Espinosa, meu éden

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domingo, 22 de dezembro de 2013

853 - A música romântica de luto: morre Reginaldo Rossi

Não posso ser falso e mentiroso: a música de Reginaldo Rossi nunca foi do meu agrado. Entretanto não posso deixar de reconhecer a sua importância no cenário musical brasileiro. Confesso que até já cantei a música "Garçom" em algumas farras com os amigos, mas definitivamente o seu portfólio sonoro não atende às minhas preferências musicais, o que não diminui em nada o seu valor na área musical do país, especialmente na vertente brega-romântica.
O pernambucano do Recife, Reginaldo Rodrigues dos Santos, nascido aos 14 de fevereiro de 1944, iniciou a sua trajetória musical nos anos 60 imitando Roberto Carlos, influenciado pelo enorme sucesso dos Beatles, Elvis Presley e da então efervescente Jovem Guarda. Também teve o seu período roqueiro e liderou o grupo "The Silver Jets", tocando rock no Nordeste. No ano de 1966, lançou o seu primeiro disco, o LP denominado "O Pão". 
Em 1970, Reginaldo deu uma guinada na carreira ao se dedicar a um repertório romântico, com o lançamento do disco "À Procura de Você", o que lhe daria a glória e o sucesso, que durou até a sua morte no último dia 20, aos 69 anos, de falência múltipla de órgãos em decorrência de um câncer no pulmão.
 
 


 
Reginaldo Rossi deixa uma legião de fãs espalhados por todos os cantos do país. A sua saída de cena me faz lembrar de um fato interessante que aconteceu comigo em Espinosa, no final dos anos 80. Como fazíamos todos os anos, íamos participar dos jogos regionais das AABBs. Naquele ano, os jogos aconteceriam na cidade de Janaúba. E como sempre, íamos na Rural do conhecido árbitro de futebol e motorista Quincão, figura de destaque na cidade que infelizmente já não está entre nós. Durante a viagem, no toca-fitas do carro, só se ouvia a música "Deixa de Banca" ou "Borogodá". Intrigados com aquela repetição, questionamos Quincão se o toca-fitas não estava com defeito por reproduzir a música infinitamente. Com aquela sua tranquilidade peculiar, ele esclareceu tudo. Por gostar demais daquela música ele mandou gravar os dois lados da fita só com ela. Estava explicado. Duro foi ir e voltar de Janaúba ao som de Reginaldo Rossi com a sua "Borogodá". Até hoje, quando a escuto, eu me sinto mal. Coisas de Espinosa e de seus personagens sui-generis.
Um grande abraço espinosense.

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