Espinosa, meu éden

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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Centenário de Espinosa - Postagem 61

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Entre as várias etapas das nossas vidas, todas maravilhosas e importantes, uma é certamente a mais proveitosa em termos de liberdade e diversão, ainda sem as inevitáveis preocupações da vida adulta. A infância nos permite viver intensamente ainda com poucas responsabilidades, obrigados apenas à frequência escolar indispensável. Nesta formidável fase da minha existência em Espinosa, vivi momentos inesquecíveis de encantamento com a Natureza, com os amigos, com o futebol, com os colegas de escola, com o cinema. Este último foi tão fundamental na minha descoberta do mundo que, a partir das fantásticas histórias contadas na tela e que nos fascinavam magicamente, utilizávamos os personagens e situações fictícias dos filmes nas nossas brincadeiras do cotidiano. A nossa imaginação era tão fértil que nos fantasiávamos mentalmente de super-heróis, de caratecas, de índios ou de pistoleiros, e não tínhamos o menor receio ou acanhamento de vivenciar abertamente essas figuras em público, imersos na ingenuidade infantil e adolescente. 

Praça Antonino Neves: Ângela Freitas, Júnia Tanúsia e Anália Meira;
Júlio César, Eustáquio Tolentino, Mílton Barbosa, Roberto "Quinha" Carlyle e Jorge Murilo 

Praça Antonino Neves: Roberto "Quinha" Carlyle, Eustáquio Tolentino e Júlio César;
?, Júlia Figueiredo, Socorro e Regina Cordeiro, Marco "Uíla" e "Zezinho Brasinha"


Nestas duas antigas fotografias que adoro, aparecemos nós, alguns meninos e meninas da Rua da Resina, todos em completa saúde, paz e harmonia, felizes e realizados com a dádiva de serem livres e sonhadores. Como pode-se notar, eu, Júlio César e Roberto "Quinha" Carlyle, estamos posando com uma haste longa e delgada nas mãos, uma vara retirada de pequenas árvores da beira do Rio São Domingos. Estas peças, na nossa fecunda imaginação, eram os nossos "rifles", que utilizávamos para os nossos papéis cinematográficos de bandoleiros tupiniquins em nossas brincadeiras nas ruas e no rio. Ser criança e viajar na fantasia é bom demais!
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

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