Espinosa, meu éden

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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Centenário de Espinosa - Postagem 49

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Quase tudo no mundo está em constante mudança, com alterações acontecendo nas mais diversas velocidades e amplitudes, quase sempre para muito melhor. Quem é aficionado pelo futebol em Espinosa e já possui muitos anos de experiência na tarefa livre e espontânea de desfrutar da maravilha que é correr atrás de uma bola em um campo qualquer, deve ter boas recordações de ter jogado em "estádios" que não existem mais. Como um idoso ainda com alguma boa memória, passei a rememorar neste instante os locais em que já atuei e que já foram tragados inexoravelmente pelo progresso.
O campo do Cruzeirinho na "manga" de Sêo Azemar Sepúlveda virou lotes e casas. O campo do "campo de avião", ou Bairro Santos Dumont, deu lugar a praça Iéié Antunes, a residências e comércios e a Escola Estadual Santos Dumont. O campo da AABB Espinosa foi extinto, vendido para construção de casas. O campo do fundo do cinema, na antiga lagoa, transformou-se em residências. O campo do Poeirinha, no fundo da antiga rodoviária, foi desativado. O campo no meio da "manga" de Sêo Azemar foi tomado por várias construções comerciais e desapareceu. O campo dos barrigudos não é da minha época, mas também sumiu para dar lugar a prédios comerciais e um posto de gasolina na Avenida Minas Gerais. O campo dos Pereiras, ao lado da velha e extinta quadra no Bairro São Cristóvão, não existe mais. O campo do Panorama deu lugar a Unidade Básica de Saúde Nélson Alves da Cruz e a uma obra até agora inacabada de um CREAS. O campo da Santana foi substituído pela bela e ampla praça da comunidade. O "Campão" foi acertadamente utilizado para a construção do novo Mercado Municipal na administração de Paulo Cruz. O nosso campinho na "praça de Beto Cruz" desapareceu para ser construído ali o Ginásio Poliesportivo Mateus Salviola Antunes na Praça José Soares da Silva. E tem muitos mais espaços de jogar bola que foram tomados pelo progresso, o que é natural ocorrer com o crescimento da cidade. Nada contra, só que outros espaços para a prática do futebol precisam ser criados e hoje, com a melhoria das condições econômicas, espalham-se pela cidade os campos societys, a maioria gramados, o que é um avanço.       






Nas minhas andanças pela zona rural de Espinosa, tive a chance de jogar nos mais diversos campos, alguns bons, aplanados, como também em outros bastante ruins e completamente irregulares no piso. Na comunidade do Mingu, joguei em dois campos que não existem mais. O primeiro, pertinho da ponte sobre o Rio São Domingos e de frente para a escola e a igreja da comunidade, onde hoje está construída a quadra. Ali perto funcionava o bar de Zezim Rupiado, que tinha fama de ter a cerveja mais gelada do lugar. O segundo campo ficava no centro do povoado, em um largo na direção do açude, onde funcionava o bar de Zé Bigode. Da última vez que lá estive, percebi que o espaço não mais é utilizado para a prática do futebol. Foi neste campo que meu primo Carlos Magno, Magrão, saiu em disparada com a bola dominada contra o seu próprio gol após o intervalo da partida e a óbvia mudança de lado dos times. Até os jogadores do Mingu gritavam para ele parar, pois ele tinha que atacar o outro gol, o do adversário, no lado do açude. Ficou na história este "meme" hilário. 
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.

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