Espinosa, meu éden

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domingo, 14 de janeiro de 2024

Centenário de Espinosa - Postagem 13

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Discordo um tanto dos nostálgicos saudosistas que acham que tudo antigamente era melhor que na atualidade. Obviamente que a liberdade ampla da criançada nas ruas, os rios preservados e as tradições culturais sofreram grandes abalos e restrições, fazem muita falta e nos trazem saudades enquanto reacendem ótimas recordações, mas a vida atual é muito melhor que antigamente, não há a menor dúvida. As condições de saúde, educação e sobrevivência melhoraram sobremaneira. Ou alguém em sã consciência quer voltar a viajar em estrada de terra esburacada e lamacenta, parar de usufruir do indispensável aparelho de ar condicionado em carros e ambientes da casa e do trabalho, deixar o celular de lado para voltar a enfrentar fila no "orelhão" para fazer uma ligação ou trocar o prático, limpo e higiênico vaso sanitário para fazer as necessidades lá no buraco de fossa no fundo do quintal? Nem pensar, não é Juvená? 




Temos sim é que lutar pela defesa e preservação da Natureza, especialmente dos nossos rios, e defender e apoiar a manutenção das tradições culturais que deveriam continuar passando de geração para geração, como as clássicas festas juninas, as folias de reis e os lindos presépios que enfeitavam as casas de quase todo mundo na época do Natal em Espinosa. Idealizado por São Francisco de Assis, o presépio foi criado para representar a cena do momento em que o menino Nosso Senhor Jesus Cristo veio ao mundo em uma humilde estrebaria na cidade de Belém. No presépio estão representados em imagens os pais Maria e José, o filho de Deus recém-nascido, Jesus, os três Reis Magos, a manjedoura e alguns animais.
Em Espinosa, quando da minha infância, saíamos perto do dia de Natal visitando as casas da vizinhança para apreciarmos encantados os mais variados tipos de presépio, todos muito bem elaborados com materiais simples como jornal, tijolos e areia. Este presépio que apreciamos na fotografia, eu, Magrão, Dailsinho e Carlinhos, estava montado na sala da casa de Zezé Xavier na comunidade do Urubu no início dos anos 80. Espero que esta maravilhosa tradição natalina ainda não tenha se perdido nos lares espinosenses.   
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

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