Espinosa, meu éden

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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Centenário de Espinosa - Postagem 84

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Nossa caminhada centenária sempre esteve ligada a inclemente seca que ano após ano castiga nosso chão, causando perdas de lavouras e mortes de rebanhos bovinos, colocando à prova a fé, a esperança e a resiliência dos nossos irmãos sertanejos. O interessante é que mesmo castigada impiedosamente pela seca rotineira, a nossa Espinosa foi abençoada por Deus com a existência de vários cursos d´água em seu território, o que ameniza bastante os efeitos maléficos da pesada estiagem. Não raro, em épocas em que os Céus despejam boa quantidade de chuva sobre nós, os nossos rios se transformam em gigantes corredeiras, deixando os seus leitos e invadindo terrenos próximos, inclusive ruas, avenidas e praças, mostrando a força da Natureza e causando sérios problemas para a população. A mais gigantesca destas demonstrações de vigor do Universo deu-se em março de 1968, quando após chuvas contínuas e abundantes, os rios Bom Sucesso e São Domingos tiveram grandes cheias, transbordando em vários pontos do seu caminho até a Barragem do Estreito, deixando um rastro de destruição na pequena cidade. A força da enchente foi tão poderosa que tombou carros e caminhões, derrubou casas, arrastou vagões ferroviários carregados de cimento e deixou para trás um desolador cenário de devastação por toda a cidade. A força da água foi tão poderosa que invadiu o prédio do Cine Coronel Tolentino deixando uma marca bastante alta nas suas paredes internas, bem como destruiu completamente a Igrejinha de Santa Terezinha instalada no centro da Praça Antonino Neves, na antiga Beira da Lagoa.  








 
De quando em vez somos surpreendidos com grandes enchentes na cidade, situação positiva para o nosso município tão castigado pelas longas e prejudiciais estiagens, não fossem os estragos causados nas lavouras, na inundação de logradouros e nas invasões de residências pela água, avariando ou destruindo móveis dos moradores. Infelizmente em Espinosa, locais mais baixos como vazantes e várzeas foram tomados por construções de moradias e empreendimentos comerciais, sem a devida infraestrutura de escoamento da água. Quando chove um pouco mais e ocorrem as cheias, esses locais são naturalmente inundados pela água da chuva e dos rios, causando inúmeros transtornos. Mas jamais devemos protestar ou nos queixar das abençoadas águas que descem dos Céus, porque delas vêm a nossa sagrada sobrevivência neste planeta lindo, azul e esférico. Não há, portanto, razão para haver reclamação contra os efeitos espontâneos da Mãe Natureza. Quem não quiser de maneira alguma ser atingido pela enxurrada das chuvas na porta da sua casa na sua rua, inclusive os atleticanos, que compre um lote e construa sua residência no alto do Morro do Cruzeiro. Brincadeira, sem maldade, viu, haters?
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

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