A esquina das Ruas Arthur Bernardes com Cel. Domingos Tolentino |
Espinosa, meu éden
sábado, 31 de outubro de 2020
2532 - O prazer de decifrar charadas
sexta-feira, 30 de outubro de 2020
2531 - Os geniais craques de outubro: Garrincha, Maradona, Pelé, Bobby Charlton, Didi...
quarta-feira, 28 de outubro de 2020
2530 - A sensibilidade de Andrew Laureth para parabenizar Renato
"Pequeno Adam"
(Andrew Laureth)
Amanheceu e eu nem dormi
Esperei por você que estava por vir
Você nasceu, como eu esperei pra poder te olhar,
Ter você aqui
E o sopro que te trouxe a vida
Me fez renascer e fez acender a chama
Do amor que eu sempre procurei
Em ti eu encontrei
O amor maior que eu
Você chegou e tudo vai mudar
Eu quero te mostrar
O céu, a terra e o mar
Vou te ensinar a tocar violão
Que é pra você guardar
Pra sempre essa canção
Eu sei que o tempo vai passar
E você vai crescer
E você vai voar sozinho
Mas saiba sempre vou estar no mesmo lugar
Pra se quiser voltar pro ninho...
Amor...
Meu amor
Eu sei que o tempo vai passar
E você vai crescer
E você vai voar sozinho
Mas saiba sempre vou estar no mesmo lugar
Pra se quiser voltar pro ninho...
segunda-feira, 26 de outubro de 2020
2529 - A fome não pode esperar
Com o Brasil correndo enorme risco de voltar ao "Mapa da Fome" da ONU, situação agravada pela pandemia do novo Coronavírus, os valorosos filantropos estão fortalecendo nacionalmente a campanha para apoiar a população em situação de vulnerabilidade social. Nesta digna e primordial luta, conseguiram o apoio de 29 artistas da música brasileira, que juntos gravaram gratuitamente um vídeo em que cantam a canção "Quem Tem Fome, tTem Pressa", composição de Xande de Pilares, Mosquito, Gilson Bernini e Emicida. São eles: Alcione, Anitta, Caetano Veloso, Chico Buarque, Chitãozinho e Xororó, Criolo, Daniela Mercury, Djavan, Elza Soares, Emicida, Gilberto Gil, Gloria Groove, Ivete Sangalo, Karol Conka, Ludmilla, Luisa Sonza, Majur, Maria Bethânia, Mart’nália, Milton Nascimento, Mosquito, Nando Reis, Negra Li, Rogério Flausino, Teresa Cristina, Zélia Duncan, Xand Avião e Xande de Pilares.
Que todos os brasileiros conscientes e de bom coração que tiverem condições econômicas para ajudar, o façam com amor e benevolência. Somos todos irmãos e temos o direito sagrado a uma vida digna. "O que é pouco pra você, pode salvar quem nada tem". Que assim seja!
sexta-feira, 23 de outubro de 2020
2528 - 80 anos do Rei Pelé, o melhor jogador da História do Futebol
Assim como foi com o ícone da música John Lennon, neste mês de outubro comemoramos os 80 anos de vida de outra lenda, desta vez do futebol, o Rei Pelé, ou Edson Arantes do Nascimento no registro em cartório. O mais célebre jogador de futebol do mundo e o cidadão brasileiro mais conhecido no planeta "octogenariou" exatamente hoje, dia 23 de outubro de 2020.
A bem-sucedida e encantadora trajetória do craque e astro da bola todo o mundo já conhece, mas alguns detalhes pessoais e uns recortes da história deixam sua vida ainda mais interessante.
Será que todos sabem quem afinal de contas colocou o seu famoso apelido de Pelé? O curioso é que foi o próprio Pelé quem inventou o seu apelido, de maneira impensada e apesar de inicialmente detestá-lo. É que ainda garoto, com uns 8 anos de idade, ele gostava de jogar bola com seus amiguinhos da cidade paulista de Bauru também pegando no gol, pois era admirador do goleiro Bilé, companheiro de seu pai Dondinho no Vasco de São Lourenço (MG). Atuando no gol, queria ser chamado de Bilé, mas ele próprio só conseguia pronunciar o nome Pelé, o que lhe causou intensa gozação dos companheiros. Da gozação da meninada, o nome de Pelé acabou se firmando como apelido, mesmo contra sua vontade. Daí em diante não havia mais como refutar a alcunha, mesmo pedindo para ser chamado de Edson ou Dico, e só restou a ele aceitar o "batismo" que iria lhe fazer mundialmente conhecido como um Deus da bola.
Bauru Atlético Clube, o Baquinho onde Pelé começou |
Quando foi jogar no Santos, aos 15 anos de idade, já chegou "batizado" com o nome de Pelé. Na apresentação ao clube santista, foi a primeira vez em que ele usou uma calça comprida na vida, parte do terno confeccionado com todo cuidado pela sua mãe, Dona Celeste. O primeiro jogo e o primeiro gol profissional de Pelé no Santos aconteceu no Dia da Independência do Brasil, no dia 7 de setembro de 1956. No feriado nacional, o Santos fez uma partida amistosa contra o Corinthians de Santo André e o técnico Lula resolveu colocar o menino para jogar no final do jogo. O placar já estava elástico, 5 x 0, mas o esperto e endiabrado garoto meteu mais um gol, tocando a bola por baixo das pernas do goleiro Zaluar. Até hoje o Zaluar tem a honra e o orgulho de se apresentar como o goleiro que tomou o primeiro gol do Rei.
O Rei Pelé com a primeira chuteira |
O pai de Pelé, Dondinho, era goleador famoso na região do Sul de Minas pelos muitos gols marcados, sobretudo de cabeça, e jogou com a camisa do Atlético Mineiro em uma única e terrível oportunidade. Em teste no clube alvinegro, que mirava sua contratação para substituir o grande atacante Guará, Dondinho não teve sorte e saiu contundido, após sofrer uma contusão séria que afetou seus meniscos, fruto de uma entrada forte do zagueiro Augusto. Assim perdeu sua chance de ser contratado pelo Atlético e talvez ter se tornado um astro. Conta Pelé que, quando menino, ele foi repreendido severamente pelo pai por estar tirando sarro de um garoto gordinho nas peladas. Dondinho o criticou firmemente e o ensinou a respeitar todos os adversários, sem humilhar ninguém, coisa que o Rei jamais se esqueceu. Outros ensinamentos fundamentais foram o de se dedicar com afinco no treinamento de chutes com ambas as pernas e o de deixar de lado as firulas desnecessárias, sempre jogando com objetividade, procurando o gol e a vitória.
Pelé, seu pai Dondinho e seu irmão Zoca |
O Rei, um craque jamais igualado, era um gênio com a bola nos pés. E atraía a atenção, a mira e a raivosidade dos zagueiros adversários, impossibilitados de impedir seus movimentos, seus dribles e seus gols. A pancadaria corria solta. Para tentar amenizar um pouco essa dura realidade, Pelé costumava conversar com os jogadores adversários, especialmente os zagueiros, de maneira bastante amistosa, na tentativa de ser menos espancado dali há pouco, durante a partida. Quase nunca a tática funcionava.
Garrincha, Didi, Pelé, Vavá e Zagalo na Seleção Brasileira |
Pelé e a Seleção Brasileira de 1966 perderam a chance de ver, ao vivo, uma apresentação especial do famoso quarteto de Liverpool. É que durante a preparação para a Copa, a Seleção ficou concentrada na cidade de Liverpool, terra dos Beatles. John Lennon, ao encontrar Pelé nos anos 70 em uma escola de idiomas em Nova Iorque em que ambos estudavam, confidenciou ao Rei que eles, os Beatles amantes do futebol, queriam se apresentar gratuitamente para os jogadores brasileiros na concentração, mas que um dos comandantes da delegação barrou a ideia.
Arte de Luís Bueno |
Pelé é amado, idolatrado e respeitado no mundo inteiro. Mas a sua trajetória impecável de astro do esporte mundial tem uma mancha pesada na biografia: a rejeição à sua filha Sandra Regina, falecida em 2006, aos 42 anos de idade. Pelé aceitou tranquilamente outra filha, fruto de um outro relacionamento fugaz, a Flávia, mas se recusou a reconhecer a Sandra. A alegação divulgada para reações antagônicas em casos iguais é a de que, enquanto Flávia tentou uma aproximação serena, amigável e distante da badalação da mídia, Sandra Regina fez exatamente o contrário, o que enfureceu Pelé. Problemas familiares são complicados e difíceis de palpitar, mas não há como concordar com o Rei nesta situação. Então, prevalece o respeito, o carinho e a admiração por tudo o que o Rei Pelé representa para o mundo e para todos nós no esporte e na vida, com a ressalva e crítica a esta atitude desastrosa. Ninguém é perfeito, nem mesmo o Rei!
Um grande abraço espinosense e longa vida ao gigante craque Rei Pelé!
quinta-feira, 22 de outubro de 2020
2527 - A seleção mundial de futebol de todos os tempos, pela France Football
A prestigiada revista esportiva francesa France Football realizava todo ano a votação para a escolha dos melhores jogadores de futebol da temporada no mundo para a premiação da Bola de Ouro. Devido à pandemia do novo Coronavírus, que prejudicou absurdamente as competições esportivas em todo o mundo, a tradicional premiação foi cancelada. Para compensar, a publicação francesa decidiu inovar e proceder a uma eleição bem mais ampla e polêmica denominada "Bola de Ouro Dream Team": a escolha dos 11 melhores jogadores de futebol da história de todos os tempos, por posição. Assim a revista decidiu que seriam indicados grandes nomes da história do futebol nas várias posições do sistema tático 4-3-3. Foram indicados 10 goleiros, 10 laterais-direitos, 10 zagueiros, 10 laterais-esquerdos, 20 meio-campistas defensivos, 20 meio-campistas ofensivos, 10 atacantes pela direita, 10 atacantes pelo centro e mais 10 atacantes pela esquerda, totalizando 110 magníficos craques de todo o planeta. Os torcedores poderão votar em seus preferidos, mas sem influência na escolha do Dream Team, tarefa apenas disponível para 170 jornalistas de todo o planeta escolhidos pela France Football que terão a difícil missão de selecionar os 11 melhores. O resultado será revelado em dezembro.
Eis aqui os concorrentes, por posição, país e período de carreira:
4) Gordon Banks (Inglaterra - 1955-1978)
5) Iker Casillas (Espanha - 1999-2019)
2) Cafu (Brasil - 1989-2008)
4) Franco Baresi (Itália - 1978-1997)
LATERAL-ESQUERDO (LATÉRAL GAUCHE):
1) Andreas Brehme (Alemanha - 1980-1998)
10) Ruud Krol (Holanda - 1968-1986)
4) Bobby Charlton (Inglaterra - 1956-1976)
ATACANTE PELA ESQUERDA (ATTAQUANT GAUCHE):
terça-feira, 20 de outubro de 2020
2526 - Atlético e América, bem; Cruzeiro, mal
O ano vai se aproximando do seu fim e os campeonatos nacionais de futebol vão se encaminhando para o final da primeira fase, o chamado primeiro turno. Os maiores times mineiros seguem caminhos completamente diferentes, com performances antagônicas.
Na Série B, faltando apenas três rodadas para o término do primeiro turno, o América, que ainda enfrentará o Brasil de Pelotas e o Confiança em casa e o Avaí fora, está na terceira posição na tabela, com um aproveitamento de 60,4% e 29 pontos ganhos. São 16 partidas disputadas, com 8 vitórias, 5 empates e 3 derrotas, 15 gols marcados e 9 sofridos, saldo de 6. O Coelho de Lisca está muito bem na competição, figurando entre os primeiros colocados e atualmente no grupo dos quatro times que irão conseguir o almejado acesso à primeira divisão. Hoje à tarde enfrenta o Brasil no Independência e tem tudo para confirmar sua boa performance momentânea.
Já o seu estreante companheiro de Série B continua seu calvário. O glorioso Cruzeiro continua amargando o mais triste e difícil período de sua vitoriosa trajetória pelos gramados de Minas Gerais, do país e do mundo. Com a queda para a segunda divisão em 2019 e a perda de 6 pontos na competição deste ano devido a uma multa da FIFA, o Cruzeiro passa por péssimos momentos. Neste instante o time integra a zona de rebaixamento, com a 19ª posição na tabela, acima apenas do Oeste. São apenas 13 pontos conquistados em 16 partidas, com 5 vitórias, 4 empates e 7 derrotas, 15 gols marcados e 16 sofridos, saldo negativo de 1. O aproveitamento é pífio, apenas 39,6%. Para encerrar sua participação no primeiro turno, irá enfrentar hoje à noite o Operário fora de casa, quando Felipão estreará no comando da equipe, o Náutico em casa e o Paraná fora. A chegada do vitorioso e competente treinador Luiz Felipe Scolari reanimou as esperanças da torcida de uma reação monumental e de uma reviravolta espetacular na campanha desastrosa da equipe até aqui. Os números são desesperadores. Matemáticos da UFMG calculam apenas em 0,65% as chances, hoje, de o clube conseguir o retorno à Série A. Conforme os mesmos cálculos, a chance de cair para a terceira divisão é de 54%. Uma reação rápida é essencial para que esses números mudem completamente e reacendam a chama de esperança em um cenário mais animador. E para isso não há outra solução senão o retorno das vitórias. E muitas delas, e em série, pois nem empates resolvem nada. É ganhar ou ganhar para espantar para bem longe mais uma queda de divisão ou ainda a permanência na Série B em pleno ano do centenário. A missão é quase impossível, mas é preciso acreditar e lutar até o último segundo. Desistir, de jeito nenhum!
No jogo de ontem à noite em Salvador contra o Bahia, o Atlético foi avassalador no primeiro tempo, encurralando o adversário em seu campo e não lhe dando quaisquer chances de contra-ataque. Mas a boa atuação atleticana pecou nas finalizações. O time mineiro balançou as redes baianas apenas uma vez, perdendo um caminhão de chances de gol, mas terminou a primeira etapa na frente do placar com 1 x 0. Tudo ia bem para o Atlético, que com essa vitória, mesmo que magra, estava recuperando a liderança do campeonato. Mas tudo mudou de repente. O Bahia mudou o esquema, trocou jogadores e adotou uma postura mais agressiva na busca pela reviravolta no placar. E com o inacreditável marasmo apresentado pelo Atlético no segundo tempo, conseguiu a reação com todos os méritos. O Atlético redescobriu algumas velhas e imutáveis máximas do futebol: "O jogo só termina quando acaba", "Cochilou, o cachimbo cai" e "Quem não faz, leva!". Não adianta nada ter melhores números na estatística, com maior posse de bola, maior número de passes, maior número de chances criadas, mais chutes a gol, mais escanteios a favor etc, se o gol adversário não for vazado mais vezes que o seu. O Bahia mereceu vencer porque foi eficiente e mortal quando apareceram as chances de gol, com uma atuação impecável do centroavante Gilberto, em noite iluminada. Agora é preciso seriedade, planejamento e eficiência para o Atlético vencer o próximo adversário, o Sport Recife, no Mineirão, sábado, às 21 horas. Não há outra opção se quiser sonhar com o título: ganhar ou ganhar!
Um grande abraço espinosense.
sexta-feira, 16 de outubro de 2020
2525 - O sonho da Arena MRV torna-se real a cada dia
Mas outro fato que vem entusiasmando sobremaneira o agitado e esperançoso torcedor atleticano é a realização de um velho sonho da imensa torcida alvinegra: a construção do estádio próprio. E o sonho já vai sendo realizado, pois o projeto da Arena MRV já está em pleno andamento, na fase de terraplanagem. Depois de criar o projeto, de conseguir os recursos necessários e de cumprir todas as complexas exigências burocráticas para o início da obra, o sonho atleticano está em rápida realização. Nos próximos dias estará sendo lançada a venda das cadeiras cativas do estádio aos torcedores. Entre os dias 17 e 19 de outubro, a venda será exclusiva para os sócios GNV Preto. Para os sócios GNV Prata a aquisição poderá ser feita a partir de 20 de outubro e a venda para o GNV Branco terá início no dia 23 de outubro. Para os torcedores que não são sócios Galo Na Veia, a oportunidade de comprar a cadeira cativa poderá ser realizada a partir de 26 de outubro. O torcedor que adquirir uma cadeira cativa na Arena MRV poderá assistir a todos os jogos oficiais com mando do Atlético pelo período de 15 anos na arquibancada oeste inferior, sem precisar adquirir ingressos. O proprietário ainda terá preferência na compra de ingressos para shows e eventos durante toda a vigência do contrato.
Existem duas possibilidades de compra das cadeiras cativas. A primeira, das cadeiras localizadas no espaço do meio de campo, com melhor visão do gramado, custará o valor de R$ 40.980,00. À vista com 7% de desconto, o valor cai para R$ 38.111,40, podendo ainda ser paga em até 20 prestações de R$ 2.049,00 (sem juros), em 30 vezes de 1.639,20 (com juros) ou em 60 parcelas de R$ 1.046,30 (com juros, para clientes BMG). Nesta opção elas serão numeradas e o torcedor terá o seu nome gravado na cadeira. A segunda opção, para as cadeiras localizadas a partir da intermediária do campo, custará o valor de R$ 30.980,00, sendo à vista com 7% de desconto, R$ 28.811,40. Ou em 20 parcelas de R$ 1.549,00 (sem juros), ou em 30 de 1.239,20 (com juros) ou ainda em 60 vezes de R$ 791,00 (com juros, para clientes BMG).
A realidade é que os preços estão bem distantes dos sonhos do torcedor comum, o trabalhador assalariado, mas para quem tem condições financeiras privilegiadas é uma oportunidade única de poder acompanhar in loco as emoções que sempre estarão em alta intensidade com o Atlético em campo. O final da construção da Arena MRV no Bairro Califórnia em Belo Horizonte está previsto para 2022.
quinta-feira, 15 de outubro de 2020
2524 - Professores no seu dia, algo a comemorar?
Mas será que temos o que comemorar neste dia dedicado a eles no nosso amado Brasil? Será que os nossos mestres estão sendo realmente valorizados e tendo os seus esforços reconhecidos? Será? A resposta é triste, injusta e revoltante. Conforme dados do Censo Escolar 2018 (Ensino Superior) e 2019 (Educação Básica) do MEC e de outras instituições, o Brasil tem 2,6 milhões de professores, o que equivale a 1,2% da população brasileira. 2,2 milhões são da Educação Básica e 1,7 milhão atuam na rede pública de ensino. 397 mil trabalham no ensino superior, sendo que 214 mil em universidades privadas.
A realidade da vida dos nossos professores é muito mais difícil e bem diferente que a imagem idealizada por grande parte das pessoas. Já foi bem pior, mas ainda há muito o que melhorar. Os salários são baixos na maioria dos casos, a infraestrutura é precária em grande parte das escolas e o reconhecimento pelo trabalho realizado fica só na conversa fiada. Muitos de nós se revoltam com eles quando eles entram em greve por melhores salários e condições de trabalho. Muitos de nós apoiam quando a Educação tem verbas cortadas. Muitos de nós atacam os professores quando seus filhos têm mau desempenho ou cometem traquinices em sala de aula, mesmo sendo repreendidos merecidamente. Muitos de nós insultam professores de forma radical, violenta e injusta, tachando-os de preguiçosos, de folgados e até de maconheiros. Agora mesmo na pandemia, muitos de nós criticam injustamente os professores como se estes não estivessem trabalhando com afinco e dedicação, até mais tempo que o normal, isolados em casa. Com tantos ataques vindos de boa parcela da sociedade, inclusive de autoridades da República, não é à toa que o Brasil, lamentavelmente, é o 1° país em ranking global de agressão a educadores. Então não temos muito o que comemorar quanto se trata da realidade dos nossos queridos mestres. Deveríamos sim, não só cumprimentá-los efusivamente hoje em redes sociais pela passagem do seu dia, mas apoiá-los verdadeiramente no cotidiano, concordando e endossando suas lutas de melhoria constante da Educação e das suas condições de trabalho e remuneração.