 1977, 1980, 1999, 2012 e 2015. Neste complicado campeonato de 2020, que terminará em 2021, o clube titubeou em vários jogos e perdeu a chance de estar na liderança, mas ainda mantém chances de 7% de conquistar o título, conforme projeções do site Infobola, do matemático Tristão Garcia. Se no time profissional a coisa não está como a torcida queria, na categoria Sub-20 é só alegria. Os garotos atleticanos conquistaram ontem o título brasileiro da categoria, ao vencer a equipe do Athletico na partida final, nos pênaltis.
Na primeira partida da decisão do Brasileirão Sub-20, jogando em casa no Estádio das Alterosas em Belo Horizonte, o Atlético venceu o Athletico pelo placar de 2 x 1, com gols de Júlio César e Iago, com Vinícius Mingotti descontando. Com a vantagem do empate, o Atlético foi até Curitiba ontem, domingo, 24 de janeiro de 2021, para enfrentar novamente o Athletico, desta vez no CT do Caju. E para variar, quando se trata de jogo do Atlético, foi emoção até o final. Com o resultado adverso ao time mineiro por 1 x 0, gol marcado por Rômulo aos 40 minutos do segundo tempo, a partida foi para a imprevisível decisão por pênaltis. O Athletico acertou as cobranças com Rômulo, Iago, Kawan e Luan Patrick. O Atlético fez os gols através das batidas de Pedro Henrique, Micael, Nogueira, Luís Eduardo e Guilherme Santos. O goleiro Gabriel Delfim, do Galo, que havia falhado feio, propiciando ao Athletico marcar o seu gol no tempo normal, redimiu-se heroicamente na terceira cobrança do time paranaense, defendendo com arrojo e precisão o chute de Edu, lance crucial que decretou a vitória mineira. Este é o primeiro título do Campeonato Brasileiro do Atlético na categoria Sub-20. Com a conquista, o Galo ganhou o direito de disputar a taça da Supercopa da categoria, que será contra o Vasco, campeão da Copa do Brasil Sub-20 desta temporada. No Brasileirão, o atacante Guilherme Santos, do Atlético, foi o artilheiro do torneio, com 13 gols marcados.
O Campeonato Brasileiro Sub-20 é uma mistura de pontos corridos com mata-matas. Na primeira fase, de pontos corridos, o Atlético terminou na liderança isolada, com 38 pontos ganhos em 19 partidas, com 11 vitórias, 5 empates e 3 derrotas, 36 gols marcados, 20 gols sofridos, 16 gols de saldo e um aproveitamento de 66,7%. Na fase de mata-matas, o Atlético passou nas quartas de finais pelo Palmeiras, com um empate sem gols em São Paulo e uma vitória por 1 a 0 em Belo Horizonte. Nas semifinais, o alvinegro das Alterosas eliminou o Corinthians, nos pênaltis, após dois empates por 1 a 1. Nos dois jogos da decisão, o Atlético venceu o Athletico por 2 a 1, em Belo Horizonte e perdeu por 1 a 0 em Curitiba, mas garantiu o título nos pênaltis.
A competição brasileira do Sub-20 é organizada pela CBF desde 2015, mas teve a sua primeira edição em 2006, quando ainda era organizado pela Federação Gaúcha de Futebol (de 2006 a 2014).
Campeões Brasileiros Sub-20 (Campeão e vice): 2006 - Internacional e Grêmio 2007 - Cruzeiro e Internacional 2008 - Grêmio e Sport 2009 - Grêmio e Atlético 2010 - Cruzeiro e Palmeiras 2011 - América (MG) e Fluminense 2012 - Cruzeiro e Internacional 2013 - Internacional e Palmeiras 2014 - Corinthians e Athletico 2015 - Fluminense e Vitória 2016 - Botafogo e Corinthians 2017 - Cruzeiro e Coritiba 2018 - Palmeiras e Vitória 2019 - Flamengo e Palmeiras 2020 - Atlético e Athletico
FICHA TÉCNICA: ATHLETICO 1 (4) x (5) 0 ATLÉTICO Competição: Campeonato Brasileiro Sub-20 Etapa: Final (jogo de volta) Data: 24/01/2021 Local: CAT do Caju Cidade: Curitiba (PR) Árbitro: José Mendonça da Silva Júnior (AB PR) Árbitro Assistente 1: Weber Felipe Silva (AB PR) Árbitro Assistente 2: Andrey Luiz de Freitas (BAS PR) Quarto Árbitro: Gustavo Nogas (BAS PR) Analista de Campo: Leandro José Mendes (CD PR) Gol: Rômulo Cardoso (40' - 2ºT) Gols na disputa de pênaltis: Pedro Henrique, Micael, Vinícius Nogueira, Luis Eduardo e Guilherme Santos (Atlético); Rômulo Cardoso, Iago, Kawan e Luan Patrick (Athletico). ATHLETICO: Leonardo Linck; Luca Caio (Iago), Edu, Luan Patrick, Raimar (João Victor), Kawan, Ramon (Dudu), João Pedro (Rômulo Cardoso), Jajá, Julimar e Vinícius Mingotti (Paulo Victor). Técnico: Rafael Guanaes. ATLÉTICO: Gabriel Delfim; Talison, Hiago Ribeiro, Micael, Kevin (Vinícius Nogueira), Iago, Wesley (Luis Eduardo), Giovani (Pedro Henrique), Júlio César (Rubens), Echaporã (Gabriel Santos) e Guilherme Santos. Técnico: Marcos Valadares. Cartões amarelos: Micael, Giovani, Iago (Atlético); Ramon, João Pedro, Raimar, Iago, Edu (Athletico)
A campanha vitoriosa do Atlético: PRIMEIRA FASE: Atlético 3 x 3 Botafogo (Fora) Atlético 1 x 1 Corinthians (Casa) Atlético 1 x 1 Vasco (Fora) Atlético 1 x 1 Ceará (Casa) Atlético 1 x 0 Sport (Fora) Atlético 4 x 1 Grêmio (Casa) Atlético 0 x 2 Athletico (Fora) Atlético 2 x 0 Chapecoense (Casa) Atlético 0 x 1 América (Fora) Atlético 5 x 1 Vitória (Casa) Atlético 4 x 1 Palmeiras (Fora) Atlético 1 x 0 Santos (Casa) Atlético 1 x 0 Bahia (Fora) Atlético 2 x 1 Flamengo (Casa) Atlético 4 x 3 Goiás (Casa) Atlético 2 x 1 Internacional (Fora) Atlético 1 x 1 Fluminense (Casa) Atlético 2 x 0 São Paulo (Fora) Atlético 3 x 0 Cruzeiro (Casa) QUARTAS DE FINAIS: Atlético 0 x 0 Palmeiras (Fora) Atlético 1 x 0 Palmeiras (Casa) SEMIFINAIS: Atlético 1 x 1 Corinthians (Fora) Atlético 1 (5) x 1 (4) Corinthians (Casa) FINAIS: Atlético 2 x 1 Athletico (Casa) Atlético 0 (5) x 1 (4) Athletico (Fora)
O Campeonato Brasileiro chega às suas derradeiras rodadas levando entusiasmo, esperança e emoção a maior parte das apaixonadas torcidas brasileiras, tanto na parte de cima da tabela de classificação, na briga pelo cobiçado título de campeão, quanto na parte de baixo, na desesperada luta contra o rebaixamento à segunda divisão. Lá no final da tabela, na chamada zona da degola, Botafogo, Goiás e Coritiba parecem não ter mais fôlego e capacidade para promoverem uma reviravolta histórica ou um verdadeiro milagre para se livrarem do descenso. Outras grandes equipes brigam alucinadamente para escaparem do preenchimento da última vaga. Vasco, Sport, Bahia, Fortaleza, Atlético-GO, Athlético, Bragantino e Ceará ainda podem preenchê-la, dependendo do rendimento daqui em diante. Desta lista, os quatro últimos têm pouquíssima chance de cair, enquanto os quatro primeiros vão continuar passando sufoco se não melhorarem a pontuação.
Mas a briga boa está mesmo nas primeiras posições, com nada menos que seis equipes ainda com boas possibilidades de levantar a taça em fevereiro. Com os últimos resultados, algumas se distanciaram do objetivo maior e outras aumentaram as chances matemáticas de ser campeão. Conforme as projeções do site Infobola, do matemático Tristão Garcia, o atual líder isolado da competição, o Internacional de Abel Braga, aparece com 50% de chances de ser o grande campeão do Brasileirão 2020. O Colorado mantém a ponta com 59 pontos em 31 jogos, com 17 vitórias, apresentando uma performance impressionante de nada menos que cinco vitórias nos últimos cinco jogos. Está embalado o Saci, agora o favorito mor. O segundo colocado, o São Paulo de Fernando Diniz, tem 57 pontos em 31 jogos, com 16 vitórias. O Infobola lhe dá 17% de chances de título. O time que já foi líder teve uma caída exponencial, com três derrotas, uma vitória e um empate nos seus últimos cinco jogos, um desempenho preocupante e desanimador. O Flamengo de Rogério Ceni está na terceira colocação, com 55 pontos em 30 jogos, com 16 vitórias. O time é forte candidato ao título, principalmente pelo elenco privilegiado que possui e por estar já fora de outras competições. Passou por turbulências há poucos dias, mas parece estar reencontrando seu equilíbrio. É, sem dúvida, um adversário poderoso na briga pela taça e não pode ser subestimado. Na previsão do Infobola, ele conta com 14% de chance de ser campeão. Na quarta posição vem o meu Galo, com excelente performance no segundo turno, atrás apenas do líder Internacional, com um aproveitamento de 66,7% no returno e de 60% no geral. Tem 54 pontos em 30 jogos, com 16 vitórias, mesmo número de conquistas de São Paulo e Flamengo que estão à sua frente. Sobre o Atlético, falo mais adiante. As chances de título estão em 14%, igual ao Flamengo. O Palmeiras vem em quinto lugar com 51 pontos em 30 jogos, com 14 vitórias e uma possibilidade de título de apenas 3%. Contra o Verdão pesa a disputa simultânea de outras duas competições. Em ambas ele estará disputando o título, na Copa do Brasil, contra o Grêmio, e na Libertadores, contra o Santos. Pode arrebentar, levando sua torcida ao delírio com quatro conquistas importantes na temporada (já ganhou o Paulistão), como também pode levá-la à completa frustração, se fracassar em todas. A distância entre o sucesso e o fiasco é muito tênue. Para completar o sexteto, o Grêmio está na sexta posição com 51 pontos em 30 jogos, com 12 vitórias. O tricolor gaúcho perdeu apenas três partidas, mas empatou demais. Contra si estão a distância de oito pontos para o líder, mesmo com uma partida a menos, como também o desgaste pela disputa da Copa do Brasil com o Palmeiras em breve. Suas chances, de acordo com o Infobola, são mínimas, de 2%.
Vamos falar especificamente do meu Atlético agora. Conforme já dito, o Infobola nos dá 14% de chances de título, mesma probabilidade do poderoso Flamengo. Estamos na briga ainda, portanto. Olhando apenas o desempenho no returno, o Atlético aparece muito bem nos números. Em 11 jogos, conquistou 22 pontos, com 6 vitórias, 4 empates e apenas 1 derrota, um desempenho de 66,7%, similar ao do líder Inter. Ou seja, estamos muito bem na tabela e na performance, ainda com boas chances. Mas mesmo com essas boas probabilidades e números de eficiência, uma parte da torcida atleticana continua a criticar ferozmente o trabalho desenvolvido no clube pelo treinador Jorge Sampaoli. Alguns mais radicais, impacientes e inflamados, detonam todos os atos do técnico e até pedem a sua demissão imediata. Isso tudo faltando apenas sete rodadas para o término do campeonato. Entendo muito bem a frustração e o desejo engasgado na garganta de nós, atleticanos, de novamente erguermos a taça de Campeão Brasileiro, tantas vezes nos retirada das mais várias formas, algumas até polêmicas e suspeitas. Já ficamos na vontade em nada menos que cinco ocasiões. Em 1977 perdemos invictos o título para o São Paulo nos pênaltis, no Mineirão, mesmo com 10 pontos a mais. Em 1980 perdemos em pleno Maracanã para o gigante Flamengo de Zico e companhia, com arbitragem suspeita. Em 1999 perdemos para o Corinthians, por pouco. Em 2012 deixamos escapar o título para o Fluminense. E em 2015, ficamos distantes de suplantar o endiabrado Corinthians campeão.
Compreendo a vontade de voltarmos ao pódio e à alegria de comemorarmos mais um título de Campeão Brasileiro, ainda mais após um hiato de 50 anos. Mas mesmo apaixonados pelo clube, devemos nos guiar pela razão e pela sensatez. Qualquer observador mais atento do cenário esportivo nacional verá, sem qualquer dificuldade, que o Atlético não possui o melhor elenco do futebol brasileiro no momento. Estamos muito atrás do Flamengo e do Palmeiras, principalmente. Com os demais, Internacional, Grêmio e São Paulo, talvez estejamos nivelados em termos de elenco. Temos sim um bom time, bastante talentoso, competitivo e aguerrido, mas falta-nos um banco de reservas de qualidade igualada com os titulares, o que faz enorme diferença em uma competição tão difícil e exigente. Temos que nos conscientizar de que não somos o Bayern ou o Real Madrid ou o Barcelona de tempos atrás, gigantes que batiam sem cerimônia os seus adversários, mostrando toda sua superioridade econômica e futebolística. É claro que sonhamos com o título, e será mágico se ele vier, mas se ele não acontecer, temos que comemorar com alegria uma classificação para a disputa da Libertadores na próxima temporada. Torcedor verdadeiro é o que apoia o clube e o time em todas as circunstâncias da história. Agora mesmo o nosso maior rival está passando pelo pior momento de sua história, com dívidas astronômicas, dois anos seguidos na segunda divisão e a possibilidade real de insolvência. Enquanto isso, estamos em um ótimo momento da nossa trajetória, com a taça levantada de Campeão Mineiro, com o time feminino também Campeão Mineiro, com o time do Sub-20 na final do Brasileirão, com o time principal nas primeiras posições da tabela do Brasileirão, com chances reais de ganhar o título, e com as obras do nosso estádio próprio em plena operação, o que nos permite sonhar com um futuro muito mais brilhante, estruturado e conquistador do clube. Há algum tempo não muito distante, estávamos literalmente quebrados, tomando goleadas, dando vexame e brigando para não cair. Conseguimos nos levantar, ganhamos uma Libertadores e uma Copa do Brasil de forma heroica, maravilhosa, inigualável e inesquecível, e agora estamos de novo brigando entre os principais times do Brasil. Temos um time coeso e qualificado, um treinador e uma comissão técnica tarimbados, uma diretoria atuante, uns torcedores ricos e poderosos determinados a ajudar o clube financeiramente e uma torcida completamente apaixonada que nunca abandonou o time, nem nos piores momentos, como a queda de 2005. Nesta hora de decisão, nós da Massa Atleticana, temos que torcer, rezar, gritar, cantar, apoiar e reconhecer o bom trabalho realizado. Não é só o Galo que está na disputa, são mais outros 19 times no campeonato e seis deles na briga direta pela glória de levantar a taça tão ambicionada, além claro, da alta grana da premiação. Eu como bom atleticano, acredito no título. Se ele não vier, estarei feliz com o que o Atlético me proporcionou neste ano louco e triste de tantas perdas humanas. "Saber ganhar e saber perder" é uma ideia fundamental no esporte e na vida.
Jovens músicos de famílias intrinsecamente ligadas à música são sempre gratas e esperadas "surpresas" no cenário da arte sonora. Assim é que dois personagens desse reino fantástico se uniram e acabaram de lançar um disco em parceria. São eles dois Franciscos. O primeiro, o Francisco Gadelha Gil Moreira Müller de Sá, filho da cantora Preta Gil e do ator Otávio Müller e neto do ícone Gilberto Gil. O segundo, o Francisco Ribeiro Eller, o Chicão, filho único da saudosa cantora Cássia Eller e do falecido baixista Tavinho Fialho O primeiro usa o nome artístico de Fran Gil; o segundo, de Chico Chico.
Pois esses dois jovens músicos se juntaram há pouco mais de um ano e se descobriram completamente antenados em ampla sintonia.
Depois de ficar conhecido, quando criança, após a morte precoce da sua mãe e crescer passando por uma polêmica disputa judicial por sua guarda, Chico Chico desistiu da ideia de se tornar jogador de futebol e professor de Geografia e se aventurou na mesma trajetória da mamãe coruja Cássia Eller, a carreira musical. Influenciado positivamente por Beatles, Jards Macalé, Luiz Melodia, Itamar Assumpção e BaianaSystem, ele ampliou seus interesses musicais com o tempo. É vocalista das bandas 2x0 Vargem Alta e 13.7. Com seus 27 anos de vida, Chico Chico, que foi criado com todo amor pela companheira de Cássia, Maria Eugênia Vieira Martins, é um sujeito tranquilo, despojado e apaixonado pela música, sempre com um sorriso aberto na face emoldurada pelos cabelos fartos e encaracolados, espalhando simpatia por todos os poros. Ele mesmo se define assim, como alguém que não gosta muito de aparecer e que adora viver em paz: "Pois é, não gosto de aparecer à toa. Mas basicamente vivo aqui em Santa Teresa, que é o bairro da minha infância, onde eu conheço todo mundo. Tenho meus cachorros com quem eu passeio, minha plantinhas que eu rego, meu baseadinho que eu fumo, e meu violão que eu toco".
O outro Francisco, de 25 anos de idade e filho de Preta Gil e do ator Otávio Müller e neto do grande Gilberto Gil, traz na alma a sonoridade baiana e genial do seu avô, optando pela carreira artística somente aos 18 anos, pois queria mesmo era ser cineasta. Participa da banda "Gilsons", tocando ao lado do tio José Gil e do primo João Gil. Recentemente eles três acompanharam Gilberto Gil no Coala Festival 2020. Tocou ainda em outras bandas, como a Sinara e a Niara, e paralelamente mantém sua carreira solo. É casado com a modelo Laura Fernandez, com quem teve a filhinha Sol de Maria. Este ano, lançou o álbum "Raiz", que foi bastante elogiado pela crítica.
O álbum "Onde?" vem com apenas sete faixas com um repertório escolhido "a dedos" de compositores admirados pela dupla, que engloba Edson Gomes, Gilberto Gil, Itamar Assumpção (1949 – 2003), Luiz Melodia (1951 – 2017) e Sérgio Sampaio (1947 – 1994). A única composição inédita, "Ninguém", é a primeira parceria dos jovens artistas, canção gerada na véspera da entrada dos cantores em estúdio.
Disco "Onde?":
1) Árvore (Edson Gomes)
2) Dona Maria de Lourdes (Sergio Sampaio)
3) Nega Música (Itamar Assumpção)
4) Isso Não Vai Ficar Assim (Itamar Assumpção)
5) Veleiro Azul (Luiz Melodia e Rúbia Mattos)
6) Ninguém (Fran Gil e Chico Chico)
7) Procissão (Gilberto Gil e Edy Star)
Em tempos de pouco espaço na mídia para a velha e boa Música Popular Brasileira, nada melhor que ver e ouvir gente jovem com gosto musical diferenciado, homenageando os ditos compositores malditos que bravamente fizeram sua história criando peças musicais de extrema qualidade fora do mainstream.
Cada dia do calendário tem sua importância e seu significado intrínseco na história, com acontecimentos especiais que interferem de certa maneira no cotidiano do mundo inteiro e na vida de cada um dos seus habitantes. Este 20 de janeiro é especial para os espinosenses, já que a data é feriado municipal em homenagem ao padroeiro da cidade, o São Sebastião. E tem mais.
- Foi em um 20 de janeiro, no ano de 1993, que morreu a linda atriz belga Audrey Kathleen Ruston, a Audrey Hepburn. - Foi em outro 20 de janeiro, este em 1946, que nasceu o cineasta e roteirista norte-americano David Keith Lynch. - Foi em 20 de janeiro, do ano de 1930, que veio ao mundo o cidadão norte-americano Edwin Eugene Aldrin, Jr., que ficou famoso como o astronauta Buzz Aldrin que teve o privilégio de ser o segundo homem a tocar o solo da Lua. - Foi em um 20 de janeiro, no ano de 2012, que faleceu a cantora Etta James, batizada como Jamesetta Hawkins. - Foi em 20 de janeiro, este no ano de 1984, que morreu um dos meus ídolos de infância e adolescência, o ator norte-americano Peter John Weissmuller, o Johnny Weissmuller, famoso na interpretação do personagem Tarzan dos Macacos. - Em 1920, no dia 20 de janeiro, nasceu o prestigiado cineasta italiano da cidade de Rimini, Federico Fellini, diretor de clássicos do cinema como "Amarcord" (1973), "A Doce Vida" (1960) e "Oito e Meio" (1963). - Em 1983, também em um dia 20 de janeiro, o Brasil chorava a partida de um dos mais geniais craques do seu futebol, Manoel Francisco dos Santos, o gênio Garrincha, aos 49 anos de idade.
- Também em todo dia 20 de janeiro se comemora o Dia do Farmacêutico, a quem parabenizo a todos pelo seu dia. - Para encerrar, foi em um dia 20 de janeiro que o primeiro samba gravado, "Pelo Telefone", saiu em disco (1917); que a estação de televisão brasileira, a TV Tupi do Rio de Janeiro, foi inaugurada (1951), assim como o Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, inaugurado no ano de 1985. Não foi em um dia 20 de janeiro, mas sim no dia 19 de janeiro de 1982 que a minha cantora favorita, Elis Regina de Carvalho Costa, foi encontrada morta em sua casa, ainda jovem e no auge da carreira, aos 36 anos. Para muitos, e obviamente para mim, é, indubitavelmente, a melhor cantora de toda a história da música brasileira. Não poderia, mesmo no dia 20 de janeiro, deixar de registrar aqui o meu amor e a minha imensurável admiração pela "Pimentinha". Um grande abraço espinosense.
Quando a gente soltava um grito de alívio e felicidade por ver, finalmente e após um atraso angustiante, o início da vacinação contra a terrível epidemia do novo Coronavírus, eis que as notícias de falecimentos de pessoas importantes e queridas da nossa sociedade espinosense nos trazem novamente a tristeza.
Há poucos dias havia falecido a senhora Teresa Castro, mãe de Carlos Espírito Santo (Peu), esposo de Simone Cruz, uma figura de extremo destaque e prestígio na nossa sociedade. Hoje, logo de manhã no início de mais uma semana, nos chega a triste notícia do falecimento de Chico do Bar, integrante de numerosa, batalhadora e apreciada família espinosense. Chico, esportista quando jovem, atuou como lateral-esquerdo do grande Santa Cruz de Betão e Dezinho.
É muito triste ver as partidas de entes queridos para outra dimensão, mesmo que irremediáveis. Que Deus conceda, a todos os familiares e amigos de Dona Teresa e de Chico, a força suficiente para suportar esse momento de extremo sofrimento e melancolia. E que Ele, o Criador, os receba no seu Reino Eterno de braços abertos para que descansem o sono dos justos, em completa paz.
Um grande abraço espinosense.
Infelizmente não consegui nenhuma imagem dos falecidos.
Em uma estada que deveria ser rápida a Espinosa, apenas para resolver problemas particulares e questões financeiras que prometiam ser breves, acabei ficando um tempo maior que o esperado. Como imaginava que não ficaria por aqui muito tempo, nem trouxe minha tralha do futebol. Mas eis que encontro meu amigo, parceiro, colega e vizinho João Carlos que me avisa da pelada da quinta-feira na AABB e me empresta, com toda boa vontade, sua chuteira e meias. Irresistível recusar a oferta, e lá vou eu, com a barriga um tanto aumentada durante a pandemia, tentar correr atrás da bola com a turma boa da pelada da AABB Espinosa. E foi muito gratificante o reencontro com a bola e com os amigos. E mais interessante ainda por lá encontrar, participando do baba, os jogadores de futebol profissional Júnior Guerron, talentoso e rápido atacante que tenta despontar para o futebol nas categorias de base de um clube do interior de São Paulo; e do Índio, na certidão de nascimento José Sátiro do Nascimento, lateral-direito do poderoso time do Corinthians Campeão Mundial de Clubes da FIFA (2000), Campeão Brasileiro (1998 e 1999) e ainda Campeão Paulista (1999 e 2001). Guerron está de férias na cidade, visitando seus familiares, e Índio veio conhecer e passar alguns dias em Espinosa para encontrar o amigo "Zói".
Tive a honra e o privilégio de ser sorteado para jogar no time de ambos e foi uma experiência bastante prazerosa. Por ser jovem e a pelada ser de veteranos, Guerron atuou apenas como goleiro, mostrando toda sua versatilidade, com defesas importantes. Já Índio mostrou toda sua competência, criando jogadas e marcando um gol de pênalti, com muita categoria e precisão. Perdemos a primeira partida de 10 minutos, depois ganhamos duas seguidas e na terceira empatamos e fomos "expulsos" de campo para dar oportunidade a outro time que havia jogado menos tempo, conforme o regulamento. Depois de alguns passes errados e algumas tropeçadas na bola, senti que o meu desempenho não estava dos melhores. Aí foi hora de refrescar o bucho com uma cervejinha gelada e acompanhar à beira do campo o desenrolar da pelada com os amigos João Carlos, Alair, Ney, João Carlos Júnior e Wagner Júnior. Como sempre acontece, terminada a pelada, os assíduos participantes se reúnem ao ar livre ao redor de uma mesa para a tradicional resenha regada a cerveja e a um tira-gosto preparado por um ou dois dos peladeiros. Como o papo estava animado na beira do campo, não participamos da resenha com o resto da turma. Mas valeu e muito o reencontro com a galera e a oportunidade me proporcionada de estar mais uma vez ao lado dessa turma porreta. Só lamento ter me esquecido de tirar uma fotografia ao lado do Guerron, a quem desejo muito sucesso na sua carreira profissional, por ser um garoto talentoso, determinado e bastante humilde e atencioso com todos. Que Deus o proteja e o faça realizar os seus sonhos. Um grande abraço espinosense.
Dias atrás, exatamente na sexta-feira próxima passada, 08 de janeiro de 2021, ocorreu o falecimento do senhor Cleyde Cirqueira, o primogênito de uma das mais conceituadas e numerosas famílias espinosenses, comandada pelo saudoso Joaquim Cirqueira que morava e mantinha comércios na Praça Antonino Neves. Sua morte se deu na cidade baiana de Livramento de Nossa Senhora, localizada a cerca de 240 km de Espinosa. Didi, como era carinhosamente conhecido, lutava contra uma enfermidade e finalmente descansou, deixando entristecidos e saudosos seus familiares e amigos. Ele iria completar seus 83 anos de idade no próximo dia 05 de fevereiro de 2021.
A todos os meus amigos da querida família Cirqueira, os meus sinceros sentimentos de pesar pelo passamento de Didi. Peço a Deus que conceda a todos muita fé, serenidade e resignação para superar e aceitar este momento terrível de sofrimento e tristeza com a partida de um ente tão querido.
Vai aqui o meu pedido de desculpas a Joana, Mazinho e demais familiares pelo atraso neste comunicado, causado por complicações de estar fora de casa e sem acesso apropriado à Internet. Que descanse em completa paz o Didi.
Vasculhando o que restou do meu grande arquivo de imagens fotográficas, após uma pane no HD externo que me fez perder irremediavelmente mais da metade do meu valioso acervo, encontrei essa fotografia tirada no final dos anos 80, se não me engano em 89, quando o meu filho Ricardinho comemorava seu primeiro ano de vida.
A imagem foi registrada no salão de festas da AABB-Associação Atlética Banco do Brasil de Espinosa e nela estão meus amigos Carlúcio (Kalunga), Gerinha, Beto, Tonhão e Didi, todos ao meu lado e ao lado de um simpático, brincalhão e animado senhor de quem me lembro bem da fisionomia, mas que no momento não consigo me lembrar o nome nem a sua relação familiar. Quem poderá me ajudar a desvendar esse mistério, mesmo não sendo o Chapolin Colorado?
É por isso que adoro fotografias! Uma só imagem nos traz tantas boas recordações e saudades de um tempo cheio de bons momentos e de pessoas queridas e muito interessantes.
Raimundo Fagner Cândido Lopes, como muitos de nós com vários anos de estrada, já mostra em sua face o irreversível passar dos anos, com as rugas aparentes, os cabelos ralos e brancos e as orelhas desmesuradas. O tempo, impassível e implacável, não para e não permite a juventude eterna. Mas a jovialidade felizmente continua vigorosa no coração e mente do artista cearense. Aos 71 anos de idade, Fagner lança mais um elogiável trabalho musical, agora com o resgate de clássicos da nossa seresta. Estreando pela gravadora "Biscoito Fino" sob a produção de José Milton, Fagner lançou no mês passado, nas plataformas digitais, o álbum "Serenata", um conjunto de 12 clássicos da rica Música Popular Brasileira.
Com a intenção de fazer uma homenagem ao seu irmão mais velho Fares Cândido Lopes, amante da seresta e parceiro do grande compositor Evaldo Gouveia (1928-2020), Fagner se esmerou em gravar canções consagradas de grandes compositores como Chico Buarque, Vinícius de Moraes, Pixinguinha, Cartola, Sílvio Caldas e Orestes Barbosa. Um dos destaques do disco é a gravação virtual do dueto de Fagner e Nelson Gonçalves na canção "Serenata", possibilitada com a ajuda da tecnologia no processo de juntar as vozes dos artistas em estúdio.
São essas as 12 canções do álbum "Serenata":
1) "Serenata" (Sílvio Caldas e Orestes Barbosa) - Com Nelson Gonçalves - 3:58
2) "Lábios Que Beijei" (J. Cascata e Leonel Azevedo) - 4:04
3) "Malandrinha" (Freire Júnior) - 3:18
4) "As Rosas Não Falam" (Cartola) - 2:48
5) "Maringá" (Joubert de Carvalho) - 3:05
6) "Noite Cheia de Estrelas" (Cândido das Neves) - 3:24
7) "Serenata do Adeus" (Vinicius de Moraes) - 3:00
8) "Deusa da Minha Rua" (Newton Teixeira e Jorge Faraj) - 4:18
9) "Rosa" (Pixinguinha) - 3:41
10) "Valsinha" (Chico Buarque e Vinicius de Moraes) - 3:14
11) "Chão de Estrelas" (Sílvio Caldas e Orestes Barbosa) - 3:29
12) "Mucuripe" (Raimundo Fagner e Belchior) - 3:37
Uma realidade irrefutável, nesses tempos sombrios de ignorância, fanatismo e negacionismo que vivemos atualmente, é que a boa música não morre jamais. A música de qualidade não tem tempo determinado ou decadência. As belas criações musicais jamais sairão das mentes, corações e bocas dos que, sensivelmente, apreciam a boa música. Assim é que estas 12 canções, que retornam à tona do apodrecido e desalentador cenário musical brasileiro atual, trazem-nos os melhores e mais agradáveis sentimentos de prazer ao nos possibilitar mais um canal de acesso às obras-primas de fantásticos criadores de letras e harmonias belíssimas do catálogo da nossa especial MPB. É gratificante também perceber que o meu velho e apreciado artista Raimundo Fagner, de tanta coisa boa já gravada, está vivo e ativo, produzindo bons trabalhos para nosso deleite, com sublimes interpretações e lindos arranjos.
Não se iludam! Às vezes os pequeninos derrubam os grandões! Os gigantes também desmoronam como um castelo de cartas no ar, mostra-nos a história. O embate entre Golias e Davi é um bom exemplo.
Sou um apreciador das lutas de Boxe e de MMA. Hoje muito mais do MMA, com a queda de popularidade e qualidade do Boxe nos últimos tempos. Pode parecer estranho para alguns entenderem como um sujeito que se diz defensor da paz e completamente averso à violência, afirmar, categoricamente, que é favorável às violentas lutas entre seres humanos nas modalidades esportivas de combate. Explico, sem maiores contradições. Repudio e detesto a covardia. Abomino os covardes que se unem em maioria para subjugar, agredir e torturar outrem em desvantagem numérica ou fragilidade física. Também repudio os ataques masculinos às mulheres, já que a maioria dos homens têm compleições físicas mais robustas que elas. E o contrário idem, das mulheres mais vigorosas contra machos menos dotados de força e compleição física. Trocando em miúdos, não admito que duas ou mais pessoas se reúnam para agredir um só cidadão, ou que um sujeito bem mais forte se aproveite do seu tamanho e força maiores para agredir um indivíduo mais frágil. Covardia, não! Não é à toa que eu até hoje gosto (apenas na ficção, que fique bem claro!) dos antigos filmes de faroeste em que dois homens se enfrentavam com as mesmas armas e condições em uma rua poeirenta do Velho Oeste para decidir suas desavenças. Uma das cenas mais memoráveis do cinema é a do duelo triplo em um cemitério isolado, entre Clint Eastwood ("Blondie"), Lee Van Cleef ("Angel Eyes") e Eli Wallach ("Tuco"), três foras-da-lei em busca de uma fortuna desaparecida. A belíssima e instigante música do maestro Ennio Morricone torna a cena ainda mais pulsante, emocionante e linda. Esta cena, uma das mais celebradas sequências cinematográficas de todos os tempos, é o encerramento do filme "Três Homens em Conflito" (ou "The Good, the Bad and the Ugly", ou ainda "Il Buono, Il Brutto, Il Cattivo"), do lendário diretor italiano Sergio Leone.
E por que gosto e defendo as lutas e os lutadores no seu direito de se engalfinharem em um ringue ou tablado ou octógono para mostrar quem é o mais triunfante? Porque esses confrontos seguem regras específicas, com golpes baixos não aceitos e com lutadores se enfrentando em categorias de peso semelhantes, com tempo determinado e arbitragem imparcial e presente. Não se pode puxar o cabelo, enfiar o dedo no olho nem golpear a nuca ou os genitais do oponente, por exemplo. Nas lutas de Boxe ou MMA você não verá um sujeito de 120 kg indo para a briga com um outro de apenas 60 kg. Mas peraí, é bom esclarecer o assunto. Não se vê hoje em dia, no século XXI, mas isso infelizmente acontecia tranquilamente nos primórdios das lutas marciais mistas, nos tempos do Pride e afins. Antigamente, no início desta indústria de lutas de MMA em que a grana não era assim tão volumosa, as regras eram completamente diferentes. E com a visão de hoje, inacreditáveis! Lutadores enormes, com pesos altos eram escalados para enfrentar outros lutadores de pesos bem menores e, surpreendentemente, estes às vezes ainda saíam vencedores, para espanto geral. Nem sempre a força bruta vence, a história nos mostra. Se duvida, dê uma olhada nesses combates entre Golias e Davi mostrados no vídeo abaixo e talvez se espante com a realidade dos fatos. Diz a sabedoria popular: "Quanto maior o sujeito, maior é a queda!"
No segundo dia do novo ano de 2021, a apaixonada torcida do Cruzeiro Esporte Clube, com seus mais de 8 milhões de integrantes, está em festa com a comemoração do centenário da instituição esportiva criada em 02 de janeiro de 1921 na capital mineira. O clube foi fundado com o nome de Società Sportiva Palestra Itália por alguns desportistas da colônia italiana de Belo Horizonte. Além do escudo e das cores do uniforme, os fundadores decidiram que apenas membros da colônia italiana poderiam fazer parte da equipe. Para a primeira diretoria, foi eleito Aurélio Noce para presidente e Giuseppe Perona para vice-presidente. Bruno Piancastelli foi eleito secretário, Aristóteles Lodi, tesoureiro e Domingos Spagnulo, João Ranieri e Antonio Pace cuidariam da comissão de esportes. Após três meses de fundação, houve a primeira partida, no estádio do Prado Mineiro no dia 3 de abril de 1921 contra um combinado de Villa Nova e Palmeiras, times de Nova Lima. O Palestra Itália venceu por 2 x 0, gols do atacante João Lazarotti, o Nani. No dia 17 de abril de 1921, a equipe jogou e venceu o primeiro clássico contra o Atlético, pelo placar de 3 x 0. Na inauguração do seu estádio no Barro Preto, o Palestra empatou em 3 x 3 com o Flamengo. Era o dia 23 de setembro de 1923.
Nos anos 40, por conta da Segunda Guerra Mundial, o clube foi forçado por lei federal a alterar o nome, para que não houvesse qualquer relação com a Itália. Depois de várias reuniões e indecisões, com propostas de mudança do nome do clube para "Palestra Mineiro" e "Ypiranga", finalmente se chegou a um consenso em se adotar o nome de "Cruzeiro Esporte Clube", em homenagem à constelação do Cruzeiro do Sul, símbolo maior da Pátria Brasil. A primeira partida com o novo nome foi contra o América no final do ano de 1942, com uma vitória de 1 x 0. O estádio do clube, inaugurado com o nome de Juscelino Kubitschek, então prefeito da capital Belo Horizonte, foi palco da partida contra o Botafogo do Rio de Janeiro em 1º de julho de 1945, encerrada com um empate em 1 x 1, gols de Niginho para o Cruzeiro e Heleno de Freitas para o time da estrela solitária. Na inauguração dos refletores, no dia 21 de novembro de 1945, o Cruzeiro goleou o América do Rio por 4 x 0, 3 gols de Braguinha e 1 de Niginho. No primeiro jogo do clube enfrentando uma equipe estrangeira, o Cruzeiro empatou em 2 x 2 com o Libertad, do Paraguai, no dia 3 de janeiro de 1946.
Com a construção e a inauguração do Mineirão em 05 de setembro de 1965, o Cruzeiro se engrandeceu ainda mais, com conquistas históricas no novo estádio e uma boa superioridade sobre seu principal rival, o Atlético, principalmente nas décadas de 60 e 90. O clube celeste viu sua torcida aumentar bastante com as conquistas internacionais da Libertadores da América nos anos de 1976 e 1997, os Campeonatos Brasileiros de 2003, 2013 e 2014 e os 6 títulos nacionais da Copa do Brasil. No ano de 2019, após anos e anos de céu de brigadeiro no clube, começou uma terrível derrocada após administrações desastrosas que levaram o clube praticamente à bancarrota, com dívidas quase impagáveis. Isso influenciou tão negativamente no desempenho em campo, que o clube acabou caindo pela primeira vez para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. E a ruína continuou neste ano de 2020. No Campeonato Mineiro, o time celeste foi eliminado ainda na primeira fase, ficando de fora das semifinais. Na Copa do Brasil, foi eliminado precocemente, ainda na terceira fase, pelo CRB de Alagoas. Na Série B, o time já iniciou a disputa da competição com seis pontos a menos na tabela de classificação, punido pela FIFA por conta de dívida não paga. O presidente Sérgio Santos Rodrigues deu um ânimo enorme à torcida com a contratação do vitorioso treinador campeão mundial Luiz Felipe Scolari, mas as coisas não foram tão bem como imaginado. Com um desempenho irregular, a equipe praticamente deu adeus ao retorno para a primeira divisão após resultados negativos e frustrantes, principalmente jogando em casa. A permanência na Série B não estava nos planos para a comemoração do centenário do clube e a preocupação com as dívidas só aumenta, pois além de contar com um orçamento bem inferior para 2021, o clube ainda deverá arcar com compromissos pesados assumidos com credores e jogadores para serem regularizados nesta temporada.
Mas mesmo com todos esses complicados problemas dentro e fora de campo, é essencial que a numerosa e atuante torcida cruzeirense comemore com orgulho o centenário do seu time do coração, um gigante do futebol brasileiro que angariou o respeito e a admiração do mundo esportivo por suas vitórias e conquistas memoráveis. Quem ama o futebol espera que o clube se recupere o mais rapidamente possível, se reorganizando administrativa e financeiramente, para que possa retornar aos tempos de glória e sucesso.
Parabéns, Cruzeiro pelos 100 anos de vida e grandeza!
Um grande abraço espinosense.
TÍTULOS INTERNACIONAIS:
Copa Libertadores (1976 e 1997)
Supercopa (1991 e 1992)
Copa Ouro (1995) Copa Master da Supercopa (1995) Recopa Sul-Americana (1998) TÍTULOS NACIONAIS: Taça Brasil (1966) Copa do Brasil (1993, 1996, 2000, 2003, 2017 e 2018) Campeonato Brasileiro (2003, 2013 e 2014) OUTROS TÍTULOS: Campeonato Mineiro: (1926, 1928, 1929, 1930, 1940, 1943, 1944, 1945, 1956, 1959, 1960, 1961, 1965, 1966, 1967, 1968, 1969, 1972, 1973, 1974, 1975, 1977, 1984, 1987, 1990, 1992, 1994, 1996, 1997, 1998, 2003, 2004, 2006, 2008, 2009, 2011, 2014, 2018 e 2019) Copa Belo Horizonte: (1960) Taça Minas Gerais: (1973, 1982, 1983, 1984 e 1985) Copa dos Campeões Mineiros: (1991 e 1999) Copa Centro-Oeste: (1999) Copa Sul-Minas: (2001 e 2002) Supercampeonato Mineiro: (2002)
Jogadores com mais gols marcados:
1º) Tostão - 245 gols
2º) Dirceu Lopes - 223
3º) Niginho - 207
4º) Bengala - 168 gols
5º) Ninão - 167 gols
6º) Marcelo Ramos - 162 gols
7º) Palhinha - 145 gols
8º) Alcides Lemos - 144 gols
9º) Joãozinho - 118 gols
10º) Raimundinho - 112 gols
Jogadores com mais partidas disputadas:
1º) Fábio - 917 jogos
2º) Zé Carlos - 633 jogos
3º) Dirceu Lopes - 610 jogos
4º) Piazza - 566 jogos
5º) Raul - 557 jogos
6º) Eduardo - 556 jogos
7º) Vanderley - 538 jogos
8º) Henrique - 524 jogos
9º) Joãozinho - 485 jogos
10º) Palhinha - 457 jogos
Hino do Cruzeiro Esporte Clube
Composição: Jadir Ambrósio
Existe um grande clube na cidade
Que mora dentro do meu coração
Eu vivo cheio de vaidade
Pois na realidade é um grande campeão
Nos gramados de Minas Gerais
Temos páginas heróicas imortais
Cruzeiro, Cruzeiro querido
Tão combatido, jamais vencido.
O mascote oficial do Cruzeiro, a Raposa, foi criado em 1945 pelo chargista e professor Fernando Pieruccetti, conhecido como Mangabeira. Depois, em 2003, foi criado o Raposão e mais tarde o Raposinho e a Raposona, esta última em homenagem a torcedora-símbolo do clube, Dona Salomé, falecida em 2019.
Alguns jogos memoráveis da história do Cruzeiro:
6 x 2 Santos - No Mineirão, em Belo Horizonte, na primeira partida da decisão da Taça Brasil realizada em 30 de novembro de 1966, o Cruzeiro conseguiu uma proeza gigante. Venceu o Santos de Pelé de goleada.
Cruzeiro: Raul; Pedro Paulo, William, Procópio (expulso) e Neco; Piazza e Dirceu Lopes; Natal, Tostão, Evaldo e Hílton Oliveira.
Técnico: Airton Moreyra.
Santos: Gilmar; Carlos Alberto, Mauro, Oberdan e Zé Carlos; Zito e Lima; Dorval, Toninho, Pelé (expulso) e Pepe.
Técnico: Lula.
Gols: Dirceu Lopes (20 e 39 min 1º tempo, 27 min 2º tempo), Natal (5 min 1º tempo), Tostão (pênalti - 42 min 1º tempo) e Zé Carlos (contra - 1 min 1º tempo) para o Cruzeiro. Toninho (6 e 9 min 2º tempo) para o Santos.
Arbitragem: Armando Marques e auxiliares Joaquim Gonçalves e Euclides Borges.
3 x 2 Santos - No Pacaembu, em São Paulo, na partida final da Taça Brasil de 1966 disputada no dia 07 de dezembro de 1966, o Cruzeiro voltou a fazer história vencendo de virada o Santos por 3 x 2, conquistando o título de Campeão.
Cruzeiro: Raul; Pedro Paulo, William, Procópio e Neco; Piazza, Dirceu Lopes e Tostão; Natal, Evaldo e Hilton Oliveira.
Técnico: Airton Moreyra.
Santos: Cláudio; Zé Carlos, Haroldo, Oberdan e Lima; Zito e Mengálvio; Amaury (Dorval), Pelé, Toninho e Edu.
Técnico: Lula.
Gols: Tostão (18 min 2º tempo), Dirceu Lopes (28 min 2º tempo) e Natal (44 min 2º tempo) para o Cruzeiro. Pelé (23 min 1º tempo) e Toninho (25 min 1º tempo)’ para o Santos.
Arbitragem: Armando Marques e auxiliares Germinal Alba e Antônio Medeiros.
5 x 4 Internacional - Pela fase de grupos da Libertadores de 1976, no Mineirão, em 07 de março de 1976, o Cruzeiro venceu magnificamente o Internacional por 5 x 4, em jogo sensacional e inesquecível.
Cruzeiro: Raul; Nelinho, Morais, Darci Menezes e Vanderley; Zé Carlos e Eduardo; Roberto Batata (Isidoro), Palhinha (expulso), Jairzinho e Joãozinho.
Técnico: Zezé Moreira.
Internacional: Manga; Cláudio (Valdir), Figueroa, Hermínio e Vacaria; Falcão e Caçapava; Valdomiro, Escurinho, Flávio (Ramon) e Lula.
Técnico: Rubens Minelli.
Gols: Palhinha (4 e 10 min 1º tempo), Joãozinho (21 min 1º tempo e 17 min 2º tempo) e Nelinho (pênalti - 40 min 2º tempo) para o Cruzeiro. Lula (14 min 1º tempo), Valdomiro (38 min 1º tempo), Zé Carlos (contra - 6 min 2º tempo) e Ramon (20 min 2º tempo) para o Internacional.
Arbitragem: Luís Pestarino e auxiliares Ramon Barreto e Juan Silvagno.
3 x 2 River Plate - No Estádio Nacional, em Santiago no Chile, pela terceira partida da decisão da Libertadores, no dia 30 de julho de 1976, o Cruzeiro venceu, de forma espetacular, o River Plate por 3 x 2, com um gol de Joãozinho de falta aos 42 minutos do segundo tempo.
Cruzeiro: Raul; Nelinho, Morais, Darci Menezes e Vanderley; Piazza (Waldo), Eduardo e Zé Carlos; Ronaldo Drummond (expulso), Palhinha e Joãozinho.
Técnico: Zezé Moreira.
River Plate: Luis Landaburu; Pablo Comelles, Daniel Lonardi, Héctor Artico e Alberto Urquiza; Alejandro Sabella, Reinaldo Merlo e Norberto Alonso (expulso); Pedro González, Leopoldo Luque e Oscar Más (Daniel Crespo).
Técnico: Ángel Labruna.
Gols: Nelinho (pênalti - 24 min 1º tempo), Eduardo Amorim (10 min 2º tempo) e Joãozinho (falta - 42 min 2º tempo) para o Cruzeiro. Oscar Mas (pênalti - 13 min 2º tempo) e Alberto Urquiza (17 min 2º tempo) para o River Plate.
Arbitragem: Alberto Martínez e auxiliares José Martínez Bazan e César Orozco.
0 x 0 Bayern de Munique - No dia 21 de dezembro de 1976, na segunda partida da decisão da Copa Intercontinental de 1976, o Cruzeiro recebeu o Bayern de Munique no Mineirão e empatou em 0 x 0, perdendo o título mundial da época por ter perdido por 2 x 0 o primeiro jogo na Alemanha.
Cruzeiro: Raul; Nelinho, Moraes, Ozires e Vanderley; Piazza (Eduardo Amorim) e Zé Carlos; Jairzinho, Palhinha, Dirceu Lopes (Pablo Forlán) e Joãozinho.
Técnico: Zezé Moreira.
Bayern de Munique: Sepp Maier; Björn Andersson, Hans-Georg Schwarzenbeck, Franz Beckenbauer e Udo Horsmann; Jupp Kapellmann, Conny Torstensson, Bernd Dürnberger e Uli Hoeness; Karl-Heinz Rummenigge (Arbinger) e Gerd Müller.
Técnico: Dettmar Cramer.
Arbitragem: Patrick Partridge (Inglaterra).
6 x 1 Atlético - Na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, pela última rodada do Campeonato Brasileiro de 2011, em partida realizada no dia 4 de dezembro, o Cruzeiro sapecou a maior goleada para cima do arquirrival.
Cruzeiro: Rafael; Léo, Naldo, Victorino e Diego Renan; Fabrício, Leandro Guerreiro, Charles (Farías) e Roger (Ortigoza); Wellington Paulista (expulso) e Anselmo Ramon (Everton).
Técnico: Vágner Mancini.
Atlético: Renan Ribeiro; Serginho (Magno Alves), Réver, Leonardo Silva (Werley - expulso) e Richarlyson; Pierre, Filipe Soutto, Carlos César e Daniel Carvalho; Bernard e André.
Técnico: Cuca.
Gols: Roger (9 min 1º tempo), Leandro Guerreiro (28 min 1º tempo), Anselmo Ramon (33 min 1º tempo), Fabrício (45 min 1º tempo), Wellington Paulista (11 min 2º tempo) e Everton (45 min 2º tempo) para o Cruzeiro. Réver (15 min 2º tempo).
Arbitragem: Marcelo de Lima Henrique (FIFA-RJ) e auxiliares Carlos Berkenbrock (FIFA-SC) e Júlio César Rodrigues Santos (CBF-RS).
0 x 2 Palmeiras - No Mineirão, no dia 08 de dezembro de 2019, o Cruzeiro sofria o maior revés de sua gloriosa história, perdendo para o Palmeiras em casa e sendo rebaixado à segunda divisão.
Cruzeiro: Fábio; Orejuela (Weverton), Léo, Cacá e Dodô; Henrique, Éderson e Jádson; Marquinhos Gabriel, Ezequiel (Sassá) e Pedro Rocha (Maurício).
Técnico: Abel Braga.
Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha (Mayke), Antônio Carlos, Luan e Diogo Barbosa; Matheus Fernandes, Bruno Henrique, Raphael Veiga (Willian) e Lucas Lima; Zé Rafael (Gabriel Veron) e Dudu. Técnico: Andrey Lopes.
Gols: Zé Rafael (12 min 2º tempo) e Dudu (38 min 2º tempo).
Arbitragem:
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ)
Assistente 1: Luiz Cláudio Regazone (RJ)
Assistente 2: Silbert Faria Sisquim (RJ)
Quarto Árbitro: Felipe Fernandes de Lima (MG)
Árbitro de Vídeo: Carlos Eduardo Nunes Braga (RJ)
Assistentes de Árbitro de Vídeo: João Arruda (RJ) e Carlos de Souza (RJ)