Antes de mais nada, só de ver o elenco do filme eu já fiquei cheio de expectativa para assistir a uma boa história, ainda mais pela indicação ao Oscar das principais atrizes, Meryl Streep e Julia Roberts, nas categorias de "Melhor Atriz" e "Melhor Atriz Coadjuvante". No elenco de "August: Osage County" (nome original) estão a consagradíssima Meryl Streep (Violet Weston) ao lado de Julia Roberts (Barbara Weston), Julianne Nicholson (Ivy Weston), Juliette Lewis (Karen Weston), Sam Shepard (Beverly Weston), Margo Martindale (Mattie Fae Aiken), Chris Cooper (Charlie Aiken), Benedict Cumberbatch (Little Charles Aiken), Ewan McGregor (Bill Fordham), Dermot Mulroney (Steve Huberbrecht), Abigail Breslin (Jean Fordham) e Misty Upham (a índia Johnna Monevata).
A trama é toda desenvolvida em torno da família Weston. Mas não pense que isso possa ser monótono e insosso de possibilidades. O filme mostra uma realidade triste, cruel e até deprimente, mas nada que a gente não tenha visto por aí na vida real, em algumas famílias da vizinhança. É algo como uma frase que aparece em uma cena, tirada de um poema de T. S. Eliot: "A vida é muito longa". Longa, dura e complicada. Depois do desaparecimento do pai, o poeta Beverly Weston, as três filhas dele com Violet, uma amarga senhora viciada em comprimidos acometida de câncer na boca, retornam ao Condado de Osage, no estado do Oklahoma, para um reencontro conturbado, tumultuado, rancoroso e revelador de grandes segredos, que mudarão de maneira irreversível a história dos personagens da família Weston.
Como sempre, Meryl Streep está fabulosa no papel da matriarca da família, com uma atuação digna de ganhar o Oscar. Julia Roberts, em um papel dramático totalmente despido de glamour, também está excelente, surpreendendo satisfatoriamente como a filha impertinente, muito parecida com a mãe. Os outros atores não ficam atrás e também se destacam com bastante capacidade de desempenho, principalmente Benedict Cumberbatch como Little Charles e Margo Martindale como Mattie Fae Aiken. Um filme denso, triste, mas em alguns momentos preenchido com uma pitada de humor, especialmente inserido nos diálogos inteligentes e diretos. Um filme para refletir profundamente sobre a nossa vida, os nossos comportamentos e os nossos relacionamentos familiares.
Um grande abraço espinosense.
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