Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.
Por longo tempo, a Toca dos Craques foi o ponto de encontro de uma enorme e animada turma de boleiros e cervejeiros. Nesta época o local ainda não possuía a excelente estrutura atual. Na quadra de cimento, era intenso o movimento de aficionados pelo futebol de salão, seja participando de torneios super disputados ou nas tradicionais peladas durante a semana. A piscina ficava mais para o uso da família, as esposas e os filhos. Mas era no bar que a coisa fervilhava e a galera ficava ainda mais participativa. Enquanto eram servidas cervejas estupidamente geladas preparadas pela sempre atenciosa Leila, aquela turma porreta se encarregava de se divertir em grupos, alguns jogando sinuca, outros jogando baralho e a maioria participando de mesas redondas onde se conversava sobre tudo, sobretudo do adorado futebol. O bate-papo durava horas, sempre em harmonia e com boas gargalhadas quando velhos "causos" eram contados pelos mais fantasiosos.
O time da Toca dos Craques reuniu muitos desses, os craques de bola que ali jogavam, sob o comando de um dos mais talentosos jogadores da história do futebol da cidade, Sidney Castro. A equipe da Toca dos Craques desfilava seu talento e poderio pelos campos da cidade e da zona rural, com mais frequência atuando contra o time de Urandi. Ficou na história também uma excursão realizada na cidade baiana de Brumado, onde jogamos uma partida contra a equipe de Livramento de Nossa Senhora, em campo de terra, e outra contra o pessoal da empresa Magnesita, esta em seu ótimo campo gramado. Melhor que os jogos, era a farra. Fomos recepcionados com a maior cortesia e atenção e a confraternização se estendeu por horas até a decisão de retornar para casa.
Para mim, foi um prazer e um privilégio poder ter feito parte desta turma maravilhosa, especialmente pela oportunidade de jogar ao lado de um craque de uma outra geração, que eu admirava torcendo ainda adolescente no Campão, o grande Sidney.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.
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