Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

sexta-feira, 31 de maio de 2019

2199 - Ainda dá tempo, Véi!

"Ainda dá tempo, Véi!" É com esta frase esperançosa e bem-humorada que termina um vídeo tratando de liberdade e preconceito, divulgado pelo glorioso clube do Bahia há pouco tempo. 
O Esporte Clube Bahia, ou Esquadrão de Aço, ou Tricolor da Boa Terra, ou ainda apenas e carinhosamente Bahêa, nasceu no primeiro dia do ano de 1931. São 88 anos de muita história no futebol brasileiro. Conta a história que o clube foi criado por ex-jogadores da Associação Atlética da Bahia e do Clube Bahiano de Tênis, que se uniram após o fim das atividades futebolísticas no final da década de 1920. Utilizando o nome e as três cores da bandeira do estado da Bahia, o azul, o branco e o vermelho, o clube baiano arregimentou, ao correr dos anos, uma multidão entusiasmada de torcedores, conquistando títulos memoráveis como a Taça Brasil de 1959, em três embates inesquecíveis contra o Santos de Pelé, Coutinho e Pepe, e o Campeonato Brasileiro de 1988 sobre o Internacional de Porto Alegre. Tem ainda na sua sala de troféus, 3 Copas do Nordeste e 48 taças de Campeão Estadual. 
Paixão de milhões de baianos, o Bahia tem se destacado ultimamente como um dos mais progressistas clubes de futebol do país, com campanhas inovadoras e maravilhosas contra o racismo, o machismo, a homofobia e o preconceito, dando um excelente exemplo para todos os demais clubes brasileiros. Com um plano de associados com preços acessíveis aos mais carentes, o clube baiano constantemente tem feito ações afirmativas em apoio às mulheres e ao público LGBT, assumindo sua enorme identidade popular. No ano passado, a diretoria comandada pelo presidente Guilherme Bellintani, realizou o evento Novembro Negro, prestando homenagem aos negros do país. Posteriormente realizou evento com a participação de indígenas. Com o apoio da torcida feminina Tricoloucas, o clube promoveu ações contra o machismo, fazendo a "Ronda Maria da Penha", uma campanha contra o assédio sobre mulheres, além de conseguir aumentar o número de policiais femininas dentro da Arena Fonte Nova, numa parceria com a Polícia Militar. Outro projeto elogiável é o "Dignidade ao Ídolo", que acolhe e mantém ex-jogadores do clube em situação de necessidades sociais e econômicas. 
Uma dessas importantes, necessárias e elogiáveis ações do Bahia pode ser vista no vídeo abaixo, muito tocante e bem construído, conclamando a torcida para a união, a fraternidade e o respeito à diversidade. Preconceito não! Parabéns e viva o Bahêa! Ainda dá tempo de entrar nessa também, Véi!
Um grande abraço espinosense. 

     

2198 - Que time é este?

Por mais que eu tentasse, não consegui identificar o nome desse time, fotografado ainda no Estádio Caldeirão sem gramado. O uniforme branco com golas e calções verdes não me permitiu ver o detalhe do escudo. Mas se não reconheci o nome do time, o mesmo não se deu com os jogadores, mesmo com três deles não sendo reconhecidos por mim. Os demais eu não tive a menor dificuldade em identificá-los. Vamos a eles. Da esquerda para a direita em pé, estão o saudoso Dedé de Tone Fumin, Cleone, o goleiro que não reconheci, o saudoso Paulão, Tone Chaves, Nenzão e outro jogador que não reconheci. Agachados, a partir da esquerda, estão o saudoso Euclides de Tone Fumin, Pote, Eduardo, Neguinho, Fá e outro atleta que não consegui identificar. Espero que vocês possam me ajudar a descobrir o nome do time e os nomes dos três atletas desconhecidos.
Fica a saudade dos três amigos que já não estão conosco nesta vida: Dedé, Paulão e Clides, mas ficam também na memória os bons momentos de disputas esportivas com a grande maioria desses grandes personagens do futebol espinosense. Bons tempos!  
Um grande abraço espinosense.

Atualização: Com a preciosa ajuda de Déo Tolentino e Almerindo Santos, foram identificados mais dois atletas da foto. O goleiro é Tião Borrela, irmão de Nenzão e Tone Chaves. E o último em pé, à direita, é Gil Araújo (irmão de Lício da Patrol). Muito obrigado pelas dicas, Déo e Almerindo!



segunda-feira, 27 de maio de 2019

2197 - Zade nos deixou hoje

Uma triste notícia acaba de chegar de Espinosa: morreu Zade. Poucas pessoas da cidade saberiam dizer com precisão quem é Osvaldo Cerqueira da Cruz, mas é quase impossível que alguém desconheça quem é Zade. Por anos e anos ele comandou o Bar Copacabana, herdado do seu pai Seu Joaquim Cerqueira, localizado ali na Praça Antonino Neves, ou Praça da Liberdade, como queiram. Aos 72 anos de idade, ele foi encontrado morto hoje, por volta do meio dia, deitado em sua cama na sua residência contígua ao bar. Há algum tempo ele lutava contra um câncer e a suspeita é de que ele tenha falecido em horário próximo da meia noite. 
O velório estará sendo realizado durante todo o dia de hoje na Dejan Assistencial, com o sepultamento previsto para amanhã, 28 de maio, terça-feira, às 8 horas no Cemitério do Bonfim, conhecido como Cemitério Velho, na Avenida Minas Gerais.
Vivi muitos bons momentos frequentando o Bar Copacabana de Zade. Ele se notabilizou pela capacidade elogiável de fornecer a cerveja mais gelada da cidade. Era um tanto sistemático e não aceitava de forma nenhuma vender cerveja que não estivesse "estupidamente" gelada aos seus clientes, grande parte deles fregueses extremamente fiéis. Não foram poucas as vezes em que, em meio a maior farra com os amigos, Zade nos comunicasse que não mais nos serviria pois a cerveja gelada tinha acabado. Não adiantava suplicar para que servisse alguma cerveja mais ou menos gelada, mas ele se mantinha irredutível na decisão. Se não estivesse completamente gelada, acabava a entrega e ponto final. Outra característica fundamental do Bar de Zade, que se tornou fonte de brincadeiras entre nós seus clientes, era a inexistência de tira-gostos ou petiscos. O máximo que era disponibilizado para acompanhar as bebidas era um saquinho de pipoca doce ou de pele à pururuca. Ele já estava fazendo falta com o fechamento do bar e agora ainda mais com a sua partida.  
Gostaria de poder estar presente na sua despedida, mas não será possível. Então, quero expressar aqui as minhas sinceras condolências a Joana, Mazinho, Lia e a todos os demais irmãos e familiares de Zade neste momento repleto de dor e tristeza. Que Deus lhes conceda muita força, resignação e fé para suportarem esse doloroso momento. Que seja recebido de braços abertos no Paraíso!
Um grande abraço espinosense.






domingo, 26 de maio de 2019

2196 - Nossa Pathy novamente no pódio

Neste domingo, 26 de maio, a nossa talentosa e vitoriosa atleta conterrânea Ana Patrícia Silva Ramos, a Pathy, conquistou mais uma importante medalha na sua já brilhante carreira esportiva. Ao lado da fiel parceira Rebecca Cavalcanti Barbosa Silva, Pathy subiu mais uma vez ao pódio e de novo na China, em Jinjiang, na disputa da etapa quatro estrelas do Circuito Mundial de Vôlei de Praia 2019. Infelizmente as nossas meninas perderam a semifinal para a dupla australiana e tiveram que se contentar em disputar a medalha de bronze. E o fizeram com a competência de sempre, vencendo a dupla brasileira Ágatha e Duda por 2 x 0, com parciais de 21/19 e 21/15, e conquistando a terceira posição. 



Jogos de Pathy e Rebecca nesta etapa:
23-05-2019 - Quinta-feira - 2 x 1 Bing Bai e Lvwen Yuan - China (21/11, 19/21 e 15/11)  
23-05-2019 - Quinta-feira - 2 x 0 Marleen Ramond-Van Iersel e Joy Stubbe - Holanda (21/13 e 21/14)
24-05-2019 - Sexta-feira - 2 x 0 Kinga Wojtasik e Katarzyna Kociolek - Polônia (21/13 e 21/18)
25-05-2019 - Sábado - 2 x 1 Julia Sude e Karla Borger - Alemanha (21/13, 15/21 e 15/11)
Semifinal:
25-05-2019 - Sábado - 0 x 2 Mariafe Artacho e Taliqua Clancy - Austrália (23/25 e 14/21) 
Disputa do terceiro lugar, medalha de bronze:
26-05-2019 - Domingo - 2 x 0 Ágatha Bednarczuk e Eduarda Santos Lisboa (Duda) - Brasil (21/19 e 21/15)
Na partida final, as norte-americanas Kerri Walsh Jennings e Brooke Sweat venceram por 2 x 0 (17/21 e 19/21) a dupla australiana Mariafe Artacho e Taliqua Clancy, conquistando as medalhas de ouro e prata, respectivamente. 

Lembrando que este é o terceiro pódio conquistado por Pathy e Rebecca, que já haviam sido campeãs no Circuito Mundial nas etapas de Haia (Holanda) e Xiamen (China). Isto é de fundamental importância na pontuação que levará à disputa da Olimpíada, com participação de apenas duas duplas em cada naipe. Confira a pontuação atual da corrida olímpica brasileira:
Ana Patrícia/Rebecca (MG/CE) – 1.840 pontos
Talita/Taiana (AL/CE) – 1.440 pontos
Ágatha/Duda (PR/SE) – 1.440 pontos
Carol Solberg/Maria Elisa – 1.200 pontos
Fernanda Berti/Bárbara Seixas – 1.040 pontos



Fotografias: Getimage

No nosso país, infelizmente, uma grande parcela da população não consegue perceber a importância de conquistas que não sejam as primeiras, fruto da imensa ignorância que nos acomete. Por aqui, terminar uma competição em segundo lugar é uma tragédia para muitos, com cenas lamentáveis de atletas recusando o recebimento de suas medalhas de vice-campeão, sobretudo no futebol. Precisamos urgentemente aprender a valorizar não só a primeira colocação, como também as demais, conquistadas com muito esforço e dedicação. Assim, quero parabenizar mais uma vez a nossa "Menina de Ouro" Pathy e sua parceira Rebecca por mais esta importantíssima conquista. Cada set, cada partida, cada torneio disputado só agrega sabedoria e experiência para voos bem mais altos. Então muito boa sorte para as nossas meninas, que só nos enchem de orgulho. Valeu mais uma vez, Pathy e Rebecca!
Um grande abraço espinosense.  

sexta-feira, 24 de maio de 2019

2195 - O grande Bola de Ouro

Por um determinado período em Espinosa, uma acirrada rivalidade esportiva imperou na categoria dos masters do futebol. As equipes de veteranos do 9 de Março e do Bola de Ouro atuavam nos campos da cidade e das redondezas apresentando o melhor do futebol espinosense. Por serem os times com maior representatividade na cidade, criou-se uma concorrência implacável entre eles. 
Mas se a rivalidade era gigantesca e radical no cenário esportivo e dentro de campo, o mesmo não se dava no relacionamento pessoal entre os atletas, sempre mantido com uma convivência tranquila, respeitosa e harmoniosa entre todos. A "guerra" se dava apenas dentro de campo, nas poucas vezes em que os dois times se enfrentaram. Se não me engano, por conta da minha memória um tanto quanto péssima, foram apenas dois confrontos em disputas de campeonatos municipais, com uma vitória e um título de campeão para cada lado. Se eu estiver enganado, que me corrijam, por favor. 
Ainda hoje mantenho ótimo relacionamento com os meus bravos adversários daquela época, casos de Celino, Nívio, Robinho, Toninho, Dodó, Wagner, Pote, Neguinho, Fá, Joaquim, Cosme e Nenzão, entre outros. É isso que muitos de nós ainda precisam aprender: somos apenas adversários, jamais inimigos. 
Um grande abraço espinosense a toda essa turma boa do futebol.
 



 

        

terça-feira, 21 de maio de 2019

2194 - Um oásis de paz e tranquilidade em Montes Claros

Para quem ama a Natureza, a calorenta cidade de Montes Claros conta com um pedacinho de paz e sossego localizado bem ao lado de uma das suas mais importantes e movimentadas avenidas. Bem juntinho à Avenida José Corrêa Machado está o Parque Guimarães Rosa, que ganhou há pouco tempo um espaço aprazível propício para o lazer da população, com ecopista para caminhadas e corridas, bancos de troncos de árvores para descanso e piqueniques e espaço para contato direto com a Natureza, com iluminação, bebedouro e algumas obras de arte espalhadas por sua tortuosa via asfaltada de pouco mais de 1.300 metros. As obras de arte foram doadas por cidadãos e por artistas plásticos montes-clarenses como Gu Ferreira, Felicidade Patrocínio e Roberto Marques. Para um breve futuro, a administração municipal promete oficializá-lo como praça e implementar novas benfeitorias, como banheiros, novos bancos e um palco para apresentações culturais. Trata-se do Parque Urbano Municipal Sagarana, instalado logo na entrada do Bairro Ibituruna, inaugurado em julho do ano passado, um espaço ecológico que conta com cerca de 39 mil metros quadrados de vegetação do cerrado.   
Para tornar o espaço ainda mais bonito, a ONG Viva Verde, em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente, criou uma bela iniciativa de solicitar aos munícipes a doação de orquídeas para este e outros parques da cidade.
A área de proteção ambiental em local privilegiado e de fácil acesso tem atraído milhares de pessoas adeptas do contato direto com a Natureza, entre idosos, adultos, jovens e crianças, que sozinhos, com amigos e em família ou com seus animais de estimação, frequentam o parque durante todo o dia e até o horário limite das 22 horas. Ali, naquele ambiente sereno e transmitidor de paz e harmonia, muitos se dispõem a caminhar, a ler um bom livro ou apenas refletir sobre a existência. Imperdível!
Um grande abraço espinosense.


domingo, 19 de maio de 2019

2193 - O uniforme novo e lindo do Atlético

Como sempre acontece com todos os grandes clubes de futebol do mundo na atualidade, o Clube Atlético Mineiro apresentou ao público o seu novo modelo de uniforme para o restante da temporada 2019. O conjunto de material esportivo que engloba camisas, calções e meias para jogos e treinos, além de modelos para viagens e concentrações dos atletas e membros da comissão técnica e vendas aos torcedores em geral, passa a ser de responsabilidade da empresa francesa Le Coq Sportif, ou traduzindo, O Galo Esportivo. A cerimônia de lançamento do novo uniforme foi realizado na última quinta-feira, dia 16 de maio, nas dependências do Sua Sala Eventos no Ponteio Lar Shopping, no Bairro Santa Lúcia, em Belo Horizonte.
O contrato com a famosa empresa francesa de material esportivo será de duas temporadas, até 2020. Uma característica fundamental une os dois parceiros, o símbolo do galo.


A estreia do novo uniforme não poderia ser mais alentadora e feliz. No difícil confronto com o Flamengo, na noite de sábado, 18 de maio, no Estádio Independência, o Atlético realizou uma grande partida, atuando com eficiência, determinação e organização tática. Mesmo com a expulsão do volante Elias no final do primeiro tempo, o time alvinegro conseguiu eficazmente se segurar na defesa e terminar a partida com a importante vitória por 2 x 1, com gols memoráveis de Juani Cazares e Yimmi Chará.





As camisas e demais peças do conjunto de novos uniformes já estão à venda nas Lojas do Galo físicas como também através da Internet. A camisa oficial listrada ou a camisa branca custam R$ 259,90, preço da versão masculina, e R$ 229,90, preço das versões feminina e infantil. Os assinantes do Galo na veia têm desconto de 5%, com a camisa masculina custando R$ 246,99. A camisa de treino na cor laranja custa R$ 189,90. Com o desconto de 5% para os possuidores do Galo na Veia, a camisa sai por R$ 180,49. Na loja virtual há a cobrança de frete.
O preço do novo uniforme é bastante alto, mas o amor pelo clube e o orgulho de vestir o seu manto sagrado compensam qualquer investimento. Espero que eu possa estar vestido com a nova camisa muito em breve.
Um grande abraço espinosense.


  


sexta-feira, 17 de maio de 2019

2192 - A banda das crianças espinosenses

Infelizmente não me lembro mais com quem eu consegui esta velha e interessante fotografia, mas tenho por ela um apreço especial. É que nela estão retratadas as figuras de sete formosas crianças das mais diversas idades reunidas em uma banda de música. Nela estão a garota tocando seu violão, outra menininha tocando sua flauta e o restante da criançada completando a banda nos outros instrumentos de sopro. 
Não tenho a mínima informação de quem sejam esses meninos e meninas, mas gostaria muito de saber. Usando de simples especulação, diria se tratar de filhos de um casal de extrema paixão pela música e uma boa condição financeira para poder adquirir tantos instrumentos musicais. Tudo indica também que essa garotada toda seja nascida em Espinosa. Ah, se todos os meninos e meninas pudessem ter, desde a infância, o acesso amplo à educação musical! Certamente teríamos um mundo muito mais bonito e harmonioso. 
Um grande abraço espinosense.


terça-feira, 14 de maio de 2019

2191 - Festa da Paróquia Nossa Senhora de Fátima em Pouso Alegre

Aproveitando minha curta estada na aconchegante cidade mineira de Pouso Alegre, para visitar meu filho Renato que estuda e trabalha aqui, estive presente nas comemorações da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima na primeira quinzena de maio. Esta paróquia, que engloba 20 comunidades urbanas e rurais, foi fundada no ano de 1975, quando aconteceu o desmembramento da Paróquia de Bom Jesus, da Catedral Metropolitana. Comanda atualmente a paróquia o Arcebispo Metropolitano de Pouso Alegre, Dom José Luiz Majella Delgado.
A tradicional festa em louvor à padroeira iniciou-se no dia 30 de abril e encerrou-se nesta segunda-feira, dia 13 de maio, com missas e procissão, com a presença do Arcebispo Dom José Luiz, do vigário paroquial Padre José Francisco Ferreira e do pároco Padre Adriano São João. Durante o período da festa foram realizadas orações do Terço; Missas; um Luau em homenagem a Nossa Senhora com a participação do Padre Antônio Maria; um evento esportivo no dia 1º de maio, o "Atletas de Fátima", com corrida de rua, passeio ciclístico e caminhada e quermesses nos finais de semana. 


Para quem nunca ouviu falar de Pouso Alegre, é uma das principais cidades do Sul de Minas Gerais, com uma população estimada em 149 mil habitantes. Localiza-se às margens da BR-381, a Rodovia Fernão Dias, distante 373 km de Belo Horizonte, tendo em seu território os rios Sapucaí, Sapucaí-Mirim, Cervo, Mandu e Itaim. A cidade que produz bastante morango e batata, possui bons restaurantes, diversas agências bancárias, algumas faculdades, inúmeros órgãos públicos e empresas privadas, o Serra Sul Shopping com várias lojas e quatro salas de cinema e o Hospital das Clínicas Samuel Libânio, de natureza filantrópica e mantido pela Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí - FUVS. A Vila de Pouso Alegre foi instalada em 7 de maio de 1832, desmembrada da cidade de Campanha, e foi elevada a cidade em 19 de outubro de 1848. A população pouso-alegrense comemorará este ano seu 171º aniversário de criação da cidade.
Algumas distâncias para cidades conhecidas: Ribeirão Preto (228 km), São José dos Campos (105 km), Campinas (138 km), São Paulo (163 km), Guarulhos (150 km), Varginha (133 km), Poços de Caldas (105 km), Campos do Jordão (122 km), Montes Claros (802 km) e Espinosa (1076 km). 
Um grande abraço espinosense.


segunda-feira, 13 de maio de 2019

2190 - Algo a comemorar?

Há exatos 131 anos, era sancionada, pela Princesa Isabel, a Lei Áurea, que decretava mais que tardiamente o fim da escravidão no Brasil. A princesa, de nome quilométrico Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bourbon-Duas Sicílias e Bragança, nasceu no Rio de Janeiro aos 29 dias de julho de 1846 e faleceu no Castelo d'Eu, em Eu, na França, no dia 14 de novembro de 1921. Ela era filha do imperador Pedro II e da imperatriz Teresa Cristina e tinha como irmãos o Afonso Pedro, a Leopoldina e o Pedro Afonso.
Parece inacreditável a pessoas com um mínimo de sensibilidade que, há pouco mais de 130 anos, tenhamos tido aqui em nosso Brasil a existência de seres humanos escravizados, torturados e tratados como simples mercadoria. É inadmissível que tal funesta situação tenha acontecido em nosso país, só abolida com a Lei Áurea em 1888. Anteriormente, o complicado processo de abolição da escravatura no Brasil contou inicialmente com a Lei nº 581, de Eusébio de Queirós, aprovada em 4 de setembro de 1850; seguida pela Lei do Ventre Livre, de 28 de setembro de 1871, de autoria do Visconde do Rio Branco; e da Lei nº 3.270, ou Lei Saraiva-Cotegipe, ou ainda Lei dos Sexagenários, promulgada em 28 de setembro de 1885. A liberdade dos negros escravizados só se confirmou completamente com a Lei Áurea, assinada em 13 de maio de 1888.

A família imperial: Teresa Cristina, Antônio, Isabel, Pedro, Pedro Augusto, Luís, Gastão e Pedro de Alcântara.

Entre tantos homens dignos e batalhadores contra este completo absurdo de irmãos escravizados, estiveram na luta nomes como Joaquim Nabuco, José do Patrocínio, José Bonifácio, Eusébio de Queirós, o Visconde do Rio Branco, Luís Gama, Antônio Bento, Silva Jardim, Rui Barbosa, Plínio de Lima, Castro Alves, Aristides Spínola e Regueira Costa. 

"Castigo Público no Campo de Santana". Litografia de 1835 - Crédito: Johann Moritz Rugenda

Não, não temos muito o que comemorar. Vergonhosamente, o Brasil foi o último país independente da América a abolir completamente a escravatura. Mas, mesmo com a tal abolição da escravatura há 131 anos, a situação dos negros (e dos índios) permanece tristemente terrível, com direitos sendo constantemente atacados, com oportunidades menores de crescimento econômico, social e cultural e com o maldito preconceito que nunca cessa. Uma lástima!
Um grande abraço espinosense.  

domingo, 12 de maio de 2019

2189 - Essas heroicas mulheres guerreiras da paz

Hoje é um dia de domingo especial onde se comemora o dia das Mães. Mas como sempre digo, é muito pouco um dia só para render homenagens a quem nos concedeu a dádiva da vida, nosso maior tesouro, sem falar do amor incondicional de toda uma existência para conosco. Mãe tem de ser amada, beijada, abraçada, acarinhada, cuidada, protegida e respeitada a todo momento.
Para homenagear as mães de todo o mundo, especialmente as espinosenses, vou me utilizar de uma antiga fotografia que focaliza cinco mulheres dignas e batalhadoras, exemplos brilhantes de genitoras. Nela aparecem, da esquerda para a direita, minha querida Tia Lia, Dona Cida, Dona Julita, Dona Noeme e Dona Dulce, a primeira cantineira e as demais serventes da atual Escola Estadual Dom Lúcio. Três delas, Tia Lia, Dona Cida e Dona Noeme, podem ser consideradas minhas outras mães, pelo carinho, cuidado e zelo que sempre dedicaram à minha pessoa desde moleque, quando ainda morava na minha eterna Rua da Resina. 
A todas essas mulheres guerreiras da paz, da harmonia e do amor absoluto retratadas na velha imagem, os meus mais sinceros sentimentos de ternura, admiração e respeito, extensivo a todas as mulheres que são ou serão mães um dia, especialmente minha esposa Cléa Márcia, que me presenteou com meus dois tesouros Ricardo e Renato.
Infelizmente, minha mãe Zu já não está entre nós para receber um abraço fraterno e amoroso hoje, mas certamente, lá de cima ela estará recebendo boas energias dos seus três filhos, mais netos e bisnetos. 
Um grande abraço espinosense e que todo dia seja dia das Mães.


Tia Lia, Dona Cida, Dona Julita, Dona Noeme e Dona Dulce

quinta-feira, 9 de maio de 2019

2188 - Discos da minha vida: "Imagine"

Há muito tempo, iniciei uma série de postagens sobre álbuns de música que encantaram minha vida. Pretendia retornar a ela em breve. E após assistir na Netflix ao documentário "John and Yoko: Above Us Only Sky" ou, na tradução, "John e Yoko: Só o Céu como Testemunha", que trata do mítico segundo álbum solo do icônico músico inglês John Lennon, não pude deixar de escrever um pouquinho sobre ele, já que foi e é um dos meus mais amados discos na vida. Bastaria somente a canção "Imagine" para encantar-me, mas não. John foi muito mais além e incluiu nele outras maravilhas como "Jealous Guy", "Oh My Love" e "Crippled Inside", só para não listar todas as músicas.


Após o término dos Beatles, John se refugiou no campo, passando a morar em uma enorme fazenda na cidadezinha de Tittenhurst Park na Inglaterra. Lá, passava o tempo curtindo o imenso amor de e por Yoko Ono e sua família, apreciando a Natureza e criando e gravando músicas no seu estúdio particular. Pouco antes, no ano de 1970, havia lançado seu primeiro álbum ao lado da recém criada Plastic Ono Band. Lennon e Yoko produziram o disco ao lado de Phil Spector. As primeiras gravações se deram ainda no Ascot Sound Studios em Tittenhurst Park, sendo finalizado com mais gravações e regravações no Record Plant Studios, na cidade de Nova York. O álbum foi lançado pela gravadora Apple nos Estados Unidos em 9 de setembro de 1971, cinco dias após o meu aniversário de 9 anos. No Reino Unido o lançamento aconteceu em 8 de outubro de 1971. Contou com especial participação do ex-companheiro de Beatles, George Harrison, e dos demais músicos: John Barham, Steve Brendell, King Curtis, Andy Davis, Tom Evans, The Flux Fiddlers, Jim Gordon, Nicky Hopkins, Jim Keltner, Rod Linton, Joey Molland, Michael Pinder, John Tout, Ted Turner, Klaus Voormann e Alan White. 
O disco foi intitulado "Imagine", primeira canção do Lado A. Eis todas as suas músicas: 
Lado A:
1) "Imagine"
2) "Crippled Inside"
3) "Jealous Guy"
4) "It's So Hard"
5) "Don't Wanna Be A Soldier Mama, I Don't Wanna Die"

Lado B:
1) "Give me Some Truth"
2) "Oh My Love"
3) "How Do You Sleep?"
4) "How?"
5) "Oh Yoko!"

Um amor sem tamanho: Lennon e Yoko - Fotografia de Iain Macmillan

Esse disco foi fundamental no meu entendimento do mundo. Só o descobri mesmo, completo, após a morte de John Lennon, quando comprei uma coleção de discos de vinil do ex-Beatle. Já conhecia "Imagine" e "Jealous Guy", mas desconhecia as outras canções. Coleção comprada, passei a ouvir muito cada música e fiquei bastante feliz depois que outro ídolo meu, o Raimundo Fagner Cândido Lopes, fez uma versão linda de "Oh My Love". Outra música que eu adoro desse disco é "Crippled Inside", um peteleco não tão sutil na cara de pessoas hipócritas, verdadeiros lobos em pele de cordeiro, tão comuns ao nosso redor. Sem esquecer da incisiva "Gimme Some Truth", que cai como uma luva nesses nossos tempos de império das fake news. O disco é excelente, mesclando canções de amor, de esperança, de dúvida e de indignação com a guerra e a hipocrisia humana. 




Quanto ao documentário "John e Yoko: Só o Céu como Testemunha", é prazeroso ver imagens inéditas e caseiras de John, Yoko e Sean em seu cotidiano como pessoas comuns. Mais prazeroso ainda é ver John e Yoko incomodando os poderosos com suas atitudes políticas e mensagens de paz e amor em uma sociedade tomada pelo ódio e manipulada para o apoio à guerra. Para quem tem acesso a Netflix e ama a boa música e o grande artista, é imperdível.   
Um grande abraço espinosense.


Crippled Inside (Aleijado Por Dentro)

You can shine your shoes (Você pode engraxar os seus sapatos)
And wear a suit (E usar um terno)
You can comb your hair (Você pode pentear o seu cabelo)
And look quite cute (E se apresentar bonitinho)
You can hide your face (Você pode esconder seu rosto)
Behind a smile (Atrás de um sorriso)
One thing you can't hide (Uma coisa que você não pode esconder)
Is when you're crippled inside (É quando você está aleijado por dentro)
You wear a mask (Você veste uma máscara)
And paint your face (E pinta o seu rosto)
You can call yourself (Você pode chamar a si mesmo)
The human race (A raça humana)
You can wear a collar (Você pode usar um colarinho)
And a tie (E uma gravata)
But the one thing you (Mas uma coisa você)
Can't hide is when you're (Não pode esconder, é quando você está)
Crippled inside (Aleijado por dentro)
Well now you know that your (Bem, agora você sabe que seu)
Cat has nine lives, babe (Gato tem nove vidas, benzinho)
Nine loves to itself (Nove vidas só para si)
But you only got one (Mas você só tem uma)
And a dog life ain't no fun (E uma vida de cão não é divertida)
Mamma take a look outside (Mamãe, dê uma olhada lá fora)
You can go to church (Você pode ir pra igreja)
And sing a hymn (E cantar um hino)
Judge me by the color (Me julgar pela cor)
Of my skin (Da minha pele)
You can live a lie until you die (Você pode viver uma mentira até morrer)
One thing you can't hide (Uma coisa que você não pode esconder)
Is when you're crippled inside (É quando você está aleijado por dentro)


segunda-feira, 6 de maio de 2019

2187 - Chá de Fraldas de Miguel

Extra! Extra! Extra! O Diário da Cidade informa! Brevemente pousará mais um sagaz e arteiro passageiro na nossa encantadora e maltratada nave-mãe Terra. 
Os orgulhosos e ansiosos pais, Daniel e Ísis Gabriella, comemoraram a chegada do pequeno Miguel em uma confraternização realizada nas dependências da Ideal Esportes e Eventos no Bairro Morada do Parque, na noite do último sábado, 4 de maio, com a presença dos familiares e amigos.
Gabi e Dan aguardam com imensa ansiedade a vinda do Miguel e não veem a hora de poder acolhê-lo carinhosamente nos braços. Para comemorar tão divina e abençoada dádiva, eles organizaram este evento íntimo, com cuidado especial na confecção do bolo, dos docinhos e das lembrancinhas destinadas aos convidados. Para animar a noite, o evento contou com um show de músicas brasileiras de qualidade através da performance prazenteira do talentoso músico paulista Pedro Tommaso.
O desejo é de que o Miguel venha com muita saúde para abastecer ainda mais de amor a vida de Dan e de Gabi, inundando a casa de alegria e felicidade. Que assim seja!
Um grande abraço espinosense.


   


sábado, 4 de maio de 2019

2186 - Um pedaço da minha história foi ao chão

Rua Coronel Domingos Tolentino, mais conhecida como Rua da Resina, esquina com Rua Arthur Bernardes. Neste específico espaço urbano da minha amada Espinosa vivi alguns dos meus mais maravilhosos momentos nesta já longa vida. Ali na calçada, ou sobre os paralelepípedos disformes da rua, descobri o prazer da paixão ao dar o meu primeiro beijo; participei de conversas as mais proveitosas com amigos e amigas; levei alguns cascudos dos mais velhos e violentos; brinquei de "dupla", de "quatro cantos", de "curriãozinho queimado" e das mais variadas formas de reinações junto com meninos e meninas; joguei futebol descalço machucando os dedos dos pés nas pedras; estive presente em rodas de criação de charadas e participei de muitas e muitas rodas de bate-papo em que se sobressaíam meu Tio Luizão alfaiate, Seu Vavá da Minas Caixa, Seu João Meira do cartório e meu saudoso amigo atleticano Nenzão. Fui especialmente abençoado por Deus por poder usufruir desse círculo de paz, harmonia e felicidade ao lado de tantos personagens inesquecíveis que jamais sairão do coração e da memória.

Rua Arthur Bernardes, esquina com Rua Coronel Domingos Tolentino

Se naquele pequeno espaço externo fui tão feliz, o mesmo se deu no interior do belo casarão da esquina onde moraram minha avó materna Judith e meu tio Luizão até o fim dos seus dias. Ali escutávamos os mais surreais "causos"; ali escrevíamos os versos da queima anual do Judas na Semana Santa; ali subíamos em disparada tonitruante a escada de madeira maciça que levava ao sótão para brincar; ali comíamos rapadura, requeijão e "tijolo" retirados furtivamente da despensa de Madrinha Judith, como carinhosamente a chamávamos. Lembro-me das nossas travessuras naquele lugar mágico e totalmente imerso em liberdade. Uma certa vez, subimos ao sótão e das suas duas janelas lá em cima, em confronto contra "guerreiros inimigos" postados lá embaixo na rua, protagonizamos a maior guerra de lançamento de caroços de mamona já registrada em Espinosa e no Sertão Norte-Mineiro. Após a bagunça escondida de alguns intensos minutos, a parede completamente manchada de verde por conta dos caroços de mamona atirados nos delatou e nos valeu uma enorme bronca e um doloroso puxão de orelhas. Em outras ocasiões, estas mais corriqueiras, a brincadeira era se posicionar no chão de madeira do sótão e lá de cima, através de um buraquinho entre as tábuas, cuspir em direção da cabeça de um convidado desavisado a se sentar confortavelmente na poltrona estrategicamente posicionada na sala de entrada. Havia também quem enganasse os de boa visão e desmedida cobiça, baixando uma nota de cruzeiro amarrada em um fio de nylon pelo mesmo buraco, içando rapidamente quando da tentativa do espertinho de recolhê-la. Coisas de meninos travessos. 

Minha Madrinha Judith, à esquerda, junto com minha Madrinha Joana

Meu Tio Luizão diante do velho casarão que o acolheu a vida inteira


Imagem de Júnia Tanúsia Antunes Meira










Minha Madrinha Judith se foi, com sua força absoluta no corpo frágil e miúdo e sua integridade, candura e amor tão grandes por nós, seus netos traquinas que lhe causavam pequenos constantes dissabores. Também se foi meu tio Luizão deixando a saudade dos seus "causos" deveras curiosos e suas canções cativantes. Assim como desapareceu para sempre o imponente casarão de propriedade de Seu Boaventura, aquele imóvel de imensas portas e janelas por onde passamos tantas e tantas vezes com extrema alegria e felicidade em companhia de pessoas tão queridas. O casarão sumiu de repente, ou melhor, não tão de repente, faça-se justiça. Merece registro e elogio que seu dono, seu Boaventura, manteve a palavra de permitir, à minha avó Judith e ao meu tio Luizão, a morada até o final da vida, só se desfazendo do imóvel quando estes já não pertenciam a este nosso mundo. A ele e aos seus familiares, o meu eterno agradecimento.
O casarão já não existe mais, assim como seu teto de vigorosas toras de madeira, sua escada também de madeira barulhenta ao pisar forte da meninada, seu sótão de mágicas brincadeiras, suas janelas largas e pesadas e ainda aquela frondosa mangueira que nos alimentou durante anos com as mais saborosas mangas rosa que um dia experimentei na vida. 
O casarão é passado, os momentos maravilhosos ali vividos também, mas a emoção e o prazer de ter vivenciado tantos afortunados e divertidos acontecimentos naquele lugar, ao lado de pessoas tão queridas, estarão para sempre eternizados na minha alma e no meu coração.
Um grande abraço espinosense.